bagnata.

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NARRADORA

Já beirava por volta de 7 da manhã quando Nero sentiu o sol levemente em seu rosto, a luz forte atravessando a porta de vidro da sacada do quarto, na qual as cortinas se encontravam abertas. Era uma vista linda, só não superava a beleza da mulher que dormia serenamente ao seu lado. Alexandre se apoiou em seu braço, encarando a morena, gravando cada traço daquele rosto perfeitamente desenhado. Com a ponta do dedo indicador, começou a desenhar traços suaves por todo o rosto da mulher. Giovanna despertava lentamente, cerrou os olhos algumas vezes, sentiu o quente da luz solar tocando seu corpo, que estava metade coberto apenas com um lençol branco. Antonelli não pôde conter o sorriso ao ver Nero a encarando tão perto, os olhos fitando os seus, e também sorrindo de volta.

- Bom dia dorminhoca.

- Bom dia Ale. - A morena se apoiou na cama, alcançando os lábios de Alexandre, lhe dando um selinho demorado, se afastando em seguida e continuando. - Que horas são? To cheia de fome.

- São 7 da manhã, meu bem. O que quer comer? Tem algo aí nessa tua cozinha milionária ou é só de enfeite? - Nero disse brincalhão.

- Eiii - Gio lhe deferiu um tapa fraco no braço, em protesto. - Não sei, mas deve ter... não saberia dizer, sou uma negação na cozinha. - Disse meio envergonhada.

Nero soltou uma gargalhada alta.

- Tá tudo bem. Pra tua sorte, eu me garanto demais na cozinha. Vamos lá ver qual o improviso de hoje. - Alexandre já levantava, vestindo apenas sua cueca azul marinho, e puxando Giovanna consigo, que pegou a camisa de Nero no chão e vestiu, sendo aquela a única peça de roupa em seu corpo.

- Se tu se garantir na cozinha igual se garante no sexo eu tô fodida. - Antonelli dizia mais para si mesma do que pra ele, mas seria impossível não ouvir, Alexandre riu enquanto balançava a cabeça em negação, de uma forma divertida.

Ambos andaram até a cozinha, Alexandre já explorava cada canto da dispensa, armários e geladeira, analisando cada opção disponível. Optou por ovos mexidos, torradas com geleia e algumas frutas. Nero se encontrava em frente ao fogão, preparando o ovos, quando sentiu dois braços o abraçando por trás:

- Quer café? - Gio dizia, enquanto distribuía alguns beijos pelas costas do ator.

- Quero sim. Mas tem certeza que você da conta disso? - Nero riu irônico.

- Ha ha ha, engraçadinho. Hoje você tirou o dia pra me atormentar né. Lógico que dou conta, imbecil. Só repara! - Antonelli deu um beliscão na barriga de Nero, o repreendendo pela piadinha e logo em seguida andou até a cafeteira, apenas clicando um botão. - Viu? Te falei que dava conta, meu querido. - Ela soltou uma gargalhada sarcástica, o encarando. Nero gargalhou mais alto ainda.

Ficaram ali na cozinha rindo de coisas aleatórias, falando sobre trabalho, planos futuros, etc. Giovanna iria para o Brasil naquele mesmo dia, precisava resolver todas as burocracias de seu novo apartamento, entre algumas reuniões de trabalho que teria antes de realmente começar a gravar seu projeto. Alexandre ficaria na Itália por mais uns 2 ou 3 dias, que dariam o fim das gravações no país.

- Obrigada por me alimentar, Nero. Realmente seus talentos vão além de teu corpinho nu. - A atriz disse, mordendo seu lábio inferior logo em seguida.

- Sempre à disposição. Contando que eu possa escolher a sobremesa depois. - Alexandre sorria de canto, a feição de cafajeste entregava muito bem as intenções. Involuntariamente já grudando seu corpo no de Giovanna, como um imã. Lhe deferindo um beijo bem quente.

- Hmm, mas me conta aí Nerito... quais os planos pra hoje? Tu sabe... eu to indo embora daqui algumas horas... - A morena se desvencilhou de Alexandre, voltando o foco para suas uvas verdes, perguntando enquanto terminava de comer.

intimacy. (gn)Onde histórias criam vida. Descubra agora