[Novamente um aviso (violência/abuso/morte) - Por favor, pule para o fim da parte em itálico se for prejudicial para você.]
Enid abriu um grande sorriso, cuidadosamente segurando o vaso pesado em suas mãos e indo em direção à cozinha. Ela cantarolou alegremente quando viu que seu tio estava em casa, sentado em um dos bancos da cozinha.
- Eu fiz flores. - Enid sorriu, caminhando até ele e levantando o vaso para mostrá-lo. - Elas são rosa e brancas. - Ela assentiu orgulhosamente. Seu sorriso se dissipou quando ele levantou a cabeça e ela pôde ver a garrafa em sua mão.
- Não se 'fazem' flores, idiota. - Ele murmurou, rolando os olhos. Enid não gostava quando ele bebia, ele sempre ficava assim. - Elas vão morrer sem água. Deus, você tem ALGUM senso? - Ele riu amargamente e tomou mais um gole de sua bebida.
Enid ficou preocupada, olhando para o vaso e o balançando levemente para fazer as flores se mexerem. Franzindo, ela se moveu para frente e segurou o vaso na frente de seu rosto.
- Eu fiz flores. - Enid repetiu, balançando o vaso levemente para provar seu ponto. - Viu? Eu fiz elas.
Subitamente, o vaso foi empurrado de sua mão, quebrando no chão perto de seus pés. Enid choramigou, olhando para a coleção de vidro e flores que agora cobriam o chão.
- Sai daqui, porra. - Ele falou arrastado, antes de tornar sua atenção de volta para a bebida. Enid ficou congelada por alguns segundos antes de seus olhos pousarem nos restos das flores. Com tédio, Enid fez a volta nos cacos de vidro e se abaixou para pegar as flores.
- Elas precisam de água? - Ela perguntou suavemente, lembrando do que ele havia dito mais cedo. Ela olhou para as flores coloridas em sua mão antes de colocá-las na frente do rosto dele, olhando-o esperançosamente.
Foi aí que tudo mudou.
Enid inalou com dificuldade quando ele se levantou, trazendo sua mão de trás de suas costas e pressionando algo gelado contra o queixo dela. Enid tropeçou levemente para trás quando ele deu uma paso para frente.
Ela gemeu de dor, sentindo os cacos de vidro embaixo de seus pés descalços. Mais alguns passos para trás e ela foi pressionada contra a parede, seus pés ficando dormentes por causa da constante e latejante dor.
- Ouch. - Ela sussurrou, sentindo lágrimas se formarem em seus olhos enquanto balançava a cabeça furiosamente. - Ouch, ouch. - Ela repetiu para si mesma. Quando ele removeu a arma de seu queixo e a pressionou contra seu peito, Enid entrou em pânico. Ela sabia o que era aquilo. Ela sabia o que aquilo podia fazer.
- Nã-não. - Enid choramingou, apertando os olhos. - Por favor, não. - Ela balançou a cabeça furiosamente, tentando ir mais para trás.
- Seria tão fácil só puxar o gatilho. - Ele disse, arrastado, arrastando a ponta da arma por seu peito até sua clavícula. - Não seria?
- Por favor. - Enid sussurrou, tentando se balançar para fora do aperto dele.
- Por favor o que? - Ele riu, movendo a arma novamente para sua mandíbula. - Você quer que eu acabe com isso?
- Po-p-por favor. - Enid soluçou. Ela não conseguia formar nenhuma outra palavra no momento.
Por um segundo, ele tirou a arma dela e a girou em sua mão, a inspecionando.
- Se ao menos alguém amasse você. - Tom riu amargamente, rolando os olhos. - Talvez vá haver alguém que se importe quando você estiver morta.
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Blue - Wenclair
FanfictionSEGUNDO LIVRO DA SÉRIE YELLOW Depois de uma longa e demorada jornada, Wednesday acredita que ela e Enid finalmente chegaram até a luz no fim do túnel. Mas quando o passado volta para assombrá-las, elas se encontraram em um campo de jogo completament...