capítulo um

438 65 80
                                    

Heung-min rodava a aliança em seu dedo enquanto voltava a atenção para os papéis jogados sobre a mesa à sua frente, que eram lidos de forma preguiçosa porém atenta, mas saiu de seus devaneios quando ouviu alguém batendo na porta e rapidamente sibilou um "entre".

— Pela sua expressão e também pela visita, eu tenho certeza que não é uma notícia boa. Entre e sente-se, por favor. — Concedeu a passagem ao médico que imediatamente adentrou ao escritório e acomodou-se na cadeira fofinha, ficando frente a frente de Son.

— Realmente, não são notícias muito boas de fato, Senhor Heung-min. Detesto trazer informações ruins nessas circunstâncias, porém é necessário. — Suspirou. — Como deve saber, Gabriel Martinelli sofreu uma lesão no ligamento e a estimativa da recuperação é entre seis ou sete meses dependendo da gravidade.

— Com essa lesão, devemos contratar um jogador até ele estar apto a jogar novamente, certo? — O funcionário assentiu, lamentando. — Merda.

— Sinto muito que tenhamos que passar por essa situação, senhor Heung-min. Eu fiz uma lista de alguns jogadores caso isso possa ajudá-lo a escolher um que realmente possa ajudar o time nas competições.

— Está tudo bem. Imprevistos acontecem uma hora ou outra. — Sorriu. — Muito obrigado pela informação, eu vou analisar os jogadores com mais calma depois e assim que der tudo certo irei oficializar uma contratação.

— Ok. Tenha um bom trabalho, senhor. — O médico deixou o escritório em seguida e deixou Son para trás. A expressão de frustração em seu rosto era bastante nítida.

Heung-min encarou os papéis sem muita atenção, e iria colocá-los de lado se um nome não tivesse lhe chamado muita atenção. Richarlison de Andrade, atualmente joga no Everton. E como um estalar de dedos, soube que ali era o tipo de contratação perfeita para se fazer.

Ou pensou que era.

[...]

A madrugada começava a aparecer timidamente sobre a capital londrina, o frio continuava predominante, como sempre foi. Heung-min chegou em casa completamente cansado e sonolento, tirou os sapatos caros que calçava e os guardou na sapateira ao lado da porta de qualquer maneira, jogou o paletó no cabide ao lado e caminhou até a cozinha em busca de alguma coisa para comer.

Sabia que Seojoon sempre deixava algo pronto para ele comer, afinal de contas, conhecia muito bem o marido que tinha. O que Son fez foi somente esquentar a comida para finalmente poder comer algo antes de deitar e descansar para estar completamente disposto no dia seguinte. Sonny então escutou o barulho de volume ligado e perguntou-se na mesma hora se Seojoon ainda estava acordado numa hora dessas, chutou mentalmente que não passava das 03 horas da madrugada.

Chegando no cômodo ao lado encarou a televisão que passava mais um capítulo de algum dorama que o marido amava assistir, em alguns segundos sua atenção voltou para o sofá encontrando o Park dormindo profundamente no sofá ao lado enquanto soltava alguns sons adoráveis. Heung-min sorriu e deixou um beijinho na testa do maior antes de sair dali. E em alguns minutos voltava com algumas cobertas e um cobertor grande o suficiente para aquecer os dois naquele frio.

Não demorou muito para achar um lugar confortável no sofá espaçoso, jogou a coberta sobre o marido e também em si mesmo e deitou-se ao lado do mesmo. Não demorou muito para abraçá-lo por trás e deixar um beijinho em seu ombro, esses momentos eram raros de acontecer justamente pela agenda grande dos dois então, aproveitava o máximo daqueles momentos que por mais simples que fossem eram importantes para si.

— Eu te amo, Joon. — E foi o que Son disse antes de entregar-se completamente ao sono gostoso ao lado do Park.

Ao acordar, percebeu que estava sozinho entre as cobertas e o travesseiro. Suspirou de forma frustrada e aprontou-se imediatamente, afinal de contas aquele dia estava longe de ser curto.

camisa nove • 2sonOnde histórias criam vida. Descubra agora