Capítulo 44

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(!) Esse capítulo será inteiramente narrado do ponto de vista do Pedri.

Quando acordei, Luana ainda estava em cima de mim.

Entrava pouca luz no quarto, através da pequena brecha da cortina, mas conseguia ver tudo que havia ali e, supor que ainda estava cedo.

Senti cada parte do corpo da garota tocar minha pele, passando uma sensação de conforto inacreditável.
Sempre que dormíamos assim, eu acordava implorando para que ela continuasse dormindo.

Olhei por de baixo das coberta e vi que ainda estávamos sem roupas, o que me preocupou pois, caso alguém entrasse no quarto, não conseguiríamos nem disfarçar que não estávamos vestidos. E, para piorar, tinha certeza que havia deixado a porta destrancada.

Encarei o rosto de Luana, pronto para levantar da cama e vestir uma roupa na garota, mas algo me impediu.
Ela dormia com os lábios entreabertos e uma tranquilidade que não era comum. Em geral, com ela tudo era conturbado, mas não enquanto estava dormindo.

Passei a mão pelos cabelos da garota e abri um sorriso ao me lembrar do que ela havia dito na noite anterior.
Eu te amo.
Duas vezes.
Nada nunca tinha me surpreendido tanto, quanto ouvi-la falar isso aleatoriamente, como se estivesse pensando sobre isso a muito tempo.
Como eu.

A diferença é que eu ja havia dito isso muitas vezes antes, ela só nunca tinha escutado.

A parte boa foi perceber que, provavelmente, se eu tivesse dito isso antes dela, ela poderia ter fugido, com medo de que eu estivesse mentindo. Então, talvez seja melhor que ela ache que se declarou primeiro.

Levantei devagar da cama, lutando contra a vontade de continuar ali, fingindo estar dormindo até que ela acordasse, como eu sempre fazia quando dormíamos juntos.
Sempre acordava primeiro e a observava dormir, até que ela acordasse e eu fechasse os olhos por mais um tempo.

Peguei uma roupa qualquer, no guarda-roupa da garota, e a vesti, antes de prender seu cabelo em um rabo de cavalo.
Tomei um banho logo depois e vesti uma roupa.

Sentei na ponta da cama e alcancei meu celular que estava na bancada ao lado.
Assim que desbloqueei a tela, dei de cara com milhares de mensagens e chamadas de voz de Richarlison e Antony.
Franzi a testa e abri a conversa de Richarlison, dando de cara com muitas mensagens agressivas.

Seu verme maldito
Europeu safado!
Você foi embora com minha chave!!!

volte aqui agora.

PEDRIIIII

Garoto, se eu te vejo na rua

Tive que me esforçar muito para não dar risada da situação.
Eu tinha mesmo saído da festa com a chave de Richarlison. Nem tinha lembrado disso.
Talvez eu estivesse ocupado demais.

Levantei da cama, tentando me lembrar onde estava meu casaco, para ir até Richarlison e devolver a chave do garoto.
Foi quando me lembrei que minhas roupas estavam lá em baixo.
Jogadas no chão...
Junto as roupas de Luana.

Meu corpo entrou em desespero automaticamente.
Eram nove horas da manhã, no Brasil.
Impossível que ninguém tivesse chegado em casa ainda ou notado a calcinha da garota no chão da sala.

Meu pescoço começou a suar e eu fui em direção a porta. Porém, quando ia girar a maçaneta, vi uma pilha de roupas no chão do quarto.
Nossas roupas.
Arregalei os olhos ao vê-las e comecei a questionar quem da casa que havia trazido aquilo até ali. Porque, a julgar pela posição de Luana, impossível que ela tenha se levantado durante a noite para recolher as roupas.
Então, obviamente, alguém da família havia pego.

Treat you better- Pedri González Onde histórias criam vida. Descubra agora