55) A BATALHA FINAL (parte 4): Prata e ouro

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Os eventos que acontecem são rápidos, do tipo em minutos ou até mesmo segundos.

Luna narra...

Eu deixei Alex no castelo de Lunária com uma proteção. Fiquei pensando no que Solaria havia dito... E agora era tarde para abandonar tudo, eu precisava lutar... Não, eu iria lutar.

Encarei a Rainha Negra, parte de seu rosto terminava de se reconstruir. A magia de Solaria havia causado um bom estrago.

"Talvez possamos destruí-la por completo" foi o que pensei quando vi o ataque.

Concentrei minha magia.

- Sol - digo me virando para encará-la - Existe alguma chance de vencermos?

- Eu não sei - ela responde - Mas se tiver vamos descobrir na base da porradaria.

Eu sorri.

- Não vamos esperar essa desgraçada se recuperar - falei e sem pensar duas vezes eu parti para a briga.

Libertei minha magia e fiz minha armadura parecida com a da minha mãe, surgir em meu corpo.

- A Lua Crescente - minha mãe falou surpresa e orgulhosa ao mesmo tempo.

Talvez eu não fosse aguentar invocar a Lua Nova junto com a Lua Crescente, então se eu tinha que extrapolar meus limites, iria liberar tudo o que eu tinha de uma vez.

Invoquei meu arco, puxei a corda e uma flecha de luz se formou, deixei minha energia percorrer minhas mãos inundando a arma. Respirei fundo e me teleportei usando meus poderes de vampiro até perto o suficiente da Rainha Negra.

- Você não pode me matar sem seu cajado - ela falou com um sorriso macabro

- É o que vamos ver - digo, mesmo sem ter certeza.

Aquele sorriso só me deixou com ainda mais raiva. A flecha de luz brilhou num brilho prateado e sem pensar duas vezes eu disparei, a flecha foi destruída no campo de força de Cynthia.

- Custe o que custar, você vai pagar - sussurrei e apertei o cabo do arco, destruindo-o com minha força.

- Parece que a morte de Alexandre foi demais pra você, princesinha - ela ironizou e uma das sombras veio em minha direção.

- VOCÊ NÃO TEM O O DIREITO DE FALAR O NOME DELE! - gritei, o ódio em mim explodiu completamente, uma aura lilás começou a ser emanada do meu corpo.

Deixei toda minha energia ser liberada de uma vez. Meus poderes de vampiro estavam tornando minha magia mais violenta do que deveria ser. Aquela raiva, aquela tristeza, aquela vontade proteger aqueles lutando ao meu lado... Se misturava, se espalhava...

Eu podia sentir tudo, sentir todas as luas de uma só vez, implorando para serem libertadas em uma única forma.

- Isso é por todos nesse campo de batalha - sussurrei largando o arco destruído e erguendo as duas mãos - Lua Cheia.

Uma onda de luz prateada irrompeu pelo campo de batalha. Os fios do meu cabelo preto se tornaram brancos, exatamente como o cabelo da minha mãe.

- A última fase - escutei meu pai dizer.

Uni as duas mãos deixando o brilho lilás seguir meus movimentos e assim que afastei as mãos uma rajada de luz esbranquiçada surgiu do espaço entre elas acertando minha oponente.

Todas as fases da lua surgiram pelos meus braços brilhando uma mais que a outra.

O leve e familiar barulho de rachaduras ecoou segundos antes da minha magia perfurar o campo de força de Cynthia e acerta-la no peito. Outra expressão de raiva surgiu no rosto dela, seguido de um sorriso.

SOL E LUA 2: Reinado De NévoaOnde histórias criam vida. Descubra agora