[...] 2 dias
Os meus pais foram embora ontem e não sei como aconteceu mas o Pedro e a Gi, depois de muita insistência, me convenceram a ir em uma rave que dura 2 dias, 2 dias vivendo a base de energético, cervejas e música eletrônica.— Anda logo, lindo, você já checou essa mochila 5 vezes. - o Pedro diz sentado na minha cama.
— Eu preciso ver se não esqueci nada mesmo, chinelo, roupa, capa de chuva, óculos de sol, protetor, desodorante, remédio, carteira, acho que terminei. - eu fecho a mochila pela última vez definitiva.
— Vamo, logo, qualquer coisa que você esquecer pega de mim ou do Renan. - ele me puxa pela mão pra sair do quarto.
— A noiva já tá pronta? - a Gi pergunta ironicamente quando nos vê descendo a escada.
— Desculpa se eu sou ansioso e metódico. - eu jogo minha mochila no sofá e me sento com o Pedro, estavamos esperando o Renan chegar.
Uns 20 minutos depois o Renan chegou com a Malu, pegamos alguns lanches de casa pra levar também e fomos para o lugar da rave, levou quase 1 hora mas chegamos no lugar.
— Que lugar foda. - eu digo assim que saímos do carro.
— Tá melhor até que a edição do ano passado. - a Malu diz analisando o local todo em tema neon. - Olha o Lucca alí. - ela diz o encontrando na entrada do local e indo até ele para beija-lo.
— E aí, meu povo, preparados? - o Lucca pergunta quando eles vieram para perto da gente.
— Eu tô mais que preparado, agora o Jão aqui eu não sei. - o Pedro diz rindo.
— Relaxa que você vai amar, a primeira rave sempre é inesquecível. - o Lucca diz e começamos a caminhar.
Faltava quase 1 hora para os DJs começarem a se apresentar então aproveitamos pra começar a arrumar as barracas que trouxemos, montamos as barracas e guardamos algumas coisas nelas, quando terminamos tinha acabado de começar as apresentações, então fomos correndo para conseguir ficar no meio, achamos uma galera com tintas neon fazendo pinturas corporais.
— Oh, mano, tem como vocês fazerem umas na gente também? - o Pedro perguntou no ouvido do cara que estava fazendo as pinturas.
— Claro, chega aí. - o cara de dreads responde e chegamos mais perto.
Eles foram em cada um fazendo pinturas no nosso rosto, e depois ele nos vendeu alguns potes para a gente fazer o que quisesse depois.
— Vira o braço pra mim. - eu digo e o Pedro põe o braço na horizontal. - Prontinho. - eu escrevi Jão com a tinta.
— Ah então me dá o seu também. - ele diz e eu estendo o braço para ele. - Agora sim. - no meu ele escreveu Pedro.
— Eu tô amando esse lugar. - eu digo pra Gi que estava se pintando também.
— Eu sabia que voce ia amar, de nada, priminho. - ela me dá um olhar de eu te avisei.
— Alguém tá afim? - o Renan chega perto da gente com alguns baseados na mão e o Pedro e o Lucca pegam um.
— Jão? - o Pedro me oferece o dele depois de ascender, cada casal estava dividindo um.
— Só um pouquinho não faz mal. - eu digo e pego dos dedos dele para dar um trago.
Ficamos fumando enquanto curtíamos o show, o DJ que tava tocando era incrível, e a música junto com a brisa que a maconha deixou tava sendo uma mistura de sensações muito louca. Depois o Lucca trouxe umas cervejas e vodkas pra gente.
— Querem provar? - o Lucca estendeu um saquinho com algumas "balas" coloridas.
— E aí? Eu vou se você for? - o Pedro diz me olhando.
— Quer saber? Me dá isso aí. - eu digo para o Lucca e ele me dá 2 daquele "doce" de cor verde-limão, eu guardo no bolso pensando se provo ou não.
Prestamos atenção novamente no show, ficamos dançando, pulando e bebendo, até que o DJ parou a música.
— Hoje eu quero ver todo mundo fazendo tudo que tem vontade, cada um libera aqui as dores que estão presas, beija quem quiser, toma o que quiser, cantem, dancem, se declarem tá tudo liberado!! - o DJ grita no microfone e a toda a multidão ficou louca.
