8 - Mentir para mim

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Estou caindo de sono, mas vou dar um pouco de vida de novo aqui. Não sei quando vai sair capítulo novo de nenhuma fic, só tô escrevendo e postando.

Boa noite e comentem.

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Estava pronta para sair, mesmo que fizesse as vontades de sua mãe, Rune ainda tinha liberdade para ter uma vida próxima do normal. Mesmo sendo impedida de falar qualquer coisa com qualquer um, ela tentaria conviver com os comandos de Electra.

- Vai onde? - Electra perguntou ao ver Rune com as chaves do carro em mãos e arrumada.

- Maya me chamou para uma festa. - Respondeu suspirando. Estava odiando isso.

- Tudo bem. Não beba muito e volte antes das 3 da manhã. - Falou subindo para o quarto.

- Certo. - Respondeu saindo da casa.

Não podia mentir para Electra, não conseguia, não tinha mais poder para isso.

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Eram 01:00 da manhã, no momento que Rune sai da festa sozinha. Iria para algum lugar menos barulhento, mas não pararia de beber, não até às 02:30, mas sabia que no momento que começasse a ficar tonta, a ordem de Electra faria efeito, e ela pararia de beber.

- Vamos beber até cair hoje? - Loki pergunta aparecendo ao lado de Rune.

A mesma tinha os olhos culpados o encarando. Queria tanto poder contar tudo para ele, mesmo que ele soubesse de tudo, já que estava em sua cabeça.

- Nada de beber demais, ordens da Electra. - Respondeu voltando ao copo que estava pela metade.

- Isso nunca te impediu de beber, e você sempre volta sóbria. Não vejo problema. - Respondeu a olhando desconfiado, cruzou os braços a observando. - O que aquela mulher fez com a minha jogadora? - Perguntou brincando.

Rune tinha a resposta na ponta da língua, mas não saia.

- Nada. - Respondeu por fim, suspirando com raiva. - Ela não fez nada.

Perdendo total interesse em beber naquele momento, a mesma pagou a conta e fez o caminho para fora do estabelecimento. Seu caminhar estava devagar, estava com raiva novamente, pensava em tudo que tinha acontecido nas últimas semanas.

Como alguém mudaria assim de uma hora para outra? O que tinha acontecido para ela tomar essa decisão? Controlar a filha. Eu fiz alguma coisa errada?

Sua atenção foi para o outro lado da rua, uma mulher tinha acabado de ser jogada dentro de um carro que saiu em alta velocidade. Rune hesitou por um segundo, já daria três horas, e se ela não chegasse a tempo? O que aconteceria? O que sentiria ao desobedecer uma das ordens de Electra? Talvez ela descobrisse.

Começou a correr atrás do carro, pegando impulso e voando. Cai em cima do carro, em cima do motor, o fazendo parar. O motorista tinha apagado, o carona e os dois que estavam no bando de trás, com a mulher, ainda estavam conscientes. A mente de Rune está nublada, pela raiva dos últimos dias, estava cansada, e sentia uma sensação ruim subir por seu corpo, como um mal estar, mas não estava a impedindo de nada.

Os homens não tiveram muito tempo de reação, enquanto a fumaça do carro subia, Rune estava na janela do carona o arrancando do carro pela janela, o segurando contra a porta e o socando no rosto, os outros dois sairam para ajudar, e começaram a bater e até atiraram na mesma algumas vezes, mas Rune nem sentia.

Ao soltar o homem inconsistente, foi para o próximo. Segurou a mão que estava a arma de um dos homens, a torcendo fazendo o osso do pulso saltar para fora, enquanto o mesmo gritava de dor, partiu para o outro e o socou no rosto, o fazendo cair no chão, e voltou para o que estava gritando, o socando até o apagar, o que estava no chão tenta correr, mas a mesma usa sua eletricidade como um chicote e o puxa de volta para perto, seu corpo sendo arrastado de volta, o socou até o deixar irreconhecível.

