Capítulo dois: É preciso entender

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Ao chegar próximo do quadro da mulher gorda, não precisou dizer a senha, pois três figuras preocupadas o encaravam, esperando por ele.

– Onde ele está? – Sirius falou, demonstrando sua clara preocupação e irritação.

– Ora me poupe, você sabe onde ele está! Ele não quer ver vocês ainda, vim buscar as coisas dele, por favor não compliquem as coisas! – disse simples, não estava irritado nem nada, já seu rosto, dizia o contrário.

– Como assim não quer nos ver? – Questionou incrédulo Peter. 

– E como assim veio buscar as coisas dele? – Remus disse, mas parecia já saber a resposta. 

– Ele ta triste e não quer ter que desabar novamente, e convenhamos, pela conversa hoje a tarde, vocês acham que ele é um fardo, um "idiota apaixonado"... – Ele respirou fundo, tentando não perdera calma – o James não quer olhar pra vocês, afinal vocês "tinham razão sobre ser um erro" me pediu para dormir no meu quarto e eu permiti, meu colega está na enfermaria então tem uma cama para ele – disse, calmamente, olhando para cada um – ele só não quer encará-los agora, na verdade, não quer encarar ninguém, por favor respeitem isso! – pediu quase em súplica, coisa que era novidade vinda do pequeno Black. Conviver com uma família como a dele lhe rendeu um ótimo papel de ator e manipulador de emoções… mas isso é um tópico para mais tarde. 

– Certo… – Remus disse por fim, os outros amigos o olhava incrédulo – James sabe o que faz da vida, se não quer nos ver, devemos respeitar seu espaço! – o moreno saiu da frente para que o mais novo entrasse – Cuide bem dele, Regulus! 

– Cuidarei, Remus! – falou firme, mantendo os passos firmes e a postura de um aristocrata que foi criado para ser. 

Seguiu até onde ele sabia que era o dormitório dos marotos, foi até onde exalava o perfume penetrante de James. Buscou cuidadosamente em suas coisas, pegou algumas mudas de roupa, tanto para o frio quanto para o calor… Com o clima não se brinca, seus materiais de higiene, que diga-se de passagem, são muitos, sua varinha que estava atirada na cama, James com certeza esqueceu dela e nem notou falta e por fim, mas não menos importante seu perfume – que apesar de parecer estar impregnado em James – ele gostava de passar todos os dias, não que Regulus tenha reparado e por precaução pegou a capa da invisibilidade.

Conjurou uma mochila extensora, colocou as coisas ali dentro e foi saindo. 

Os três o esperavam no mesmo lugar, pararam de conversar quando o mais novo se aproximava. 

– Ele vai ficar bem, relaxem – disse ao passar pelo quadro, acenando em despedida. 

Seguiu o caminho calmamente até sua comunal, os alunos ainda não apareceram, parecia cedo para ir embora de Hogsmeade, a não ser que algo desse tipo tivesse acontecido. Entrou em seu quarto e James ainda estava no banho. Regulus bateu na porta suavemente. 

– James, vou deixar o que peguei seu na frente da porta ok? – ele colocou a mochila no chão e voltou para sua cama. 

– Obrigado! – ouviu a voz dele abafada pela porta que abriu e fechou rapidamente. 

Os minutos se passaram e os barulhos ao fundo indicavam que a os alunos estavam voltando. Black levantou e trancou sua porta, não que alguém pudesse entrar, mas era melhor evitar. Ele deitou, olhando o teto por um tempo até James sair do banheiro. 

No salão comunal da Grifinória, os três pareciam inquietos sentados perto da lareira. Remus tentava se manter calmo, mas Sirius batendo os pés constantemente em um ritmo nada ritmado o fazia perder a cabeça. Peter estava roendo as unhas ou o que restou delas, se continuasse assim, começaria a roer os cantos dos dedos e começaria a mordiscar a própria boca. 

Como as batidas do coração - Starchaser & WolfstarOnde histórias criam vida. Descubra agora