Deixe eu te contar um história, não uma qualquer, mas uma que se passa nas areias mais quentes e perigosas do deserto, onde num descuido você pode se perder, entre todo aquele lugar havia um reino, onde o sultão era muito bem respeitado, o castelo t...
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Em uma plena manhã, um jovem de cabelos ruivos quase avermelhados, estava em um dos telhados observando as pessoas que por ali passavam. O motivo? Simples, ele roubaria alguém. Era disso que vivia, e isso também ajudava os demais que precisavam. Ele nunca teve alguém que pudesse chamar de família, nem nada do tipo. De qualquer forma, não tinha também lembranças se já havia tido, já que suas memórias foram apagadas por acidente.
Ao lado dele se encontrava um albino com um olhar nervoso, mas atento, era seu companheiro de aventuras ou pelo menos era o que costumava dizer.
— Bem, tudo pronto Atsushi?— Perguntou o jovem de cabelos ruivos.
— Chuuya, por Deus! Se meu pai me visse agora, tenho certeza que ele estaria me batendo por fazer algo assim!— Falou o outro enquanto andava de um lado para o outro de forma paranóica.
— É por isso que cobrimos nossos rostos!
— Chuuya...Nós somos os únicos com cabelos extravagantes, é um milagre que ninguém ainda não nos tenha reconhecido!
— Não o fizeram porque os estrangeiros são todos assim, com cabelos diferenciados. Além disso, somos praticamente invisíveis para a guarda real do palácio, se não, eles já teriam vindo nos procurar.
— Fale por você! Meu pai é um dos melhores comerciantes, todos o conhecem, por isso também me conhecem!— Ele balançou um pouco seu companheiro, que revirou os olhos em aborrecimento e lhe dirigiu o olhar.
— É um ponto a seu favor, mas ninguém pensaria que um menino fofo e inocente seria cúmplice nisso.
— Eu ainda acho que devemos parar.
— Não, não faço isso por ganância, mas para ajudar, nunca fico com nada que não preciso, dou o resto a quem necessita. Uma prova disso está na minha casa em ruínas.
— Tudo bem, mas Chuuya tome cuidado em algum momento alguém do palácio vai aparecer e...
— Esses idiotas não saem há anos, por que sairiam agora? Seu povo está morrendo toda semana em grande escala por falta de dinheiro, comida e abrigo, a maioria deles são crianças...
— Chuuya, todos aqui sabem que desde a morte da antiga sultana não é mais o mesmo. O príncipe ainda não pode fazer nada, mesmo que o chamem de sultão, ele tem praticamente a nossa idade.
— Entrar no palácio, para ver seu namorado, está afetando você.— Ele argumentou enquanto se afastava de seu parceiro.
— Em primeiro lugar, ele nem é meu namorado, é apenas um arrogante guarda do palácio que bagunça minha vida toda vez que somos solicitados. Em segundo, sou autorizado a passar, não entro sem permissão, ainda quero viver, obrigado.
— Você exagera.— Ele revirou os olhos, depois voltou a observar as pessoas lá em baixo.
— Chuuya estou falando sério, sei que quer ajudar, mas isso vai te custar a vida
