capítulo 7

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(capítulo descontraído pq daqui pra frente fica mais dramático)
   

    
                 
                           🧤 KAZ🧤

Kaz sabia que o fato de Inej estar constantemente sorrindo a seu lado não significava que ela ficaria. A garota poderia estar bem a maior parte do tempo que tinha passado em sua companhia, poderia beijá-lo e abraçá-lo por horas inteiras, isso ainda não indicava que ela permaneceria em Ketterdam. Kaz não Julgaria Inej se no fim seu coração não estivesse lá, afinal o que aquelas ruas esquecidas pelos santos teriam a lhe oferecer além de lembranças de todo o seu sofrimento? O que aquele manco miserável lhe daria além de sua alma perturbada?. Pelos santos! pensar sobre isso não ajudava.

Sentado em uma das mesas do clube do corvo ele observava a jovem Ghafa conversando com seus antigos companheiros da Ripa. Ele estava com sono, na noite passada havia levado horas para conseguir dormir e a garota tinha lhe acordado muito cedo de manhã. Eles comeram um pouco e Inej lhe contou sobre os seus dias no Carnaval em Novo- Kribirsk quando era criança, contou como eram os espetáculos e em como ela fingia que estava em apuros na corda bamba. Ele não conseguiu evitar imaginar como seria encontrá-la nessa época. Kaz Brekker tinha certeza que ainda que em circunstâncias diferentes ele se perderia em seus olhos escuros.
Um tipo de berro estranho interrompeu seus pensamentos, olhando para o lado viu Jesper com.... aquilo era um cabrito?.

Kaz: Que merda seria essa?. Perguntou já temendo a resposta.

Jesper: Não! Não acredito que você se esqueceu do Milo!. Jesper pareceu mortalmente magoado.

Wylan: O Jesper pagou uma dúzia de homens para encontrar esse bode em Kribirsk.
Wylan parecia um tanto insatisfeito com o pequeno animal.

Jesper: É cabrito! E chame-o pelo nome dele tá legal? Ele é seu filho também. 

Wylan: Você não espera realmente que eu trate esse animal como filho!.

Jesper: Wylan! Fala baixo! Nosso pequeno pode te ouvir. Ele colocou as mãos nas orelhas do bicho.

Wylan: Jesper, ele comeu metade da sala!.

Jesper: É a Abodecência!.

Kaz: O que?.

Jesper: Você sabe! A Abodecência, tipo adolescência de bode.

Kaz: Eu queria estar morto agora só para não ter ouvido essa sua última frase.
Inej se aproximou.

Inej: Eu não acredito! É o Milo?. Ela parecia animada.

Jesper: Sim! Olha querido! A tia Inej te chama pelo seu nome! Diferente de algumas qualidades de pais...

Wylan: Jesper! Eu não sou o pai dessa coisa!.
Enquanto os dois discutiam Inej aproximou-se de Kaz e beijou sua bochecha, pareceu um gesto inocente mas Jesper e Wylan pareceram estar infartando.

Wylan: Você viu também né? Eu não tô louco.

Jesper: Se fosse eu era uma bengalada na certa.

Kaz: Disso você pode ter certeza. 

Jesper: Nunca posso me divertir.

Kaz estava se divertindo de verdade pela primeira vez em muito tempo, mas o seu bom humor sumiu completamente quando viu que Nina se aproximava da mesa deles e trazia com ela o maldito gigante Shu.

Tolya: Oi gente, Oi passarinho! Você esteve realmente sumida hein. Ele comia ruidosamente uns amendoins.

Inej: Eu estive muito ocupada, desculpe por isso. Inej parecia sem graça.

Tolya: Não tem problema, daqui a poucos dias Sturmhond volta e vamos ter um longo tempo juntos para compensar.
Ele bagunçou um pouco os cabelos de Inej e Kaz pensou que de fato poderia pintar o barril inteiro com o sangue daquele desgraçado.
Kaz olhou para Inej, seu rosto era um misto de felicidade e confusão, ela realmente tinha muito a pensar.

Não precisarão de muito tempo no clube do corvo para que o grupo ficasse alcoolizado. As pessoas já estavam indo embora antes mesmo de Nina subir bêbada no balcão gritando "Matthias Helvar eu te amo pela eternidade" seguida por Jesper que correu até ela gritando "Milo eu te amo pela eternidade."
A esse ponto Wylan e Tolya resolverão levá-los para casa, mas não antes do cabrito comer boa parte do casaco de um bêbado inconsciênte.
Inej também estava um tanto "alta", depois que todos se foram Kaz a levou nos braços para seu quarto. A garota estava bem acordada mas se recusava a abrir os olhos.

Inej: E então o Milo me disse que os impostos para cabritos em Fjerda estão coisa de outro mundo.
Ela já dizia coisa com coisa a horas.

Kaz: Sim, com certeza poucas coisas em toda a história da humanidade são mais importantes que isso
Kaz deitou a garota na cama e deitou a seu lado encarando aquele amontoado de grandes cílios negros em suas bochechas.
Abra os olhos Inej, abra os olhos pra que eu possa viajar através da vasta escuridão de seus olhos.

Inej: Kaz.
Ela se sentou olhando nos olhos de Kaz prontamente. Ele sentou-se também sem tirar seus olhos dela.

Kaz: Sim?.

Inej: Eu amo você, amo você por cada vez que olhou para mim e viu mais que uma garota Suli frágil; amo você por me mostrar o caminho para gostar de mim mesma como sou.... Mas a cima de tudo, amo você por ser Kaz Brekker, por ter conseguido construir tijolo por tijolo do que é hoje sozinho. Eu te amo.
Os olhos de Kaz estavam arregalados diante daquelas doces palavras. Santos! Se Inej não estivesse bêbada ele a possuiria agora mesmo! Olhou cada detalhe de sua pele marrom, seus lindos cabelos e aquela voz aveludada. Ele queria fazê-la gritar seu nome, queria fazer dela sua. 
Viu ela se aproximar decididamente, mais perto, um pouco mais perto e...
Ela vomitou nos pés dele.

Kaz: Por todos os mil diabos Inej!.


Stay (Six of crows)Onde histórias criam vida. Descubra agora