Juntos pelo Acaso • ABO

❄️008🍂

Arthur

Assim como estava escrito nos livros de romance da minha irmã,  o "eu te amo" — que nunca pensei que iria escutar — eu escutei da mulher mais importante de todo o império. A mulher que irá governar esse país, esse povo, é a mesma mulher que se declarou a mim. E que também é a mulher que eu amo.

Um turbilhão de emoções vem quando penso " nossa, olha como estamos ". Estou tão feliz por estarmos juntos. Essa garota me tira a sanidade às vezes.

Estávamos voltando para o palácio quando senti um cheiro muito desagradável. Era um alfa.

— olha quem eu vejo por aqui — falou o alfa, pela aparência, seria o Hector.

— o que você quer aqui? Eu já deixei bem claro que não quero nada e você vai embora do meu palácio. — disse Cris

— Cris, minha querida — olha para mim — quem ele?

— não te interessa, e não me chame de minha querida. — falou a ômega — vamos sair daqui.

Saímos e deixamos o alfa de cheiro azedo falando sozinho e seguimos nosso caminho até o palácio. Ao longo do caminho, vimos flores, borboletas e alguns animais indefesos; conversamos bastante sobre diversos assuntos. É muito bom conversar com a pessoa que gosto.

É algo tão simples mas que faz uma diferença muito grande.

— Às vezes me pego pensando — comecei a falar — e quando seus pais souberem da gente, o que vai ser de nós, Cris?

— Eu entendo sua preocupação em relação aos meus pais, mas eles tem que entender que eu já sou uma adulta e sei tomar minhas decisões por conta própria — disse a ômega — e afinal, somos Alpha e Ômega. Não tem como separar duas pessoas que já estão destinadas.

— Mesmo assim — fiquei parado no caminho — eu não gosto dessa situação em si. Acabei de ver seu “noivo” e claramente ele não gostou de eu estar com você.

— ele não deve opinar sobre você. Não importa — dá um beijo minha bochecha — agora vamos, temos muitas coisas pra resolver.

»❄️«

Ao chegarmos ao palácio nós nos despedimos e cada um foi fazer seus afazeres. Os dias de sexta feira sempre são os mais agitados, pois alguns funcionários ficam de folga.

Estava terminando de limpar os quartos dos antigos monarcas quando ouço alguém me chamar.

— ei Arthur, vamos bora jogar? — falou Lucas

— mas a onde? — perguntei

— no campo dos funcionários — respondeu

— vamos então.

Seguimos para o recinto mencionado e começo a escutar várias vozes dos outros funcionários.

Entrei no local e vi o jogo. Era uma partida de Ping pong. Estavam revezando entre alfas, betas e ômegas.

A partida havia começado entre uma ômega e um alfa.

— quem é que está ganhando? — perguntou Lucas a um beta

— a Liz, aquela ômega ali — aponta

A Liz era uma ômega que acabara de chegar no palácio. Ela realmente é muito boa nesse jogo.
A partida estava acirrada, a ômega jogava como se sua vida dependesse disso; já o alfa estava bem " tranquilo " em relação àquele jogo.

Escutei que ele é um dos guardas do palácio — Marth era seu nome.

Apenas uma pequena pequena distração fez com que o alfa perdesse a partida para a pequena ômega dos olhos verdes ganhar o jogo e o dinheiro das apostas. Fui em direção a ômega para dar os parabéns.

— meus parabéns pela vitória

— oh — deu um pequeno sorriso — obrigada pelas felicitações. Você por acaso é…

— Ah, Arthur — estendo minha mão — muita satisfação em conhecer você, senhorita.

— nossa — sorrir tímido — também é muita satisfação em conhecê-lo, alfa lúpus puro.

— como você sabe? — falei baixo

— seus olhos… são do país onde eu vim.

— o que…

— Não posso lhe dizer agora, mas logo logo irá saber — se despediu e saiu.

Aquilo de novo. O imperador e agora essa pequena ômega. Tem algo maior por trás de tudo isso, é algo que não consigo entender.

»🍂«

Depois desse dia, os dias ficaram cada vez mais estranhos. Meu corpo em si estava estranho. Cada vez estava tendo pesadelos com uma guerra, era tão real e vivido que acordava no meio da noite suado e com a respiração desregulada.

Com o final do verão e início do inverno no império, as coisas iriam " decair um pouco" já que é uma época difícil para o ducado de Black Ford, já que fica em uma região montanhosa e muita neve e de certa forma, afeta a capital Irlan, já que são exportadores de carvão.

Minha relação com a princesa estava indo bem, nossa amizade se fortaleceu e o nosso amor também.

— amor? — disse eu

— oi vida — falou a ômega.

— Só uma dúvida, como você sabia que eu era o seu alfa?

— bom, eu sonhava com você já tinha uns anos. — falou ela

— sonhava? — me sentei direito

— Sim, sonhava com cada detalhe. Eu nunca entendi o porquê de eu sonhar com você sem ao menos ter te conhecido. Ao longo do tempo eu entendi, era pra esse momento.

— Ah vida…

Lhe dei um beijo com muito amor e carinho.

— mas por que a pergunta?

— é que eu estou tendo uns sonhos estranhos

— sonhos estranhos?

— sim — disse eu — é sempre a mesma coisa. Sobre uma guerra.

Ficamos debatendo esse assunto até a hora de entrar no palácio novamente. É tão difícil ter que me despedir dela. Mas é necessário.

Fui para os meus aposentos e vi que os rapazes já estavam dormindo. Olhem as horas e vi que era 00:30. Havia passado do horário de recolher. Vesti meu pijama e me deitei.

Obrigado por mais um dia. — pensei e logo adormeci.

Sonho

Eu corria como um louco. Minhas mãos sujas de sangue e estava tudo sujo e pegando fogo; parecia tão real, tudo. Via pessoas mortas, alfas que haviam se transformado em lobos estavam feridos ou mortos. Era o verdadeiro caos.

Via que um alfa de classe mais baixa iria me atacar, mas logo puxei minha espada e eu o mato. Aquilo foi o auge para desabar no choro.

Estava sem rumo naquele momento, não sabia o motivo de toda aquela guerra. Tantas vidas haviam se perdido. Quando estava ainda no chão, lamentando todas as perdas, escuto alguém vindo em minha direção.

— isso é tudo por sua causa.

— o que … HÉCTOR, SEU BASTARDO…

— Fique quieto seu imprestável, se não fosse a sua arrogância, nada disso teria acontecido, agora você vai pagar por tudo.

Ele puxa a espada para me matar.

Acordo suado e com a respiração muito desregulada. Esse miserável Hector é o causador dessa guerra. Eu não posso deixar ele fazer isso.

Eu não permitirei isso.