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III

— Harry, você quebrou meu computador? — James perguntou enquanto segurava o aparelho e encarava o filho.

— N-não, papai — Respondeu o menino enrolando o dedo na barra da camiseta de dragões que usava e James se perguntava o que tinha acontecido com o seu computador.

— Eu molhei ele — Completou Harry.

— Ah si- espera, você o que? Molhou ele? — O Potter mais velho olhava confuso para a pequena criança de cinco anos que continuava enrolando o dedo na barra da camiseta.

— Sim, papai. Eu tava j-jogando e ele ficou muito quente. Ai eu joguei água pra e-esfriar. De nada, papai — O menino respondeu com inocência.

James olhava incrédulo para o filho que o fitava como se tivesse feito uma coisa incrível que merecesse muitos e muitos agradecimentos.

— Obrigado, filho. Mas você não pode molhar o computador do papai... Assim ele para de funcionar — James explicava com paciência porque Harry era uma criança sensível.

— Ei, família — Sirius apareceu na porta da sala de repente assustando pai e filho — Que clima é esse?

— Eu m-molhei o computador do papai e ele tava falando que não p-pode — Harry respondeu indo de encontro ao padrinho que logo o pegou no colo.

— Ah Prongs, somos bruxos. Existe um feitiço pra consertar essa coisa — Sirius dizia em defesa do afilhado – como sempre – enquanto apertava Harry e o beijava no rosto fazendo a criança se contorcer sentindo cócegas.

James havia se esquecido completamente desse fato.

Sirius riu como se soubesse disso e se sentou no sofá ainda com Harry em seu colo.

— Onde estão nossos maridos, afinal? Procurei Remus até debaixo da cama.

— Hoje é quinta-feira, não lembra? Dia de ir na biblioteca — James dizia enquanto ligava a televisão e se sentava ao lado do melhor amigo e do filho.

Todas as quintas, Remus e Regulus iam a biblioteca passar a tarde e James e Sirius ficavam encarregados de cuidar de Harry nesses momentos.

O menininho já estava quase adormecido recostado no peito do padrinho. E depois que James deixou a TV ligada no volume baixo e passando algum filme antigo que eles não faziam ideia do nome, os dois adultos adormeceram.

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Assim que James desperta ele percebe que está sozinho no sofá. Demora um pouco até que ele se situe e acorde totalmente.

Ele pega os óculos que estavam na mesa de centro e se levanta, disposto a ir atrás dos outros moradores da casa. Escuta uma risadinha infantil, seguida de uma mais rouca e vai seguindo o som. Ele abre a porta balcão que dá para o jardim dos fundos e sente seu coração aquecer dentro do peito diante da cena.

Seu marido e seu filho ajoelhados no chão, com as mãos sujas de terra e com ferramentas de jardinagem ao redor.

Harry é o primeiro a avistá-lo e logo se levanta, correndo atrapalhado até onde o pai está.

— P-papai, nós estamos plantando florzinhas no jardim. V-vem plantar com a gente — A criança puxava o mais velho pelas mãos.