94. Gosta Mesmo Dele?

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Han Jisung



Acordei me sentindo observado e quando abri os olhos vi que o mommy estava sentado na ponta da cama. Ele me observava enquanto eu me sentava e sentia meu medo aumentar e meu estômago embrulhar.



Pensei que a primeira coisa que ele falaria depois de tudo fosse que estava decepcionado, ou que ficou preocupado comigo, até mesmo gritasse o quanto estou ficando irresponsável e que Minho está me fazendo mal.



Mas a pergunta me surpreendeu.



- Você gosta mesmo dele? - Felix perguntou com a voz calma e serena.



- Como assim? - Fingi bocejar para pensar melhor no que eu iria dizer e no porquê de ele estar agindo assim.



- Você entendeu a minha pergunta. Tenho certeza que sim. - Suspirou e se aproximou do meu corpo na cama. - Você realmente gosta tanto do Minho ao ponto de confiar sua segurança a ele e a convivência familiar?



- Eu entendi a sua pergunta, mommy. - Deixei meus ombros caírem. - Eu só não estou entendendo o porquê você está agindo assim com tanta calma e cuidado, quando na verdade deveria estar gritando comigo, e também não sei onde você quer chegar com essa conversa. Vai tentar me separar do Minho? Eu realmente gosto dele e eu queria que ficasse feliz com isso, não apreensivo. - Suspirei cansado. - Não sei se já te disseram isso, Lix... Mas Minho não é nenhum alfa perigoso, e eu confio nele.



- Gosto do Minho. Na verdade, gostei do Minho muito antes de você. Gostei do Minho logo na primeira vez que jantamos todos juntos. Eu vi que ele foi se desculpar com você depois de ter te irritado. - Rimos. - Eu só fico apreensivo, sabe? Com medo que vocês façam isso mais vezes e eu tenha que ficar em casa torcendo para que nada de ruim aconteça com vocês no meio do caminho. Sendo maior de idade ou não. Estando namorando ou casado. Você ainda é meu filho. Não estou dizendo que o que fez ontem foi o certo mas acho que eu te prendi e te escondi demais do mundo lá fora. Lamento que só tenha conhecido tudo que todos os outros adolescentes conheceram antes só agora. - Me puxou para seus braços e me envolveu em um abraço. - Minho é um bom alfa para você, pode não ser para as outras pessoas mas já provou que para você sim. Eu consigo ver quando alguém faz bem para o meu filho e ele te faz bem até demais. - Acariciou meus cabelos. - Mas eu ainda tenho medo que ele te magoe. Eu não posso evitar, não depois do que passei com o seu pai. - Beijou minha testa. - Você entende, não entende?



- Sim, eu entendo perfeitamente tudo que me falou, mommy. - Sorri minimamente. - E eu sei que está certo. Mas eu tenho plena certeza que ele não vai me magoar. Eu acredito que ele realmente me ama e vai me proteger.



- Quero que se lembre sempre que você não precisa de ninguém que te proteja. Você é dono da sua própria vida e não depende de ninguém para ser feliz. Eu demorei para entender isso no passado mas eu quero que entenda isso antes de levar uma rasteira da vida.



- Realmente acredita que Minho vai me magoar, não é? - Suspirei derrotado.



- Eu não sei, não posso confiar e nem desconfiar dele assim. Estou apenas fazendo o meu papel de pai e tentando evitar que coisas ruins acontecam com você. Mas concordo que grande parte dessa proteção te fez ficar ainda mais curioso com o mundo lá fora. Às vezes eu esqueço de como eu era na adolescência, de como eu me comportava e de como me vestia. - Rimos. - Eu era um adolescente detestável. Meus pais tinham toda a razão em querer me prender dentro de casa mas você nunca me deu razão para fazer isso. Eu só fiquei com medo.



- Você ainda é jovem, papai. - Usei o adjetivo certo o surpreendendo. - Você é o meu pai e meu mommy, na verdade, você foi e é tudo. - Beijei a ponta do nariz dele. - Lamento ter perdido parte da sua adolescência cuidando de mim sozinho e tendo que administrar as empresas da sua família.



- Eu não fico triste com isso. Eu amo ter você comigo.



- Eu sei que ama mas eu realmente acho que você perdeu parte da sua essência e juventude. Antes do cara que me colocou no mundo sumir você era um menino e agora está muito paternal. - Rimos.



- Vai a merda! - Estreitou os olhos.



- Não vai me perguntar como foi a noite? O que fizemos? Onde estivemos? O que comemos? - Ri.



- Eu não quero saber... - Empinou o nariz de botão e eu sorri admirado com a beleza. - Mas se estiver disposto a contar ficarei feliz em ouvir. - Rimos e nos ajeitamos na cama.



Mommy tinha uma expressão apaixonada e surpresa ao mesmo tempo a medida que eu contava detalhes da noite. E eu percebi que eu estava mais do que empolgado de poder contar.



...

Heey,

Que lindo, né? Se preparem para uma tensãozinha e se lembrem que eu aprecio finais felizes. Logo melhora hahaha ❤

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The Big Problem | Minsung | A.B.O ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora