Aborrecimento.

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Vida aborrecida é aquela que eu levo,
Sou um autêntico cobarde,
Mascarado na pele de um rei,

Um moralista sem moral,
Inspirador que carece de inspiração... Não.
inspirador que precisa de motivação

De que servem os inúmeros erros que cometi
Quando na realidade nunca aprendo?
Preso nessa falsa felicidade,
Forjando ser o que não sou

Um pseudo-herói,
Porém não poderia ser outra coisa,
A culpa não é minha,
É a lei da sociedade que me corrói

Exigindo perfeição de seres naturalmente erróneos,
Um baile de máscaras,
Encontro-me sem um par,
Sem vontade de dançar

Sendo assim,
assombrado pelo único ser que conhece a minha miserável realidade,
ser horrível que tanto desprezo,

Usando uma capa,
Ser horrível que todos amam,
um escudo que protege-me contra os atentados daqueles que me rodeiam,

Mas o inimigo não são eles,
Não consigo derrotar o meu maior inimigo sem tornar-me vulnerável aos inúmeros ataques,

Que vida aborrecida,
Estou  farto,
Farto de estar interdito,
Ilustrando um pseudo-aperfeiçoamento da minha essência

Não sou assim tão forte,
Sou um cobarde,
Chega de máscaras, torna-me-ei verdadeiramente um rei,
Para acabar com esse desgaste

Esta, a motivação que preciso,
O medo de morrer alguém que nem eu mesmo respeite
Daqui em diante tomarei todos os riscos,
Sem máscaras,
Prefiro ser valente e errar 
Do que ser um cobarde e enganar-me

Sendo este,
o último poema de Mauro, o cobarde
E a introdução de Mauro, o rei

O rei dos erros,
rei das derrotas
também rei das ações,
Finando o meu ciclo de tédio.

Extro-instrospecçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora