Amaldiçoada - Imagine Gojo Satoru

VII

As férias haviam chegado e com elas o natal estava se aproximando junto com o aniversário de Gojo, que não poderia estar mais insatisfeito por estar sendo feito de presa no jogo que ele mesmo jurou que venceria.

Saber que Naomi podia ser provocante propositalmente fazia tudo aquilo se tornar mais interessante. Mas a ausência da garota de cabelos escuros à sua disposição era frustrante.

Gojo sentia-se incomodado por tal fato e por ter recebido um oral que apesar de ser deliciosamente bem feito foi maldosamente interrompido de uma forma que ele jamais imaginou que viesse a acontecer. Na verdade, receber um em seu ambiente de trabalho já era impensável o suficiente.

Seu ego vinha sendo massageado e desafiado muito nos últimos dias. Quando ele achava ter saído por cima as coisas se provavam o contrário e ele não estava acostumado com aquilo.

Toda aquela situação o pôs a pensar qual seria a experiência da garota e pensar naquilo o deixava curioso e quente. Pois sabia que independente da experiência, enterrar-se fundo nela seria maravilhoso. Supor que ela era virgem, no entanto o levava a uma vontade surreal de tirar a inocência dela e marcar sua memória como o primeiro.

Apesar de seus pensamentos estarem preenchidos peça garota, ele precisava comprar itens para repor o estoque na geladeira e se dirigiu ao mercado para tal. No geral ele não se importava com os olhares das mulheres em cima dele ou até mesmo se aproveitava daquilo para conseguir aventuras noturnas. Mas não estava com humor para nada que não envolvesse a ela. E ele se pegou novamente pensando nela e em sua ousadia disfarçada de desdém.

Suspirou pesadamente em um dos corredores e se dirigiu ao caixa. Não esperando que o alvo de seus desejos cruzasse seu caminho naquele exato momento.

Ela não pareceu surpresa em vê-lo ali, apesar de internamente se sentir atraída pelo visual dele com óculos no lugar da venda e roupas casuais que caíam muito bem nele:

-Oh, sensei. Há quanto tempo.

Gojo a olhou de cima abaixo percebendo o vestido longo demais que lembrava as senhoras que costumavam pedir ajuda dele para atravessar a rua. Mas ela estava de cabelos soltos e ele perdeu muito tempo analisando os fios pretos chegando ao meio das costas sem nenhuma onda sequer. Se perguntou porque diabos ela não o usava mais vezes assim:

-Sim, faz um tempo. O que faz por aqui?

Ele imediatamente se repreendeu por tamanha pergunta patética que saíra de sua boca.

-O que as pessoas costumam fazer em um supermercado?- ela inclinou a cabeça graciosamente.

-Paquerar as moças dos caixas.

Ela olhou para trás de si vendo duas moças o encararem coradas por trás dos balcões:

-Interessante- ela disse.

-Você parece tudo, menos interessada.

Naomi virou para ele:

-E não estou. Mas também não quero atrapalhar seus compromissos das férias.

Naomi o cumprimentou e se dirigiu para outro corredor o deixando ali, nada disposto a flertar com as mulheres à sua frente.

-Já falei que não quero atrapalhar os seus planos- ela tentou pela milésima vez o convencer a devolver suas sacolas.

-E eu já disse que não está atrapalhando- ele caçoou dela enquanto esticava os braços deixando as compras fora de seu alcance.

-Você poderia estar com um encontro garantido essa noite se tivesse dado atenção para a moça.