— Quer provar agora? - o Pedro diz no meu ouvido.
— Se for com você eu vou. - eu tiro eles do meu bolso.
— Abre a boca. - o Pedro manda quando pega os doces da minha mão e coloca um em cima da minha língua e faz o mesmo na dele. - Vem cá. - ele me puxa para um beijo com gosto de bala e cerveja.
Depois de 1 hora já estavamos todos na onda do doce dançando, pulando e gritando feito loucos.
— Te amo caralho. - o Pedro diz e me puxa para perto para me beijar.
— Porra a gente se ama e isso é lindo demais. - eu grito sem pensar e beijo ele novamente, a língua dele tinha gosto da brisa de algo que ele usou.
De repente todos começaram a se abaixar ou ir mais para o fundo, só depois que eu ouvi a música eu entendi o porquê.
- Tomar um banho de chuva. - o DJ começou a tocar essa música e todos começaram a jogar suas bebidas pra cima molhando todo mundo, e é claro não fiquei de fora, peguei o que ainda tinha tinha de cerveja no meu copo e joguei pra cima.
— Meu cabelo. - a Malu diz depois da cerveja do Renan ir quase toda pro cabelo dela.
— Esquece a ideia de continuar com o cabelo limpo aqui, mas você continua linda. - o Lucca diz e ela sorri e beija ele em resposta.
[...] Tinha passado algumas horas e a festa não parou nem por um segundo, e o efeito do doce também não tinha passado ainda.
— Eu só digo meu pêsames pra quem veio de branco. - o DJ diz e começa a voar tinta colorida em pó por todo lado.
Começando a pular e nos sujar cada vez mais, pegamos uns saquinho com essa tinta que compramos antes e começamos uma guerra enquanto alguns só jogavam pra cima, a Malu jogou um pouco no Pedro sujando todo o cabelo dele e como vingança ele foi abraçar ela e mandou todos jogarem neles dois.
— Um brinde a ser bonito e ter pouca idade aqui nessa cidade. - o Lucca grita colocando o copo pra cima e nos fizemos o mesmo.
— Um brinde a ser bonito e ter pouca idade. - gritamos todos juntos e batemos nossos copos, algumas pessoas em volta fizeram a mesma coisa.
Virei o que tinha no meu copo e trouxe o Pedro para mais perto juntando nossos lábios, e as mãos dele começaram a subir minha camisa.
— O que é bonito é pra ser mostrado. - ele diz rindo e coloca a camisa em cima do meu ombro, logo depois eu o beijei e fiz o mesmo com ele.
Ficamos com o grupo e fizemos uma rodinha abraçados e ficamos pulando e dançando juntos.
[...]
— Juro que mais um pouco e eu desmaiava de fome. - o Renan diz quando fomos até as barracas descansar um pouco.
— Ainda bem que eu e o Jão deixamos essas coisas já prontas pra trazer. - ela diz comendo um dos sanduíches que fizemos.
— Eu de verdade preciso agradecer vocês por me convencerem, nunca me imaginei em uma festa louca como essas haha. - eu digo tomando um gole de água.
— Calma que ainda tem mais amanhã. - a Malu diz dando uma mordida no lanche dela.
— Você ainda vai viver muita coisa nessas férias. - o Pedro me diz sorrindo.
— Disso eu tenho certeza. - eu digo e dou um selinho nele.
Terminamos de comer e bebemos uns energéticos pra durar pelo menos até as 3 da manhã acordados, apesar de que era impossível dormir com toda a música e o barulho da multidão. Quando deu o horário dividimos as barracas em casais e descansamos para o dia de amanhã.
No dia seguinte fez sol, chuva, mas ninguém ligou, só estávamos nos preocupando em curtir nosso dia e criar memórias.
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As férias da minha vida (Pejão)
FanfictionFanfic Pejão João Vitor, um menino que não aproveitou direito a adolescência pela falta de amigos, tem agora 2 meses de férias pra aproveitar antes do último ano da escola e de todas as responsabilidades da vida adulta. Nesses dois meses ele vai viv...