Capítulo 9

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Passei por meu irmão, ignorando sua cara de poucos amigos, se ele queria bajular a bruxa mentirosa era um problema dele, eu não iria compactuar com isso.

 

Meu povo estava feliz, não tinha como negar, finalmente poderíamos viver como uma alcateia unida novamente, como tinha sido há anos atrás. O exílio havia acabado.

Mas a que custo?

 

Eu tinha aceite do que nunca a maldição nunca seria quebrada por mim, eu jurei nunca tocar em uma mulher virgem. Por isso tinha ido pelo caminho oposto, fui contra tudo e contra todos para nunca chegar perto de uma garota inocente.
 

 

Abri a boate para me assegurar que ficaria o mais distante o possível, minha cama era frequentada pelas mulheres mais quentes, desinibidas e confiantes que conhecia. 

 

Por isso eu não conseguia deixar de me perguntar: o que diabos tinha me dado para levar Bridget para a cama?
 

 

Parte e mim continua a dizer que a encenação dela, com o magrelo do começo da noite, foi o que me levou a pensar que ela era meu tipo.

 

Mas quando ela me enfrentou na frente de todos, eu vi que era confiante e não abaixava a cabeça fácil.
 

 

Mesmo assim não aplacou minha indignação, ela não tinha o direito, nenhum deles tinha o direito de me enganar a ponto de me fazer engravidar uma mulher contra minha vontade.
 

 

Eles poderiam não entender, eu sabia bem que alguns acreditavam que eu nunca quis ser o Alfa, mas não poderiam estar mais enganados.

 

Eu apenas queria me manter longe da sujeira e imundice, que cercava essa maldição.
 

— Quanah! — ouvi Peta me chamar, ele era meu irmão do meio e apesar de se parecer tanto comigo fisicamente, não podíamos ser mais diferentes em todo o resto.
 

A começar pelos olhos, e então a mãe, caráter e muito mais.
 

— O que é irmão? Tenho coisas muito importantes para fazer como Alfa. — resmunguei revirando os olhos com aquelas palavras, qualquer coisa era bom para manter aquele traidor longe.
 

— Você não pode tratá-la desse jeito, a garota foi tão usada quanto você e veja só como ela está agindo!

Me virei com suas palavras e avistei ela ajudando a cuidar dos feridos. Meu povo, estava ali ferido porque todos correram para protegê-la.

 

Os cabelos ruivos estavam caídos como uma cortina vermelha e sedosa, cobrindo seu rosto, enquanto ela ajudava a fazer uma atadura no braço de um dos meus homens.
 

Seth alargou o sorriso com algo que ela disse e eu apurei meus ouvidos, para conferir o que estavam dizendo.
 

— Eles não eram de nada. Teríamos acabado com mais uma horda deles.
 

— Mesmo assim agradeço muito o que fizeram, arriscaram a vida por mim. Nem ao menos me conhecem. — a voz dela era amigável e, mesmo sem ver eu podia sentir que sorria.
 

— Você ajudou a quebrar a maldição, meus ancestrais falavam sobre isso, esperamos por muitos anos. — ele estendeu a mão boa em sua direção. — Meu nome é Seth.


— Bridget, me chamo Bridget.

Assistindo a cena de longe eu não conseguia parar de pensar que esse deveria ser o curso natural das coisas, ela deveria ter se envolvido com alguém da sua idade, assim como Seth.

 

Já eu com meus trinta e cinco anos, era quinze anos mais velho que ela.

 

O que reforçava meu pensamento de que ela sabia o que estava fazendo se enfiando na minha cama. Ela sabia do que precisava fazer para ajudar nossos povos e não hesitou em fazê-lo.
 

— Eu sei, você e seu bebê são famosos. — então o garoto ousado curvou a cabeça ficando mais próximo dela. — Não se surpreenda se todos aqui decidirem te proteger.
 

Seth estava se sentindo confiante, pois levou os dedos até o cabelo dela e não hesitou em prender uma mecha atrás de sua orelha.
 

— Quanah! Irmão! — a mão pesada de Peta segurou meu ombro me trazendo de volta para nossa conversa. — Você está surdo ou o que? Precisei chamá-lo dez vezes.

— Pare de me irritar por um segundo. Não tem mais nada de útil para fazer? 

— Estou justamente cuidando disso, ao menos o bem estar do seu filho te importa. Então me diga de uma vez, em que lugar Bri vai ficar?

Meus olhos voltaram para ela, encontrando facilmente os cabelos de fogo entre a multidão afobada, os olhos claros como os da água mais pura encontraram os meus e ela estancou no lugar.

— A coloque onde quiser, mas mantenha todos longe dela! Isso é um aviso, que se aproximar dela vai sofrer as consequências!

Sai de lá imediatamente, não aguentaria olhar muito tempo para aquela garota!

 

Ela representava tudo o que eu detestava, bruxa, uma garota virgem, a lista era grande. Mas isso não impedia meu corpo de queimar em desejo por ela.

 

Eu nem ao menos precisava fechar os olhos para lembrar a sensação de me enterrar na sua boceta apertada, o calor e a maciez. Tão fodidamente molhada e deliciosa, tão doce que eu poderia chupá-la a noite inteira sem me cansar.

 

Como poderia cansar com a voz doce e rouca gemendo meu nome, pedindo por mais, gritando com prazer de ter minha língua, meus dedos e meu pau a fodendo.
 

Meu pau começou a ganhar vida com os pensamentos daquela noite.

 

Soquei a parede, não me importando com cortes que rasgaram minha pele ou com a dor, apenas rosnei em ódio e frustração.
 

Eu só deveria detestá-la, precisava esquecer qualquer coisa que tinha acontecido aquela noite. Isso nunca mais se repetiria, ela tinha cavado a própria cova ao aceitar fazer parte daquele circo.

 

Nove meses, nove meses era o tempo que eu precisava suportá-la de baixo do meu teto e assim que meu filho nascesse eu podia me ver livre dela e de sua corja.

 

— Vai acabar mais rápido do que penso!

 

— Falando sozinho, chefe? — Denah me pegou de surpresa em minha loucura.

— Pensando, pensando Denah! Avise a todos que quero esse lugar brilhando, hoje vamos fazer A LYNC bombar, quero tudo lotado.

— Mas... — ele pigarreou incerto sobre o que falar.

— Diga de uma vez! — ordenei sem muita paciência, não estava com paciência para nada hoje.
 

— Peta disse que não vamos abrir, enquanto Bridget estiver em perigo, até que tudo esteja resolvido não podemos deixar que ninguém desconhecido se aproxime do perímetro.

 
— Ele o que? — se meu irmão estava pensando que mudaríamos a rotina aqui, só por causa dela estava muito enganado. — Pois eu estou mandando, vamos fazer o total oposto. Hoje quero ver essa casa lotada e se ele acha tão perigoso assim, ele que vire sua guarda pessoal!

 

A Bruxa e o Alfa - ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora