Mr. Loverboy (Daniel Ricciardo - Fórmula 1)

Capítulo III - Ciúmes

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Junho, 2021

Alyssa

Nosso trio, junto com Pierre, chegou a conclusão que a primeira tentativa de conquistar Lewis de volta era eu tentar conversar com ele e ser sincera.

Então, minha primeira tentativa foi ligar para o britânico. Nenhuma das vezes ele me atendeu. Pensei em ir para sua casa, mas Little Wolff me lembrou que ele sempre foi reservado e gosta do espaço dele. Aparecer assim do nada poderia causar um afastamento ainda maior.

Foi Pierre que deu a solução de ir na corrida da França. Dei sorte que nesse final de semana estou de folga na Endurance, até a minha carreira convergiu para eu reatar meu namoro. Assim, Lewis teria já tido um tempo para o seu espaço e na corrida posso dar a desculpa que quis ir ver Lau correr. Little Wolff conseguiu que tio Toto me conseguisse passes para ficar na garagem do meu ex. Eu preciso dele de volta, não gostei nadinha em ter que pensar nele como ex.

Agora, aqui estou eu nervosíssima ao pensar na conversa que tentarei ter com o piloto depois dos treinos. Não lembro se tio Toto comentou com Lewis que eu estaria presente. Talvez prepará-lo seria o mais prudente ou iria deixar ele mais nervoso ainda.

Ai, droga! Se arrependimento matasse, eu já teria reencontrado com meu pai. Eu deveria ter lidado melhor a situação com o britânico. Poderíamos estar juntos hoje se eu tivesse tentado um meio termo que funcionasse para nós dois.

- Parou com isso. - Little Wolff me dá um susto quando recebo um tapa na minha mão.

Nem tinha percebido que estava roendo minhas unhas. Um velho hábito de quando estou teimosa e nunca consegui largar.

- Bom dia para você também, sua doida. - Rebato e empurro seu ombro.

- Ele te ama, não precisa desse nervosismo todo. - Lau diz como se fosse fácil. - E se não ouvir, eu obrigo ele a ouvir.

- Você e o Max acham que conseguem tudo o que querem e quando querem. - Falo só para implicar com ela. - Por isso se dão bem, são dois mimados.

- Idiota. - Ela diz rindo.

Na realidade, todos nós desse meio somos mimados. Quase todos meus amigos também são filhos de pais ricos, mas quase todos têm juízo. Quero dizer que não somos babacas arrogantes por causa do dinheiro, ninguém aqui comprou a equipe para poder pilotar, como aconteceu com alguns. E digo quase, porque tem o Max, ele às vezes passa do limite, mas não dá para culpá-lo com o exemplo que tinha como pai. Às vezes ele faz alguns comentários desnecessários, mas Little Wolff têm de explicar com delicadeza como o mundo real funciona. Eu deixaria ele ser cancelado na internet pra ver se aprende logo, mas ela é apaixonada por ele, por um motivo que desconhecemos.

- Quer que eu vá junto? - Lau pergunta. - Posso fingir que preciso falar com meu pai e, daí, sirvo de escudo se precisar.

- Eu preciso fazer isso sozinha. - Falo convencida. - E, de qualquer forma, só vou falar com ele depois do treino. Não quero desestabilizar sem querer seu psicológico antes da corrida.

- Certo. Te vejo depois. - Ela diz indo embora.

- Boa sorte! - Grito e recebo um aceno em resposta.

Continuo caminhando pelo Paddock e para antes de chegar na garagem da Mercedes. É agora que vou enfrentar meu problema, que Deus me ajude! Tomo coragem e avanço para dentro me encaixar na área reservada para convidados.

Ainda não vi nenhum sinal do Lewis, acho que ele deve estar se concentrando para logo entrar na pista. Sei bem como pode ser angustiante essa espera antes de ir correr. Mesmo que hoje seja só um treino, sempre tem pressão da equipe, dos patrocinadores, família, pessoal. Enfim, é pressão de tudo quanto é lado.