Capítulo 51

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Quando o avião pousou, Antony ja estava no aeroporto me esperando.

Eu não tinha conseguido me comunicar com ninguém da família de Pedri, mas Antony havia buscado informações com a equipe do Barcelona e descobriu o hospital em que Pedro estava.
Também descobriu que ele não tinha passado por cirurgia nenhuma, o que significa que não é tão sério quanto pensei.

Nem cumprimentei Antony quando o vi.

No caminho, não nos falamos.
Eu esperava que ele entendesse que não conseguia pensar em muita coisa além de Pedri.

Antony pareceu respeitar isso.
Ele dirigiu rápido e em silêncio. E, quando estacionou, saiu do carro tão rápido quanto eu.

—Pedri González López!— Falo devagar para a mulher, que pareceu não me ouvir da primeira vez

Ela solta uma risada debochada e desvia o olhar, voltando a digitar algo em seu computador.
Em pouco tempo percebo que ela estava apenas me ignorando.
Respirei fundo diversas vezes e, quando estava prestes a gritar, Antony passou em minha frente e sorriu para a recepcionista.

—Ele está aqui, não está?— Antony questiona com o tom de voz tranquilo e a mulher o encara com uma sobrancelha erguida

—Não posso deixar nenhum fã subir, sinto muito!

—Eu não sou fã dele, me respeita!— Falo por impulso e ouço um riso de Antony

—Saudades dessa Luana.— Ele fala baixinho pra mim e eu reviro os olhos— Ela é a esposa!— Antony fala para a mulher e ela me analisa por um tempo

—Se vocês não forem embora, vou ter que chamar a segurança!— A mulher fala levando a mão até o gancho do telefone

—Lambisgoia!

—Luana?— Ouço uma voz, atrás de mim, e me viro esperançosa ao reconhecer Fernando—O que você está fazendo aqui?

—Onde ele está?— Questiono me aproximando do garoto

—Você a conhece?— A recepcionista questiona e eu reviro os olhos

—Sim.— Fernando fala e aponta para o terceiro corredor— O quarto dele é o 708, sétimo andar.

Passei direto por Fernando, correndo até o elevador.

Quando entrei e o elevador começou a subir, me senti mais tranquila. Automaticamente lembrei de expressão de Fernando e pensei que, se Pedri estivesse muito mal, Fernando estaria mais tenso, e ele me parecia muito tranquilo.

Entrei no quarto do Pedri sem nem ao menos bater.

Quando vi Pedri, minha respiração saiu tranquila pela primeira vez em muitas horas.
Ele estava bem.
Deitado, mas acordado.
Me encarava com um sorriso no rosto, mas havia uma ruga de questionamento em sua testa.
Nunca fiquei tão feliz por ver alguém.

Mas Pedri não estava sozinho.
Emma e outra garota estavam sentadas nas cadeiras perto da cama de Pedri e, agora, elas olhavam pra mim.

—Oi.— Falo, envergonhada, e começo a perceber o quanto fui mal educada desde que entrei no hospital

—Oi.— Emma fala, sorrindo um pouco e aponta para a menina ao seu lado— Essa é Liza, minha namorada!

Treat you better- Pedri González Onde histórias criam vida. Descubra agora