Querida Vida,
Estou aqui sentado te escrevendo essa carta, sob uma noite de domingo. o clima hoje é melancólico, beira uma dose de tristeza, e me peguei pensando sobre tudo. me peguei pensando quando viverei um amor verdadeiro, ou quando poderei de todas as nuances do meu eu me encontrar, verdadeiramente. me peguei desejando um momento da vida onde tudo será leve, ou quando minhas preocupações serão minha vida além daqui.
tenho medo de não deixar o meu legado, tenho medo de morrer não sendo eu, tenho medo de não conseguir ter tempo de parar num dia da semana e sentar com meus amigos respirando a brisa do dia e conversar sobre a vida, tenho medo de meus sonhos morrerem comigo, tenho medo de não ser o orgulho de alguém, tenho medo de minhas poesias não fazerem efeito em alguns corações. tenho muitos medos.
vivo em receio da minha arte não vivificar a vida de alguém, ou meu amor não iluminar algum coração. sinto desejo de me derramar em alguém, almejo muito transbordar em algum lugar. meu coração sente por ainda não poder bater de acordo com os passos de alguém, por mais que ele já tenha batido e eu o silenciei.
é bom ser solidão, mas só quando continua sendo bom.
VOCÊ ESTÁ LENDO
meta amor fosse
PoetryEste é um livro para as pessoas que um dia precisarão encarar seus medos em frente ao espelho. Para aquelas que querem desvendar as nuances do amor, o nascer e morrer, o plantar e germinar, o contorcer-se para ser, e o rasgar e remendar da vida. Tud...