04. Agente especial

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Han Jisung




— Você não deveria estar aqui fora sozinho, está correndo perigo. — Tentei pegar meu celular da mão do garoto mas ele se esquivou e ajeitou minha mochila no ombro dele. — Vamos logo.



— O que você está fazendo com as minhas coisas? Quem é você? Eu exijo que me devolva, eu vou começar a gritar e... — O garoto tampou minha boca com a mão e fez sinal de silêncio em seguida.



— Quer chamar a atenção das pessoas? Você está ficando maluco? — Olhou ao redor e agarrou meu pulso. — Olha, riquinho, temos que sair daqui o mais rápido possível e eu não tenho tempo para te tratar como o príncipe que você acha que é, então eu sugiro que só entre no carro, okay?



— Bem, eu não vou com você porque eu não te conheço, e saiba que se me arrastar para o seu carro eu vou gritar. — Tentei me desvencilhar de seu aperto e o alfa pareceu realmente confuso.



— Você está traumatizado ou algo do tipo? Sei que tudo isso pode ter sido um choque para você, mas podemos ligar para um psicólogo mais tarde. — Franzi o cenho e me encolhi quando vi uma garota se aproximar.



— Me ajuda! Socorro! Soco... — O garoto tampou minha boca e me levantou pela cintura.



— Eu já disse para se acalmar! — Grunhiu enquanto eu tentava me soltar de seus braços.



— Minho, o que você está fazendo? Papai vai surtar quando souber que você agarrou o garoto. — A ômega grunhiu e eu tentei chutar no meio das pernas do alfa. — Solte ele!



— Ele está fazendo escândalo e eu não quero ser pego. Estamos em uma missão e papai vai nos matar se chegarem até ele, isso se não nos matarem primeiro, o resumo é.... Eu não quero morrer. — Parei de me debater ao ouvi-lo.



Me pegarem?



— Eu acho que o garoto não sabe sobre nós. — A ômega concluiu e eu arregalei os olhos para mostrar que ela estava certa. — Solte ele, ele não vai fugir se você explicar que somos agentes enviados para protegê-lo. — Franzi o cenho e o alfa destampou minha boca devagar.



— Olha, Jisan, estamos aqui para te levar até seu pai, o diretor deveria ter te avisado. — Me colocou no chão e eu ajeitei minhas roupas. — Vê? Você está bem, estamos aqui porque nosso pai não pode sair do carro, então... — Comecei a correr em direção ao colégio antes que ele terminasse.



— Socorro! Estão tentando me sequestrar! Socorro!



— Jisan! Volta aqui! Jisan! — O alfa começou a me gritar e eu fui para trás de uma árvore. — Me escuta, tá legal? — Estendeu as mãos para frente e tentou chegar perto mas eu comecei a girar ao redor da árvore. — Somos agentes de uma corporação que trabalha com a polícia, estamos aqui para te levar até seu pai ômega. Eu não sei o que está acontecendo, mas o diretor deveria ter te informado.



— Eu falei com o diretor antes de sair do colégio, ele me disse para ligar para alguém. — Desviei quando ele tentou me alcançar. — Eu não sei quem são vocês, mas eu não tenho nada a ver com o que meu pai fez. Me deixem em paz!



— Puta que pariu! O garoto acha que somos mafiosos! — A ômega resmungou. — Olha, é a última vez que eu vou explicar... Somos agentes, precisamos levar você para um lugar seguro. Se você não vier por bem, vai ter que ser por mal e eu acho que você não vai gostar que Minho te leve a força.



— Não queremos ser pegos pelos capangas do seu pai, então por gentileza, nos siga até o carro! — O alfa grunhiu parecendo se controlar para não rosnar. — Para de fugir, Jisan!



— Como pode estar aqui para me levar em segurança se nem ao menos sabe meu nome? — Gritei para eles e me afastei da árvore quando ele se preparou para me agarrar.



— Espera... Você não é o Han Jisan? — O alfa hesitou e se afastou um pouco.



— Não. — Menti. — Meu nome é Luke... — Engoli em seco. — Orleans. — Sorri tentando parecer convincente. — Eu não sei o porquê estão atrás de mim.



Os dois se afastaram da árvore e se entreolharam.



— Me desculpe pelo incoveniente, Luke Orleans. — O alfa sorriu sem graça.



— Acho que nos enganamos. — A ômega estendeu meu celular e minha mochila.



Suspirei em alívio e me aproximei ainda hesitante. Puxei meu celular de suas mãos e quando meus dedos tocaram a alça da mochila, dois braços fortes me agarraram pela cintura.



— Pois é, sentimos muito, Luke Orleans. — Ouvi a voz de um alfa e me desesperei.



— Socorro! — Entrei em desespero por saber que eles não estavam sozinhos.



— Han Jisung, somos de uma corporação que trabalha para a polícia. Sou Hwang Hyunjin, agente especial e encarregado da proteção da família Han até que tudo seja esclarecido. Esses são Lee Minho e Lee Sophia, meus filhos e novos agentes. — Franzi o cenho. — Diretor Thunson, pode me dizer o porquê não o comunicou? — Levantei a cabeça e vi o diretor correndo desesperado em nossa direção.



— Me desculpe mesmo, policial. — Disse ofegante.



— Agente. — O alfa corrigiu. — Por que não o comunicou?



— Jisung já havia saído do prédio quando a polícia ligou, eu não fazia idéia que ele ainda estava aqui fora. Perdão por não ter repassado. — Desviou o olhar para mim. — Você está bem, filho?



— Estou ótimo! — Sorri falso e apontei para os braços do agente ao meu redor. — Eu não poderia estar melhor. Acho que a visão da entrada do colégio fica esplêndida dessa altura. — Grunhi e me sacudi. — Já pode me soltar, policial!



— Agente especial. — Corrigiu e eu revirei os olhos. — Perdão por isso, mas não podemos perder você de vista. — Me colocou no chão e eu puxei minha mochila das mãos da ômega, a fazendo me olhar pasma.



— É o procedimento padrão?



— Você já pode se retirar. — O alfa me ignorou e lançou um olhar cortante para o diretor que parecia mais que interessado na conversa.



— Me desculpe. — Murmurou e se apressou. Hyunjin o acompanhou com o olhar até que ele estivesse fora do alcance e se virou para os outros dois.



— Minho, vá até o carro e se certifique que ninguém chegou perto de Han Felix. Sophia, fique atrás de mim, se vê algum movimento em volta, atire. Estou em contato com a central. — Apontou para o dispositivo em sua orelha. Os dois assentiram e se distanciaram. — E você... — Cruzei os braços e arqueei uma sobrancelha para sua atitude nada amistosa. — Ou você anda ou eu vou rolando você pela grama, tenho certeza que seu pai vai me odiar ainda mais se eu fizer isso.



— Você não está aqui para me proteger? Não deveria ser mais educado ou... — Me calei e levantei os braços em sinal de rendição quando ele ameaçou me pegar pela cintura mais uma vez. — Tudo bem, policial, eu vou andar. — Comecei a seguir por onde Minho seguiu.



— Agente especial. — Murmurou sem paciência.



— Que seja!



...


Heey,

Essa fic tem uma pontinha bem pontinha de humor então... É. haha

Eu gostei muito de escrever essa fic e espero que gostem 💙

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