Romance (?)

1.3K 129 93
                                    

Não imaginam o prazer que é estar de volta.
Este capítulo será focado no Muzan e no Tanjiro. Como eu não sei se todo mundo gosta dos dois, existe uma marcação com o emoji 🔴 quando começar. Esse emoji vai aparecer no final indicado que acabou.
------------------------------------------------------------------
POV Narrador

Muzan viveu mais de um milênio e criou centenas, se não, milhares de onis e analisou o comportamento de cada um deles. Durante a era Sengoku, uma oni saiu de seu controle, se voltou contra ele e o traiu porque lembrou de sua "estúpida vida humana." Não é necessário dizer que Muzan se sentiu ofendido, muito ofendido. Ele chegou a conclusão que qualquer oni que se lembrasse de sua vida humana iria se voltar contra ele assim como Tamayo, a oni o traiu na era Sengoku.

Mas a conclusão de Muzan foi totalmente esmagada quando Daki perguntou a Tanjiro se ele lembrava de sua vida humana e recebeu a resposta: "Claro, você não?" Aquela era praticamente a prova de que ele estava plenamente conciente de suas ações como oni.

Mas aquilo não fazia sentido, por que, mesmo estando fora do controle de Muzan, continuar no lado dos onis? Tanjiro fazia isso apenas pelo seu irmão ou havia algo a mais? O oni progenitor não entendia aquilo e isso o deixou obcecado pelo ruivo. Ele precisava saber mais, saber mais sobre o passado daquele oni, saber o que se passava na cabeça daquele oni, saber tudo sobre aquele oni.

Começou a seguí-lo e observá-lo o tempo inteiro. (autora: Não literalmente, é só uma hipérbole) Agora, estava o seguindo para um campo de lírio-aranha-vermelhos. Era verão, época em que os lírio-aranha nascem, mas uma brisa passava de forma calma, como se estivesse dançando suavemente.

Tanjiro: Estava me perguntando o porquê de estar me observando de forma tão rígida durante esses últimos dias, mas acho que só saberia se conversassemos sobre o assunto

Muzan esperava qualquer coisa do marsala, menos que Tanjiro descobrisse de estar sendo observado por ele. Um momento de silêncio permaneceu até que o de cabelos negros saí de onde estava escondido.

Muzan: Como me descobriu?

Tanjiro: Tenho um ótimo olfato e seu cheiro é bem marcante. Então, foi bem fácil

Muzan: Porque não falou nada? -- Perguntou enquanto se aproximava

Tanjiro: Queria saber o que pretendia fazer me observando, por isso, fiquei quieto -- O oni mais velho já havia se aproximado para bem perto do mais novo e o observa com atenção -- Agora, posso saber do porquê de eu estar sendo observado?

Muzan: Você é intrigante. Em todos meus anos de vida, a mudança geralmente foi algo negativo, mas você não é uma mudança ruim. Mudança de clima, mudança de tempo, mudança de planos. Se há uma mudança é porque não está perfeito. Quando algo é constante significa que está em estado perfeito, não acha?

Tanjiro: Não

Muzan: Não?

Tanjiro: Nada é constante, apenas a mudança -- Explica se agachando -- A mudança não é positiva ou negativa por si só, mas pode ser boa se aproveitada da maneira correta -- Fala arrancando um lírio-aranha-vermelho -- A perfeição é alcançada quando se consegue se adaptar a qualquer mudança a qualquer momento, não acha? -- Pergunta se aproximando mais ainda de Muzan (autora: o que é importante já foi, se você quiser sair, agora é a hora)

🔴🔴🔴🔴🔴🔴🔴🔴🔴🔴🔴🔴🔴🔴🔴🔴

Muzan: O que está fazendo? -- Questiona vendo Tanjiro afastar uma mecha de seu cabelo

Tanjiro: Colocando a flor em você -- Diz ajeitando o lírio-aranha nas mechas pretas do rei dos onis

Muzan: Por que não colocar a flor em si mesmo? Combina com seu cabelo -- Fala observando o menor se afastar

Tanjiro: É muito vermelho para um oni só e, além disso, ela fica bem em você

Muzan: Você não tem medo?

Tanjiro: Medo do que?

Muzan: De mim. Você fala de forma tão calma comigo, parece que se esquece que eu poderia matá-lo a qualquer momento (autora: É verdade, quer dizer, às vezes não)

Tanjiro: Você poderia, mas não significa que vai. Não tenho motivos para ter medo

Os olhares dos onis se cruzaram e ficaram assim por um bom tempo. Tentavam ler a mente um do outro se encarando.

Muzan tinha seus batimentos desenfreados e não sabia a razão. Nunca havia sentido aquela sensação, mas ele gostava por alguma estranha razão. (autora: *música romântica* 🎻)

Muzan: É melhor eu ir

Tanjiro: Entendo, tenha uma boa noite -- Desejou se virando

Muzan: Mas antes -- Diz pegando um lírio-aranha-branco (autora: Sim, em um campo de lírio-aranha-vermelhos há uma lírio-aranha-branco) -- Se o vermelho é muito, então, o branco ficará melhor -- Afirma colocando o lírio entre as madeixas ruivas. O oni marsala estava paralisado durante o ato, com um rubor vermelho em sua face e o coração acelerado -- Sayonara, Tanjiro

🔴🔴🔴🔴🔴🔴🔴🔴🔴🔴🔴🔴🔴🔴🔴🔴

Muzan saí do local deixando Tanjiro sozinho. Depois de um tempo refletindo, o ruivo resolve ir comer algo para se distrair e pensar com mais clareza.

E se o Tanjiro fosse irmão do Rui?Onde histórias criam vida. Descubra agora