Rose acordou no meio de uma cama de um quarto com as mãos amarradas, os pés também e a boca envolta com um pano.
Ela abriu mais um pouco os olhos e viu Enzo mexer em suas coisas.
Lorenzo olhou para ela ao ouvir seu coração bater mais rápido. Como de costume a sua vítima estava enrolando os braços na tentativa de se soltar e dando pequenos pulinhos como se conseguisse desamarrar os nós de seus pés.
Rose estava ofegante, e com seus arregalados olhos castanhos procurava no quarto uma saída. Qualquer coisa que a tirasse de lá.
- Ei, querida. - Enzo se aproximou dela a passos pesados. - Calma. - Disse quando chegou perto dela. - Deve estar se perguntando porque coloquei você na cama e não na cadeira. Só quero dizer que particularmente eu odeio ficar preso em cadeiras e macas. Camas parecem ser muito mais... aconchegantes.
Rose parecia querer dizer algo, mas ele não a deixou falar.
"Deus, irei morrer aqui. Pelas mãos deste homem. Infelizmente será hoje." Pensou Rose que começou a chorar. Não queria mostrar medo à aquele estranho, mas não poderia sentir outra coisa. Em todos os seus dias em que lecionava, nunca havia se deparado com tal situação. Nunca nem havia sido parada pela polícia. Sua vida era calma e suave, e ela gostava que fosse assim.
- Está chorando? - Enzo limpou suavemente a lágrima de Rose que caia em direção ao pano branco que ele havia colocado em sua boca. - Não era a minha intenção.
Rose fechou os olhos ao toque e abriu quando ele parou suas mãos em sua orelha.
- Eu juro que só quero saber o que estão planejando com você. - Enzo se sentou ao seu lado. - São as minhas férias. E isso parece um tour bastante interessante em Londres. Depois que tudo isso acabar você nem irá se lembrar do que aconteceu. Eu prometo.
Rose tentou ficar sentada mas Enzo empurrou seu peito gentilmente para a cama.
- Tudo o que você precisa fazer é ficar parada e esperar eles chegarem.
"Eles quem?" Rose pensou, confusa.
Enzo se levantou e voltou a mexer na bolsa da mulher. Sem paciência acabou jogando todos seus pertences na cama ao lado.
- Absorventes... - Ele dizia enquanto olhava suas coisas. - Esqueci que tem humanos que sangram sem querer. Meus pêsames, darling. Canetas, livros, cadernos, perfumes e... isso. - Ele disse ao pegar um bloco de anotações. O abriu e viu que na verdade era um pequeno diário de Rose. - Querido diário, - Ele começou a ler. - mal posso esperar para lecionar em Cambridge, sinto que minha vida está do jeito que deveria estar... Own, isso é tão... estranho. Porque pelo que eu vi você estava muito preocupada em dar menos aulas, sem falar que foi grosseira com seus chefes.
Rose começou a se mover para o lado da cama na tentativa de fazer pelo menos alguma coisa para salvar a sua vida. Qualquer coisa. Ela não iria ficar parada esperando aquele estranho a atacar novamente.
- Querido diário... Esse aqui está incompleto. - Lorenzo virou a página. - Esse também e pelo que vejo algumas páginas estão rasgadas. Por quê, Rose? Ou melhor, Rosmerta. - Disse ele lendo com cuidado e com seu pesado sotaque britânico a contracapa do bloco que dizia a quem pertencia. - Lindo nome, aliás.
De repente Enzo ouviu um baque ao chão. Ele riu ao constatar o que era. Era Rose que tentava se mexer assim como uma cobra ou uma tartaruga ao inverso que não conseguia voltar a postura normal. Com o rosto no chão Rose tentava se virar para o outro lado.
Ele a pegou e a colocou sentada no chão entre o vão das duas camas.
- Eu já te falei o que planejo fazer com você. Por quê está fazendo ficar difícil? - Ele disse.
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Me ponha para dormir
FanfictionLorenzo St. John está em férias depois de ter sido alvo de experimentos por mais de 70 anos. Agora tudo o que precisa é relaxar, no estilo de um bom vampiro, comendo lanches aqui e ali. Mas depois de ver uma estranha moça com uma mordida no pescoço...