O desafio da amizade

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Sobre este capitulo, ele foi feito entre trancos e barrancos, durante a meu resfriado e falta de criatividade. A história mudou um pouco do que era originalmente, porém finalizei do jeito que achei ser o melhor. Ao ler o capitulo da Emma, vocês vão notar o quão ele é diferente de tudo que eu já trouxe, foi escrito com esse objetivo, porque a Emma não é igual aos demais, mas assim como tudo que fiz, essa história, essa fanfic toda, fala sobre relações. Meu tema principal de tudo são as relações que os personagens tem, seja com a família, seja com os amigos, paixões, seja com os próprios sentimentos. Relações humanas. 

Boa leitura, eu diria algo do tipo "espero que gostem", mas tenho plena ciência que esse capitulo será o menos apreciável de toda fanfic e com razão ~

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Aos treze anos não se esperam que uma criança saiba de tudo. Tendo acabado de entrar na terrível puberdade só agora a criança realmente está começando a descobrir o mundo, e até que realmente possa dizer que entende qual o papel que quer cumprir na terra, essa criança já estaria com seus trinta e poucos anos.

Mas não Emma Addams.

Não mesmo, senhoras e senhores. Emma está muito a frente do seu tempo, seus irmãos tolos, estão abaixo de si e as mães logo seriam superadas por sua genialidade. Ela sabia quem era, o que queria e por isto não sentia remorso algum de passar na frente de quem quer que seja para alcançar seus objetivos. Palavras eram inúteis, odiava perder tempo com o que os seres inferiores chamavam de "papo furado", apenas respondia o que lhe convinha e os contatos físicos estava fora de questão, a menos que fossem extremamente necessários. Medo ou nojo de encostar em outras pessoas? Vocês se perguntam. A reposta era mais simples, ela apenas não queria, não sentia necessidade de encostar em alguém e poucos eram os dignos de tocarem nela.

Quando os gêmeos foram embora para estudarem na mesma escola que as mães, os avós e o tio estudaram – algum tipo de tradição familiar, imaginava ela – Emma sentiu saudades. Não lhe entendam mal, ela apenas sentia falta de como a presença deles mascarava a sua. Sem os irmãos mais velhos na casa, as mães agora tinham total foco nela e em suas atividades, regulando seus horários de saída e volta para casa. Enid tentava sempre que possível participar de alguma atividade com a filha, talvez a lupina sentisse necessidade de concerte-se com a caçula ou algo do tipo, porém aquilo incomodava Emma, e bem mais do que ter que enterrar os corpos novamente no cemitério após estudos. Nas poucas vezes que permitiu a lupina participar de algo consigo, a mulher não se saiu muito bem, chegando inclusive a desmaiar para o tédio da filha. Assim como Wednesday na juventude seguia fotógrafos de revistas criminais, Emma gostava de seguir alguns agentes forenses da polícia local. Os adultos já a conheciam, chamavam-lhe de "a garota pálida", nunca dizia o nome, mas vira e mexe aparecia para olhar algum assassinato, não esboçava nem um tipo reação e muito menos proferia palavra alguma. Por vezes acharam que ela era um fantasma, assombração ou algo do tipo, como se estarem presentes em diversos locais de assassinatos brutais atraísse algum tipo de mau agouro e ele seria Emma, que vale ressaltar amou a comparação. Porém para espanto dos profissionais, um dia ela apareceu com uma mulher, belíssima na opinião dos agentes, e essa mulher disse ser mãe da garotinha, naquele mesmo dia tiveram que fazer um atendimento de emergência na dita mãe da criança enquanto a mesma ia embora sem interesse algum no estado de saúde da loira que havia desmaiado após ver tantos membros cortados.

Ainda assim, era vantajoso para Emma, ter algumas atividades com Enid, pois aprendia com ela a ser uma ótima rastreadora, sabendo exatamente qual animal passou por aquela parte da floresta, quando o tempo ia mudar, qual direção certa do vento lhe traria vantagem entre vários outros. Emma não era um lobisomem como a mãe e os irmãos – tendo Larissa descoberto a alguns meses atrás, após salvar a namorada – e também não era uma psíquica como Wednesday, Mortícia, e a falecida vovó Addams. Emma era humana, como Gomez e Pugsley. Em outras palavras, para o terror dos excluídos, ela era uma normie. A realidade era que, talvez também não se encaixasse na palavra normie como os humanos comuns, afinal diferente deles, com pouca idade ela sabia fazer muito mais coisas que um agente secreto do governo poderia sequer imaginar, e matar estava entre suas especializações.

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