118. Outro Problema?

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Lee Minho



A volta para a mansão não foi a mais tranquila do mundo, tudo parecia estar fora do lugar.



Jisung estava distante e passava o dia todo deitado na cama sem querer conversar com ninguém, Sophia estava fugindo de Olívia a todo custo e eu... Bem, eu estou fazendo o que eu sei fazer de melhor...



Me lamentar para o Jeongin.



"Eu não aguento mais você reclamando comigo. Não posso resolver nada da sua vida. Eu juro por tudo que é mais sagrado que o fato de todos estarem estranhos não é minha culpa. E nada tira da minha cabeça que estão assim por causa do que aconteceu na casa do pai do Jisung, sabe que isso mexeu muito com todos nós, e quando eu digo "nós" eu estou incluíndo Olívia e eu nessa história. Estamos exaustos e nem somos da família." Escutei ele bufar do outro lado da linha.



- Tudo isso te deixou exausto como? Você só foi para me impedir de fazer merda. Esse é só o seu papel como meu melhor amigo. - Ri sem realmente achar graça da situação.



"E você acha que não é cansativo? Eu poderia estar em qualquer lugar, poderia estar fodendo qualquer pessoa por aí ou até mesmo estudando para a nossa prova de matemática, mas eu estou aqui te escutando reclamar sobre a saudade que você tem do "seu Jisung". Eu nem ao menos tenho um ômega! Eu tenho um limite e você já ultrapassou ele no momento em que eu dei um conselho e você não escutou. Você está a mais de duas horas em ligação comigo procurando por uma solução que eu já dei!" Gritou e eu afastei o celular. "Vocês precisam conversar. Prepara uma noite romântica, faz um café da manhã na cama, faz carinho, escreve uma música, pula em cima dele e fode... Não sei! Só faz alguma coisa que não envolva reclamar comigo. Eu já perdi meu parceiro de crime, não quero perder meu melhor amigo para a depressão profunda."



- Você é um péssimo amigo, você sabe disso, não sabe? - Suspirei e me joguei de costas na cama.



"Se eu sou um péssimo amigo, por que ainda está reclamando no meu ouvido? Agradeça por eu não ter desligado na sua cara, eu juro por tudo que essa foi a minha vontade desde que você começou a listar todos os pequenos sinais que Jisung está te dando."



- Eu vou falar com ele. - Revirei os olhos.



"Ótimo." Jeongin desligou um segundo depois e eu fiquei encarando o celular por um tempo.



Mas que filho da...



- Minho? Posso falar um minutinho com você? - Estranhei a educação e suavidade de Sophia mas resolvi não fazer nenhum comentário ácido sobre.



- Pode. - Dei de ombros e deixei que ela se sentasse ao meu lado na cama.



- Sabe que eu te amo muito, não é? - Perguntou e colocou uma das minhas mãos entre as dela.



- Quem morreu? - Franzi o cenho e a analisei com atenção.



- Ninguém morreu, Minho. Eu só estou tentando ser uma boa irmã como o papai me pediu. - Revirou os olhos e largou minha mão.



- Ah, agora está explicado o porquê da educação. - Ri nasalado.



- Pode me deixar falar? - Franziu os lábios.



- Vá em frente! Desde que não seja um namorado drogado ou...



- Você notou que o Jisung está estranho? Eu nem sei porquê eu estou perguntando isso, você está em seu próprio quarto enquanto ele está lá, tendo o tempo dele. - Suspirou e passou a encarar as próprias mãos. - Felix pediu para o papai, para que o papai pedisse para mim, para que pedisse para você falar com o Jisung e descobrir o que está acontecendo, porque o papai disse que Felix disse que está preocupado. - Rimos. - Mas papai tem quase certeza que você fez algo para o Hannie. - Mordeu o canto do lábio inferior.



- Ele sempre acha, mas acredite, dessa vez dá para ver que eu não fiz nada. Jisung só pediu um tempo sozinho, tenho quase certeza que ele ainda está chateado com a situação do pai. Adam o enganou, Sophia. Jisung é muito sensível e o próprio pai se aproveitou disso. - Suspirei. - Ser tratado como uma mera transação comercial não deve ser a coisa mais legal do mundo.



- Eu sei que pode ser isso, mas Felix está preocupado que não seja só isso ou que ele não volte ao normal nunca. Não finja que não está preocupado também, não finja que não está com medo da tristeza dele ser mais profunda do que aparenta ser. - Deixou os ombros caírem e encostou a lateral do rosto em meu ombro. - Você tem que fazer alguma coisa. - Resmungou baixo.



- Eu estou apavorado, mas o que eu deveria fazer? Jeongin diz para eu conversar com ele mas eu não sei se vai adiantar de alguma coisa. Quando eu perdi a minha mãe a última coisa que eu queria era alguém ao meu lado, sentindo pena de mim ou falando o tempo todo sobre isso.



- Não é a mesma coisa, não é a mesma situação. - Franzi o cenho.



- Dói do mesmo jeito, na verdade, eu acho que dói até mais. O pai dele o deixou sozinho, voltou com uma mentira, tentou roubar a família dele e sumiu outra vez. O pai dele não morreu, só escolheu fazer isso e isso deve ser ainda mais doloroso. - Sophia ficou de pé e pigarreou parecendo incomodada com o assunto.



- Vai esperar até que ele decida falar?



- Não posso, eu estou com medo. - Suspirei cansado. - Eu preciso conversar com ele sobre esse problema para depois entrar em outro. - Passei as mãos pelo rosto em um sinal claro de ansiedade.



- Outro problema? - Franziu o cenho. - Está falando do fato do papai ainda não estar satisfeito com a ligação de vocês?



- Também.



...

Heey,

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The Big Problem | Minsung | A.B.O ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora