Infidel ❜ 𝖡𝖺𝗃𝗂 + 𝖥𝗎𝗒𝗎 + 𝖦𝗂𝗋𝗅.

𝟬𝟯.

─ Nem nos beijamos ─ Baji revirou os olhos e cruzou os braços ao olhá-lo e fingiu que não sentiu interesse e não tentou o beijo - que foi rejeitado. Mas logo em seguida, fitou com o desejo que sempre tinha naquele corpinho do amigo e elevou a boca - de canto.

─ Tá com ciúme? ─ Disse em um sussurro baixo, ao aproximar ainda mais o físico do outro. Seus braços se descruzaram. Aquele lugar estava com cheiro de pegação já. Uma mistura de cheiros que parecia álcool e perfumes diferentes com calor humano.

─ Não seja idiota ─ O loiro desviou o olhar e levantou uma sobrancelha, mesmo sabendo que tinha uma pitada de ciúmes dele sim. Uma pitada não, um pote inteiro.

Keisuke não parava de sorrir com toda aquela atuação do amigo, porque sabia sim haver sentimento dentro do outro - por mais que ele negasse até a morte. Suas mãos foram até a cintura dele e ao aproximar seu rosto do ouvido e dizer:

─ Você sempre vai ser meu viadinho privilegiado, Fuyu. — A respiração calorosa dele veio sobre a extensão da orelha do Matsuno, que sentiu arrepios pela voz e a intensidade.

Ele queria bater naquele moreno abusado até a pele dele ficar toda roxa, mas acabou sorrindo com o falso sentimento de exclusividade. Puxou aqueles fios até ele o olhar para que pudesse começar a xingar um:

─ Filha da p... ─ Sua voz foi interrompida pelos lábios do moreno sobre os deles. Já estavam habituados a se beijar naquelas situações, mas ainda sim, por não saberem quando seria - deixava tudo um pouco mais excitante. Chifuyu poderia deixar um selar todos ali, mas...

Seu melhor amigo é sua boca predileta.

Eles enroscavam as línguas devagar e sentiam o gosto um do outro. Sentiam aquele molhado que dava toda vez em um beijo de língua é concretizado.

Suas cernes em fricção deixava suas bocas quase ardendo de desejo que os consumia em seu peito e seus físicos, tudo ao mesmo tempo. Porém, sentiu que a velocidade do moreno tinha diminuído, estranhamente.

Fuyu separou em um instante sem entender ─ Você gosta de pau também, sabe né? ─ O loiro adorava provocar o presinhas com isso, então não iria perder a oportunidade de alfinetar o ego do Baji com aquala informação.

O que escutou aquilo, não parava de fitar os lábios cheios de luxúria de Fuyu, mas não estava sorrindo - nem com vontade de continuar.

Ele se afastou um pouco, soltou as mãos da cintura do Matsuno e desviou a o corpo pro lado, falou baixo: ─ Sua boca tá com gosto daquela bebida ruim que Kazutora gosta ─ O loiro se recompôs um pouco e ficou sério, limpou a própria boca e ficou extremamente envergonhado, sem saber o que dizer.

Por mais que tinha adorado a boca do bicolor, entendia que ele e o moreno ainda tinham rivalidade e, quase sempre, era extremamente ardiloso lidar com aquilo.