Capítulo 5

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 E assim como o castanho disse, ele o levou para o palácio, como já disse, simplesmente deu a ordem e levaram-no para o palácio sem dar explicações a ninguém do bar, mas pelos rostos das pessoas eles sabiam que seu tesouro seria tirado deles, pelo...

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 E assim como o castanho disse, ele o levou para o palácio, como já disse, simplesmente deu a ordem e levaram-no para o palácio sem dar explicações a ninguém do bar, mas pelos rostos das pessoas eles sabiam que seu tesouro seria tirado deles, pelo sultão que eles odiavam injustamente ou assim o homem de cabelos castanhos pensava.

 Ao simplesmente chegar, Oda o deixou em uma cama e depois apenas saiu. Chuuya ira tentar fugir mas todo o local estava cercado por guardas, ou seja, escapar não era mais uma opção, especialmente sem a adaga. Então ele se resignou a sentar na acolchoada cama e esperar com uma careta no rosto ser liberado, mas isso não aconteceu, o que levou Chuuya a adormecer.

 Ao acordar, notou que do seu lado estava sua roupa do dia a dia, ele se perguntou como ela chegou ali, mas resolveu não se alongar no assunto e começou a se vestir para depois tentar achar uma saída.

 Quando terminou, aproximou-se de uma das janelas, analisou a altitude em que estava e se havia algo nas laterais para se apoiar, felizmente havia, então sem pensar duas vezes foi para cima do telhado. Duas coisas eram certas:

1- Ele não iria embora sem sua adaga;

2- Sem antes quebrar a cara daquele moreno que o tirava do serio, não dava a mínima se ele era o sultão.

 Andou facilmente pelos telhados e notou que tudo ao seu redor era lindo, o nome fazia jus ao lugar. O palácio das mil maravilhas era banhado por adornos em ouro e diamantes, lindas e preciosas relíquias, isso era esplêndido e deixou Chuuya com raiva. Como ele poderia desfrutar de tais coisas e seu povo passar fome? Ele estava mais do que determinado a dar uma surra no acastanhado.

 Ele olhou em volta tentando entender o padrão de patrulhamento dos guardas, até que sua visão e raiva se fixaram na pessoa que ele estava pensando. Ele estava prestes a descer para bater nele, mas notou que o semblante do castanho encontrava-se muito sombrio.

 Ele estava saindo de uma sala seguida por várias pessoas -algumas mais velhas e outras mais jovens-, elas pareciam vestir finos tecidos e cheios de diamantes, enquanto o sultão usava algo muito mais simples em termos de roupas. De sua parte, Chuuya observou silenciosamente a situação.

 O moreno estava mais que zangado, e aquele que parecia ser seu guarda-espadas, que o havia trazido aqui junto com os outros guardas,  o homem atrás do acastanhado tentava acalmá-lo, mas o outro apenas negou e saiu aborrecido.

 Chuuya o seguiu no telhado até que viu que era seguro descer e segui-lo de perto. Em algum momento o perdeu de vista e resolveu sair do esconderijo, mas do nada ele foi encurralado em uma parede por algemas que emitiam uma cor esverdeada e embora ele tentasse se livras delas não conseguia, o impediam de qualquer movimento. O homem de cabelos castanhos apareceu e se aproximou dele com sorriso no rosto, ele sabia que o seguiam há algum tempo, mas não demonstrou nenhuma reação.

— Me solta!

— Oh, vamos, não seja tão egoísta. Eu me dei ao trabalho de te trazer para o palácio, então você deveria ser mais grato.— Ele disse com um sorriso forçado, não estava afim de lidar com ninguém no momento.

— Grato? Você me sequestrou, droga!

— Leve isso como um acordo, você me devolveu a adaga e eu não vou te prender, em troca te deixo viver aqui, é uma troca muito boa, não acha?

— Claro que não, seu lunático! Me dê essa adaga agora, ela me pertence, e tire essa coisa das minhas mãos! 

— Bem, devo admitir que as coisas do palácio são divertidas.— Disse enquanto mostrava algumas gemas de três cores.— Ele tem coisas muito interessantes e úteis, você nunca sabe o que vai encontrar.. 

 O acastanhado aproximou-se dele e então com sua mão esquerda levantou levemente a camisa do de cabelos ruivos, que por sorte conseguiu libertar uma de suas mãos, interrompendo o ato do outro. Chuuya estava totalmente irritado e isso alegrou o humor do moreno, que lambeu os lábios com um leve rubor, ele havia encontrado uma boa diversão depois de se irritar naquele lugar.

— Não se atreva

— O que?— Perguntou em um tom falsamente inocente e cheio de divertimento.

— Não vou assumir a responsabilidade de minhas ações

— Você não me assusta, querida flor do deserto.— Ele começou a rir alto.

— Não sou tão indefeso quanto minha aparência

— Disso eu sei muito bem, não é à toa que você é o famoso ladrão de cabelos ruivos

— Então, sabendo disso, não me conterei

— Quero testemunhar do que você é capaz, afinal, foi muito difícil te capturar

— Você não me capturou

— Bem,— O olhou de cima a baixo.— vamos levar em conta que eu facilmente trouxe você para o meu palácio e que você está praticamente à minha mercê. Bom, isso deixa muito a dizer sobre você.

— Erros podem ser cometidos

— Sim e eles podem custar muito caro, isso não é tão fácil de cometer, eu queria uma dançarina

 Chuuya queria bater nele, mas sua mão ainda estava presa e a outra havia sido para pelo pulso com muita força. Ele estava com muita raiva e seu rosto mostrava isso de uma forma grandiosa, enquanto o castanho mostrava zombaria e algum interesse, seus olhos tinham um brilho avermelhado como se fosse sangue. Do nada as gemas e a adaga foram jogadas para os lados, Chuuya olhou para ele mas não abaixou a guarda.

— Espero que você consiga me divertir, nem que seja só um pouco, querido

 Do nada sua outra mão foi desamarrada, o homem de cabelos castanhos se afastou, mas não sem antes jogar a adaga, que carregava, o mais longe possível com a perna, para que ficasse fora do alcance do ruivo. Ele estalou a língua e começou a tentar chutar e socar o moreno, que facilmente se esquivava deles.

Notas da autora: Se encontrar algum erro ortográfico ou gramatical, pode por favor menciona-lo em um comentário

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