Três meses depois
Bruno observa eu me afastar, eu o olho e ele me dá um breve aceno de boa sorte.
Me mudei para minas, até descobrir a minha gravidez de três meses e duas semanas, eu estava tão mal que nem havia reparado a mudança repentina do meu corpo, a fome que eu sentia, a preguiça que eu tinha em acordar cedo e ajudar ele com as tarefas.
Não fui para o Rio de Janeiro, desde que eu voltei para o Brasil, não tenho mais notícia de ninguém- Marília, procurei não saber da sua vida para não me machucar mais. Dói, por que eu percebi que tudo acabou.
A ficha ainda não tinha caído, só quando eu vim para a casa de Bruno, e ele me consolou eu me deixei levar pelas lágrimas.
Agora eu vou ser mãe, e a outra mãe do meu filho não sabe da existência dele. Por enquanto, não quero que meu filho não tenha o amor de Marília, eu quero que ela participe de tudo que ela tem o direito.
Entro no meu gol, agora pintado de amarelo, eu tive que mudar a cor dele. Semana passada eu o levei para fazer revisão, agora todo o cuidado é pouco.
Não sei se ele ainda está no Rio de Janeiro, vou saber quando eu chegar na empresa. É para lá, que eu estou indo, a viagem foi cansativa.
A noite toda dirigindo, parei no mínimo em quatro posto de gasolina para vomitar, eu não aguento mais ficar enjoada por nada.
Meu pequeno mostardinha foi estacionado em uma vaga qualquer no estacionamento. Estou usando uma roupa larga, a barriga é um pouco pequena mais é percebível.Respiro fundo, e saio do carro. Eu emagreci muito, é possível ver a minha clavícula. Meus peitos estavam menores, e as minhas coxas avantajadas foram tomada por duas varas.
Por eu ter perdido muito peso, a médica disse que o bebê pode ser atingido.
Entro na empresa, e a recepcionista, Maiara, ao me ver dá um grito estérico.
— Maraisa! — gritou entusiasmada
— Pelo amor de Deus, para quê gritar? — pergunto ficando envergonha.
— Você está muito magra, perdeu pelo que me parece mais de vinte quilos. — ela dizia eufórica, me observando de cima a baixo.
— Amiga, eu vim pegar uma informação. — digo, ela me olha esperando que eu continue. —Marília foi para Nova Iorque?
A pergunta saiu. Ela me olhou, me puxou para perto dela, me abraçou e eu retribui.
— Ah, isso! Ela não foi embora. Ela está aqui no Rio, e está mais rude que quando a conhecemos.
Eu soltei um suspiro aliviada.
— Preciso falar com ela, agora! — digo observando qual seria sua reação.
— Olha eu posso ser demitida por isso, mas se for para mudar aquela mulher, tudo bem! Vou te dar um cartão de visita, e você dá um jeito de entrar na sala dela. — ela diz e vai até o balcão e pega o cartão me entrega sorrindo. — Amiga eu sei que já se passou tanto tempo que nós não nos vemos, mas saiba que eu te amo de coração. E quero que seja feliz, e se você tiver que agarrar aquela mulher para essa sua aparência mudar, vai e agarra ela Amiga. Lembra do sobe e desce que eu te disse!
Eu sorri a abraçando forte, fazia tempo que não ouvia a palavra eu te amo de alguém, que não era o Bruno
— Também te amo, agora deixa eu ir logo. —digo.
Fui até o elevador, apertei o botão do último andar, e comecei a sentir borboletas no estômago. Minhas mãos começaram a tremer e comecei a soar. A porta do elevador abriu, e a vi a sala da Marília logo ali na minha frente, senti vontade de voltar, mas não voltei.
— Boa tarde! — a secretária disse.
— Ah, boa tarde! Quero falar com Marília Mendonça — digo e ao pronunciar o nome dela meu corpo tremeu.
— A senhorita tem hora marcada? — perguntou, como já fui secretária eu sei o que atinge uma secretária.
