Capítulo 1

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"Londres fica estonteante nesse período de tempo. Férias! Turistas passando de um lado para o outro. Sorrindo, como se nada pudesse acontecer com eles. Carne fresca. Todos."

Enzo observava os turistas em cima do grande relógio. Ele podia sentir seu rosto sendo envolto pelo frio que o rodeava de cima e a altitude o chamando para pular, assim como sempre fazia. Estava faminto, não como os tempos em que esteve como prisioneiro daqueles insanos doutores, mas queria mais e mais daquela diversão pois sabia que tempos bons como este não duravam muito. 

Ele se agachou, preparando para pular em um beco escuro em que uma mulher estava andando para os lados com medo de ser pega. Esperaria apenas o momento em que ela chegaria no meio do beco, assim não teria muito para onde correr. 

Enzo sentiu mais uma vez o vento embalar seu rosto e sua verdadeira face se mostrar. Aquela em que se revelava um amontoado de veias cheias de sangue em volta de seus olhos vermelhos e suas múltiplas garras prontas para atracarem no pescoço de alguém.

A moça, que estava olhando para trás sempre que podia, olhou para frente na esperança de não cair em um lata de lixo que estava no meio do beco. Ao olhar novamente para trás se deparou com Enzo.

- Olá! - Disse ele com os braços abertos. - Linda noite, não?

A mulher, paralisada de susto, conseguiu apenas andar um passo para trás, na tentativa de se afastar daquele estranho. 

- Calma, eu não vou fazer aquilo que você pensa. - Ele disse em sinal de rendição. - Não sou um monstro. 

A mulher arregalou os olhos e se pôs a correr. Mas antes que fosse possível Enzo pegou seu pescoço com sua velocidade e olhou nos olhos de sua vítima. 

- Não se mexa. - Ele disse olhando profundamente em seus olhos. A ideia entrou como um alfinete em seu cérebro, o que a deixou impossibilitada de se mexer. - Não grite. Por mais que eu goste que grite às vezes, mas hoje não estou afim de hipnotizar policiais, mais turistas e toda aquela coisa.  - Imediatamente a moça não conseguia mais aumentar sua voz, sua garganta parecia fechada completamente. Ela estava rendida a ele.

Enzo então sorriu e abocanhou sua vítima, que imóvel apenas pôde arregalar seus olhos enquanto ele a pegava pelas costas. 

Lorenzo sentiu o sangue subir pelos seus dentes e preencher suas bochechas e olhos. Ele gostava da sensação de alívio, de saciação, mas nunca parecia o suficiente, uma vez que em menos de 10 minutos suas vítimas já estavam sem vida. E não era isso que ele queria em Londres.

Ele a soltou com muito esforço e olhou no fundo dos seus olhos novamente. 

- Volte a andar e esqueça de que isso já aconteceu. 

Num piscar de olhos a moça voltou a andar, assim como havia começado antes naquela escura noite, perto da saída para a rua principal lá estava ela. Como se nada tivesse acontecido. 

...

- Por que você não vem aqui? - Caroline dizia ao telefone. Chamando seu amigo para o evento. 

- Porque eu estou longe de Mystic Falls e preciso dar um tempo de vocês. - Disse ele rindo. 

Lorenzo estava sentado em um banco de praça observando como sempre os turistas passando de um lado para o outro. Crianças, famílias de três pessoas, um adolescente perdido, uma mulher solitária...

- Ahá - Disse Caroline fingindo rir. - Damon irá ficar decepcionado com você se não for ao aniversário de sua amada.

Me ponha para dormirOnde histórias criam vida. Descubra agora