Capítulo 14

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A porta se fechou atrás de mim e eu encarei a madeira por alguns segundos

 

Sabia que ninguém entraria ali, o feitiço me garantia que somente quem eu liberasse a entrada no quarto teria acesso.

 

Peta tinha me dado nos nervos, como eu precisava soca-lo sem dó. Eu conseguia ver em seus olhos toda a reprovação, e aquilo não me surpreendia, pois eu me sentia do mesmo jeito.

 

Eu tinha causado aquilo, tinha trazido as sereias do submundo até aqui.

 

Desci as escadas com pressa, saber que ele estava lá com ela deveria tranquilizar meu coração.
Mas não era assim que eu me sentia.

 

Ele não tinha sido capaz de protegê-la antes, quem me garante que seria capaz agora?

 

Meu irmão não era um fraco, mas se não tinha acabado com duas sereias, como poderia confiar com algo pior?

 

— Quero saber como está a situação? — gritei assim que o elevador abriu a porta.

 

A bagunça na boate tinha sido contida, as pessoas, seres humanos comuns, já tinham deixado o lugar. 

 

— Vazamento de gás, foi o que falamos para o pessoal se mandar. Mas testamos todos na saída.
 

 

— Esses são os únicos que capturaram? — havia pelo menos cinco pessoas na minha frente, sereias, três fêmeas e dois machos. 

 

— Foram os únicos, já estabelecemos um perímetro na reserva, ninguém entra sem ser descoberto. — Denah se aproximou, a carranca nada boa. — A garota está bem, chefe?

 

Várias cabeças se viraram em nossa direção, não era surpresa que todos ali, tanto as criaturas do submundo, quanto todos os lobisomens, estavam interessados nela.

 

A diferença é que meu povo queria protegê-la pelo bebê, enquanto os olhos negros ali a queriam morta.

 

E eu precisava descobrir o porquê.

 

— Ela está ótima, apenas um corte na mão. — sorri ao lembrar como tinha se cortado. — Ela decepou a mão de uma dessas coisas, antes que ela pudesse tocá-la.
 

 

— A garota é durona! — ouvi um murmúrio.

 

— Peta está com ela agora, vamos andar logo com isso, quero descobrir porque esses filhas da puta vieram até aqui.
 

 

Encarei o macho que parecia mais assustado. Nao podíamos segurá-los, era o mesmo que cair na paralisia novamente, mas amarrados e contidos como estavam conseguiria arrancar a verdade ou matá-los de tanta porrada.

 

— Quem ordenou o ataque? O que queriam aqui?

 

A Bruxa e o Alfa - ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora