capítulo 6

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                             🗡Inej🗡




Inej acordou antes de Kaz, era surreal observar aquele garoto de feições tão duras dormir. O mãos sujas, o bastardo do Barril, o garoto que lhe estendeu a mão quando ninguém mais fez; de fato Kaz Brekker  era muitas coisas. Inej não fez barulhos ao levantar, tomou banho e vestiu-se rápido.  Voltando para o quarto viu que Kaz ainda dormia tranquilamente, ela não queria acordá-lo, então sentou-se na cadeira de kaz em seu escritório.  Era Engraçado estar ali, ela podia se imaginar ameaçando visitantes e dando ordens como mãos sujas fazia.

Inej: Jesper pare já de atirar dentro do clube ou vou vestir sua pele de manhã. Ela ameaçou a cadeira fazia a sua frente e se pegou rindo.

Inej imaginou como seriam as coisas se ela ficasse, continuaria trabalhando com Kaz coletando informações importantes? Ou apenas se contentaria em ser seu porto seguro quando ele chegasse de um dia cansativo na aduela leste? Ela gostaria de ser esse tipo de garota?.

Ele podia vir comigo. Pensou. Poderíamos libertar vidas juntos.
Era um pensamento perigoso, esperar que Kaz Brekker deixasse Ketterdam por alguém, imaginar que Kaz Brekker deixasse Ketterdam por ela.

Inej baixou seu olhar suspirando, viu uma pequena caixa embaixo da mesa, era uma caixinha preta de madeira. Pegou a caixa e pensou por um instante, estava curiosa para saber o que tinha ali. Ela sabia que aquilo não era certo, mas sua curiosidade levou a melhor nessa. Inej abriu a caixinha e se surpreendeu a ver ali algumas cartas, cartas endereçadas a ela. Abriu um dos envelopes e leu o conteúdo.

Minha querida garota Sulli volte para Ketterdam, sua ausência está me matando. Reconstrui minha vida inteira e me encontro pela primeira vez em muito tempo confortável, mas nada disso faz sentido sem você ao meu lado. Sou miserável, quebrado, desonesto, um maldito pecador incurável! Mas eu me tornaria minimamente decente por você, por favor volte para Ketterdam, volte para mim. Meu coração era escuro como a dobra, e você foi minha corajosa Sankta Alina, agora posso ver tudo claramente. 

Os olhos de Inej se enchiam de lágrimas quando ela ouvir um barulho e rapidamente guardou as cartas no mesmo lugar. Kaz surgiu do pequeno quarto com sua bengala.

Kaz: Essa é minha cadeira Espectro. 

Inej se levantou rápido olhando para o lado oposto tentando esconder seu rosto choroso.

Kaz: Aconteceu algo? Você está bem?.

Inej: Não é nada... é que eu esqueci uma de minhas facas no navio.

Kaz arregalou os olhos surpreso.

Kaz: Você se separou de uma de suas facas Espectro? Isso parece tão real quanto Wylan ter aprendido a ler.

Inej: Não zombe Brekker, você não sabe dançar.

Kaz: E você tem pés feios!. Defendeu-se o maior.

Inej: Ah é?. Ela se aproximou com um sorriso malicioso.

Kaz: Sim.

Inej: Eu não me provocaria se fosse você Brekker, não  sabe o quanto sou letal?.
Inej se aproximou até seus narizes se tocarem, ele fechou os olhos achando que ela lhe daria um beijo, mas ela continuou parada olhando o biquinho do famoso mãos sujas. Inej gargalhou e o garoto corou completamente. 

Kaz: Muito engraçado, estou morrendo de rir.

Inej: Não se envergonhe Kaz, seu biquinho é  mesmo uma gracinha. Provocou. 

Kaz deu de ombros sentando-se em sua cadeira. Inej sentou em seu colo enchendo suas bochechas de beijos, ele se permitiu sorrir e ficaram assim por mais um tempo até ouvirem o estômago de Inej roncar.

Kaz: Pelos santos, devo ter ouvido um rugido.

Inej: não enche!.

Kaz resolveu levá-la a um novo restaurante da aduela oeste, por coincidência Jesper e Wylan também resolveram tomar café da manhã lá. Provavelmente ideia do pobre Wylan que já não aguentava mais a maldita gororoba diária de Jesper.

Jesper: Não sou valorizado em casa, voltarei ao clube do corvo.

Kaz: Pois lá que você não é valorizado mesmo.

Jesper: Então cozinharei a bordo do navio de Sturmhond!.
Inej engasgou com sua água.

Inej: Jesper, entenda de uma vez por todas que como cozinheiro você é um ótimo dançarino.
Kaz e Wylan começaram a rir.

Jesper: E você tem pés horrendos!. Atacou Jesper.

Kaz: Isso mesmo!.

Inej: Ah vão começar? Wylan me ajude aqui.

Wylan: não me metam nessa confusão.

A manhã se passou rapidamente, em meio a muita implicância e pequenas brigas o grupo dava muitas risadas. Inej queria parar o tempo naquele momento para sempre, seria ainda melhor se Nina estivesse presente.

Passaram a tarde jogando jogos leves no clube do corvo, Jesper não jogou. A noite Wylan e Jesper foram embora cedo.

Jesper: A verdade é que Wylan não curte muito ficar longe de nossa cama. Jesper brincou e o mais novo pisou forte em seu pé e saiu na frente um tanto zangado.

Jesper: Ele me ama. Ele deu um beijo na bochecha  de Inej e seguiu seu caminho.

Inej e Kaz subirão logo para o escritório, Inej tirou suas botas e se permitiu relaxar ainda mais.

Kaz: Como sabe que não sei dançar?.

Inej: Eu não sei! Você de movimenta de um jeito muito travado, eu poderia apostar que não sabe.

Kaz: Hum. Kaz encostou a bengala em sua mesa.

Inej o encarava sorrindo quando lhe surgiu uma ideia.

Inej: E se eu te ensinasse?.

Kaz: O que?.

Inej: Vem! Dança comigo!. Kaz Deu de ombros meio tímido.

Kaz: Não temos música.

Inej: Não precisamos de música. Ela é puxou para perto.

Inej: ponha uma das mãos em minha cintura e segure a outra assim.

Ela lhe mostrou como fazer, Kaz olhava para seu rosto a todo momento.

Inej: Ótimo, agora vou te guiar, olhe meus pés.

Ela lhe guiou a dança inteira, ele mal tirou os olhos dela, ao fim aproximou mais o rosto do dela.

Kaz: Inej Ghafa, eu quero vê-la envelhecer junto a mim.
Então ele a beijou, ela retribuiu com doçura.
Inej Ghafa estava derrotada, como deixaria ele? Ela não sabia o que ia fazer, mas sabia que naquele momento não queria estar em nenhum outro lugar.

Stay (Six of crows)Onde histórias criam vida. Descubra agora