Sua respiração ofegante, mãos e parte do rosto sujos de sangue. Foi até o carro, abriu a porta e viu a mulher encolhida e algemada, com um saco preto na cabeça.

- Está segura agora. - Disse com a voz baixa. - Não vou tirar o saco da sua cabeça, sei que está assustada, mas não quero que veja o meu rosto ou o que fiz. Estenda as mãos para que eu solte as algemas. - A mesma hesitou por alguns segundos, mas as estendeu. Rune segurou a ponta de cada lado, e a puxou as quebrando. Quebrou o resto soltando de vez os pulsos da mulher. - Você conta até dez, e pode tirar essa coisa da sua cabeça. Peço que não olhe para trás quando sair desse carro. E volte para casa o mais rápido possível. - Disse e saiu dali.

Correu o mais rápido possível para seu carro, sabia que era irresponsável dirigir bêbada, mas não podia deixar rastros de que tinha passado por aquela rua. Acelerou pensando se a mulher tinha atendido o seu pedido.

Olhou o horário no painel do carro, faltavam exatos 3 minutos para as 3 da manhã, e percebeu que não daria tempo. Chegaria atrasada.

Sua respiração acelerou. Batimentos cardíacos descompassados. Visão turva. Sua cabeça parecia que estava sendo esmagada.

Quando eram 3:01 da manhã chegou em casa, estacionou o carro de qualquer jeito. Por incrível que pareça, Electra ainda estava acordada e na sala em seu notebook. Assim que colocou os olhos em Rune, soltou e se pôs de pé.

- Já são 3 horas. - Reclamou. - O que aconteceu com você? - Perguntou ao perceber a situação de Rune, a mesma estava pálida, suando, e suja de sangue. - De onde é esse sangue?

- Eu ajudei uma moça na rua, não matei ninguém que eu saiba, só bate muito. - Não era uma mentira. - Vou pro andar de baixo, boa noite. - Se apressou. Electra viu os vários buracos de bala através da roupa que Rune usava, mas não falou nada, a garota já tinha corrido para longe.

Passou o resto da manhã estourando sacos, que deveriam aguentar sua força. Talvez estivesse usando força demais, ou poderia ser outra coisa.

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Rune desceu para tomar café da manhã, sua mãe ainda na casa, com uma xícara de café em mãos, enquanto olhava as notícias da manhã.

Quatro homens são brutalmente espancados na madrugada de hoje!

Vítima de um sequestro, a vítima relata que foi salva por uma mulher desconhecida momentos depois de ser jogada no carro.

- Eu estava algemada e com um saco preto na cabeça, estava com muito medo do que me aconteceria, mas poucos minutos que fui pega, sinto e escuto um grande impacto no carro, me deixando tonta. Então escuto barulhos de briga e tiros, e então um silêncio, além do carro. E uma voz calma me diz que iria me soltar e que eu não podia olhar para o que tinha acontecido no carro, era para eu correr para casa o mais rápido possível. E foi o que eu fiz, minha irmã quando cheguei em casa me convenceu a ligar pra polícia e eu liguei.

- Você lembra de mais alguma coisa?

- Ela me disse para contar até dez e tirar o saco da minha cabeça, por que não queria que eu visse quem ela era.

Por que será que ela pediria isso?

- O que você tem a dizer para essa mulher misteriosa?

- Obrigada por me salvar. E espero que um dia eu possa retribuir o favor.

- Parece que seu feito foi notado, Rune. - A ruiva se virou para a CEO. - Parabéns pela boa ação, e a cautela com sua identidade. Bom saber que você não mentiu sobre o que aconteceu.

- Como se eu pudesse. - Comenta sem olha-la. - Tenho que equilibrar os pecados que estou cometendo por você. - Sussurra mordendo seu sanduíche.

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Hallo.

Uma Lobinha.

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⏰ Última atualização: May 30 ⏰

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Melancolia (Supergirl/You)Onde histórias criam vida. Descubra agora