— Olha aqui, eu preciso falar com ela agora, pega a porra deste telefone e avisa que Carla Maraisa quer falar com ela. — Eu sofria com isso, então eu sei o que dá medo nelas.
— Um segundo por favor! — disse ela pegando o telefone, discou o número direto da sala da Marília.
— Ah, me desculpe senhora, é que tem uma moça aqui disse que quer... Eu sei senhora, desculpe. Não, vou avisar. — desliga e me olha. — Como você viu, ela não quer ver ninguém...
Passei direto e entrei na sala dela, quando eu a vi, meu coração bateu mais forte, minha voz falhou, meus olhos se encheram de lágrimas e a vontade de fugir daqui, me veio a tona.
— O que você quer, Flávia? — ela perguntou sem levantar o olhar.
— Não é a Flávia! — eu disse, assim que eu falei ela me olhou.
Seus olhos vagaram pelo meu corpo, até chegar no meu rosto. Eu vi raiva, ódio e culpa. Tudo em apenas um olhar insignificante. Ela levantou e caminhou até mim, ela continua linda, seus olhos claros, ela continua alto. Meu corpo estremece quando sua mão toca no meu ombro.
—O que aconteceu com você? — ela perguntou.
Nossa pelo menos esperava um olá, e aí? Tudo bem?
— Preciso muito conversar com você! — digo retirando meus olhos dos dela.
— O que aconteceu com você? — continuou insistindo. — Está magra, está doente? Meu Deus, Maraisa.
Ela parecia nervosa, na verdade até eu estaria. Eu estou pele no osso, pareço aquelas mulheres drogadas.
— Não estou doente, eu vim te contar... — ela me interrompeu de novo.
— Venha vou te levar no hospital, vamos logo. Você some por três meses sem dar notícia e volta assim... — ela disse me puxando.
Isso quer dizer que ela não está com raiva de mim? Marília foi me puxando para fora da sala dela. E eu já pude ver alguns seguranças chegando, e a secretária aflita.
— Para Marília, eu só vim te dizer que estou grávida. — minha voz saiu em um sussurro.
Foi o suficiente para ela parar e me soltar, ela olhou para a minha barriga e para o meu rosto.
— Então, deu certo? — perguntou me olhando nos olhos.
— O que que deu certo? — perguntei sentindo uma leve tontura, ela me segurou e eu o agradeci em mente.
— Todas às nossas tentativas.
Ela disse com desprezo, o que me fez rever se era isso mesmo que eu queria? A pena dela, eu não quero que ela tenha pena de mim, ou pense coisas ao meu respeito.
O olhei nos olhos e disse: — Descobri faz três dias, e achei que você sendo mãe, teria o direito de saber.
— E o que essa gravidez tem a ver com a sua aparência? Você emagreceu demais, perdeu às curvas do seu corpo. Maraisa o que aconteceu com você? — perguntou com o mesmo olhar de antigamente.
Eu o olhei nos olhos, seus braços continuaram segurando os meus, me impedido de cair.
— Não precisa ser um mágico para descobrir, o que aconteceu comigo Marília. — digo engolindo o choro.
— Eu sinto muito! — murmurou engolindo seco.
Eu olhei em volta e todos tinham os olhos voltados para mim, e ela.
— Não, você não sente. Eu só vim te contar da gravidez, e já contei. Agora vou embora, eu preciso ir para casa da minha avó descansar eu viajei a noite toda.
— São duas horas, daqui até lá, venha. Eu te levo. — ela me puxou, e ao sentir o cheiro do seu perfume eu me fiz de tonta, e ela me pegou no colo. — Flávia cancele todas as minhas reuniões hoje, e remarque para semana que vem. E vocês quem os chamou aqui, vazam.
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Opa, tá acabando caramda.
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A Indecente da minha Chefe- Marília Mendonça • |G!p| ♻️
FanficMarília Mendonça, quais são às palavras que definem esta mulher? Com certeza, compaixão não é uma delas. Ela é prepotente, indecente, imoral, devassa, arrebatadora, marcante... São milhares de palavras que definem uma única mulher. Ela é capaz de ma...