Different Sides | Versão Minsung | Enemies To Lovers ✔

07. Passado de Hyunjin

Hwang Hyunjin

- Meu filho está bem? Nada de ruim aconteceu com ele, certo? Eu não vou querer fugir sem ele, então é melhor que ele esteja bem. - Felix estava agitado ao meu lado. Eu já tinha respondido várias vezes que eles estavam a caminho do jatinho, mas Felix parecia absorto até demais em sua preocupação.

- Meu filho é um agente muito bem treinado para essas situações, eu disse isso ao senhor. Lee Minho conseguiu despistar os perseguidores e conseguiu chegar até aqui com as minhas orientações. Estou dizendo, Jisung está bem. - Revirei os olhos.

- Com licença? Você não pode ser tão grosso assim com um ômega preocupado, estamos falando da segurança do meu filho. Você não me pareceu tão preocupado assim. - Empinou o nariz e cruzou os braços.

- Senhor Han, mil perdões por não ter surtado junto com o senhor, mas eu estava muito ocupado tentando fazer o meu trabalho, e se quer saber.... Meu filho arriscou a vida por causa do seu filho. Mil perdões por eu estar ocupado demais preocupado com o filho que saiu do meu saco e não com o seu... - Me interrompi quando ouvi a voz de Sophia.

- Tudo certo, papai. Alguns agentes híbridos vão retirar o carro da estrada e mandar para nós assim que conseguirem mudar a placa e algumas informações, vamos garantir que não reconheçam o carro do Minho. - Assenti e suspirei em alívio ao finalmente ver o rosto do meu filho.

Minho não é muito sentimental, ele não é de demonstrar muito afeto, então me controlei para não abraçá-lo forte e apenas dei um aceno de cabeça para ele saber que aprecio o fato de estar bem.

- Jisung? - Felix correu até o filho e beijou suas duas bochechas com certa euforia. - Eu fiquei muito procupado. Que bom que você está bem, meu filho. - O abraçou forte e eu raspei minha garganta para interromper o momento pai e filho.

- Temos que ir. - Me virei e fiz sinal para um agente abrir a porta do jatinho. - Vamos conversar sobre todo o plano de proteção no caminho para nosso local.

- O que aconteceu no caminho? - Sophia perguntou a Minho enquanto eu esperava mensagens da sede e eu apurei os ouvidos para ouvir também.

- O mimadinho quis parar para ir ao banheiro e comer alguma coisa. Ele me encheu o saco e eu não soube o que fazer, então parei em uma lanchonete de beira de estrada para ele usar o banheiro. Ele acabou me fazendo comprar um lanche para ele também, mas quando fomos pegar eu percebi uma movimentação estranha. - Suspirou cansado e grunhiu de dor em seguida, fazendo minhas costas tensionarem. - Corremos para o carro e eles tentaram atirar contra os pneus. Eu tive que jogar meu carro para fora da estrada.

- Eu vi o estado do carro, acho que vai ter que pagar para pintar outra vez. - Sophia zombou e Minho choramingou em frustração.

- Tive que dirigir por um milharal, deve ter milho até em baixo do capô do carro, tudo por causa desse mimadinho de merda. Eu juro que vou fazer ele pagar a pintura quando tudo isso passar. Eu não queria parar, tudo estava indo bem e eu tinha a rota toda na minha cabeça, até ele começar a reclamar. - Bufou audível e eu engoli em seco. - Pelo menos conseguimos chegar até aqui.

- Podemos tentar conversar com o papai, talvez ele consiga que a justiça pague pelos danos. - O tom de Sophia era carinhoso e preocupado.

- Eu só quero tomar um banho e comer alguma coisa. Pelo menos não teremos que treinar na sede por um bom tempo. Vai ser bom poder viver um pouco. - Senti a culpa me invadir como toda vez que os escuto falando assim.