Seis

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"Eu vou entrar em colapso." Fecho o livro e tento organizar a bagunça que fiz na minha mesa de estudos.

"Fica tranquila, você está bem adiantada na matéria." O professor fala do outro lado da tela do computador.

Na segunda-feira pós festa, cheguei na escola e tinha um rio de fotógrafos me esperando. Parecia a cena da Mia Thermopolis quando descobrem que ela é uma princesa, um caos total. A diretora me procurou e sugeriu que eu me afastasse das aulas presenciais por umas semanas, até tudo se acalmar. Assim os alunos não teriam distrações, ela não se estressaria com paparazzis ultrapassando propriedade privada e eu conseguiria privacidade.

Então estou há exatos três meses tendo aulas particulares online e provavelmente não voltarei ao normal, pois faltam poucos meses para eu me formar e as coisas não se acalmaram. Mas estou adorando, pelo menos assim consigo viajar para ver meu namorado.

A turnê de Sean vai voltar esse final de semana e passará pela América do Norte. Eu quero aproveitar toda oportunidade que tiver de estar perto dele, então daqui a algumas horas vou estar em um avião, rumo ao Canadá, para encontrá-lo. Não sei se estou mais ansiosa para acabar minha tarefa de artes logo ou para conhecer sua família.

Acredito que por ser dia de semana e baixa temporada, a fila do check-in está vazia, então despacho a mala e vou para o embarque. Cheguei apenas um pouco antes do horário marcado do vôo, então não tenho que esperar muito para entrar no avião.

Todas essas etapas de vôos comerciais me estressam um pouco, mas meu pai está usando o jato para uma viagem de trabalho, então não posso reclamar.

Sou recepcionada no avião pela comissária de bordo, que me dá as boas-vindas, indica meu assento e me oferece uma taça de champagne. Como não sou boba nem nada, aceito. É bom para dar uma relaxada pré-vôo de quase cinco horas.

Assim que o avião se estabiliza no céu e as luzes de cinto de segurança apagam, eu deito minha cadeira e me acomodo com o travesseiro e cobertor. Chuto que durmo em menos de cinco minutos, o cansaço é grande. Só acordo quando sinto alguém me cutucando. É um dos comissários pedindo a gentileza de eu retornar para a posição original para a aterrissagem. Aproveito para observar a vista de Toronto a noite.

Chego em seu apartamento morta, nem mudo minha roupa para deitar na cama.

Sean desperta rapidamente com meu movimento e, ainda meio grogue, sorri ao me ver. Me aconchego em seus braços e durmo que nem pedra.

Sou acordada com beijos e a sensação é ótima. Olho para Sean e ele sorri, voltando a me beijar.

"Bom dia, comprei cappuccino para você" Ele me oferece um copo de isopor bem quente, como eu gosto. "Melhor se arrumar, seus sogros vão chegar daqui a pouco para o almoço."

Olho para o relógio e vejo que dormi um pouco mais do que deveria, mas pelo menos consigo ajustar o problema do fuso horário e o sono que não tive nas quase cinco horas de vôo ontem.

Sean está vermelho e suado, chuto que acabou de fazer sua corrida matinal diária, é uma de suas formas de relaxar, mas conheço outra ainda melhor.

"Que tal um banho?"

"Estou fedido assim?" Ele dá uma leve abaixada na cabeça para se cheirar.

"Não, bobo, você não está fedido." Eu me aproximo e dou um beijo em sua boca. Ele retribui agarrando minha bunda e me levantando e levando para o banheiro.

É um banho demorado, mas bem gostoso. Como vamos direto para a arena depois do almoço, escolho uma calça cinza e uma blusa preta lisa junto com uma jaqueta de couro para passar o dia, quero ficar o mais confortável possível.

Uma Estrela Para Chamar de MinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora