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Após horas de viagem, Lux se animou ao ver a carruagem parar em frente à residência Buvelle. A mansão era enorme, porém, constatou que não era maior do que o lugar onde morava. Depois de fazer incansáveis perguntas para Garen, ela descobriu muito mais do que esperava, tentou ser discreta em todas como se já soubesse o que havia acontecido — principalmente em relação aos seus pais —, mas sua curiosidade não resistiu. O irmão respondera a todas suas dúvidas, um pouco desconfiado, mas pensou que talvez Lux estivesse entediada e apenas quisesse conversar para matar o tempo.

Bateram à porta e um mordomo prontamente atendeu, levando-os para dentro da casa. Enquanto aguardavam a marquesa Lestara Buvelle, Lux reparou na mobília luxuosa e em como elas ornavam lindamente com o ambiente, as paredes em tons frios, deixavam o lugar plácido. Ouviu a melodia dos primeiros acordes vindo de uma harpa, seguida de uma voz angelical que a fez arrepiar inteira. Por um momento achou que estivesse nos céus. A voz continuou cantando em uma harmonia completamente agradável aos ouvidos.

Lestara desceu as escadas feliz com a visita dos Crownguard, fez uma breve mesura educada e os guiou pela mansão adentro. Ao chegarem na sala estavam duas garotas, Lux reconheceu Sona, a de cabelos azuis, sentada tocando a harpa. Sua expressão era feliz e maravilhada ao ouvir a irmã cantar. E Seraphine que cantava graciosamente, sua voz era descrita nos livros como inesquecível, assim como ela quando alguém a via pelo menos uma vez. Seu cabelo rosado era um de seus traços mais marcantes, assim como os intensos olhos azuis e a pequena manchinha em formato de estrela acima de sua maçã do rosto. Luxanna teve certeza de que aquela voz era muito mais do que apenas inesquecível, ela não conseguia descrever a sensação de ouvi-lá, mas era diferente do que imaginava, estava completamente hipnotizada com o que parecia uma ópera.

Ela observou Garen pegar uma flauta dentro do estojo deixado sobre o sofá e começar a tocar facilmente no ritmo de Sona. Luxanna ficou surpresa, tendo mais uma vez certeza de que aquilo era uma realidade alternativa. Quando as duas perceberam a presença dos Crownguard não hesitaram em continuar a música, Seraphine deu um sorriso radiante na direção de Lux que o retribuiu, e pegou em suas mãos delicadamente a puxando para o centro da sala conduzindo-a para uma dança. No final da música, as irmãs Buvelle fizeram uma pequena reverência.

— A que devemos a honra, Alteza? — perguntou Sona.

— Ah, por favor senhoritas. Sabem que podem me chamar apenas de Garen. — retrucou — Creio que não conheçam minha irmã Luxanna. — disse se virando na direção dela.

As duas assentiram.

— Ainda não tivemos oportunidade de sermos apresentadas.

— Bem, estas são as Srtas. Sona e Seraphine Buvelle.

— É um prazer conhecê-las. — Lux respondeu gentilmente com um sorriso amigável.

— Seu irmão nos falou muito sobre você. — contou Seraphine — Até sinto como se fôssemos amigas de longa data. — ela lançou um sorriso encantador.

— Ele também sempre me falou sobre vocês. — mentiu Lux. Na verdade, ela não tinha como saber se aquilo era realmente verdade, mas achou que seria adequado dizer mesmo assim — Disse que nos daríamos muito bem.

Sona deu um sorriso de aprovação. Enquanto Seraphine mantinha os olhos brilhantes sobre Lux.

— E onde está Diadoro? — questionou Garen.

Soulmates | Lightcannon AUOnde histórias criam vida. Descubra agora