Eu espero.
Espero dias melhores, mesmo não fazendo nada para tê-los.Espero pelo “bom dia” sincero que deixei de desejar a muito tempo.
Espero, egoisticamente, pelos amigos de infância que abandonei na minha estranha e desastrosa tentativa de viver “adultamente”.
Anseio, fervorosamente, pela chance de mudar algo imutável.
Almejo o querer egocêntrico de controlar meu próprio mundo, mesmo ele interferindo no mundo alheio.
E, portanto, espero, ansiosa e ilusoriamente, pelo retorno da minha versão antiga.
Dessa versão tenho lembranças utópicas e, enganosamente, imagino diversas e saudosas recordações.
Vivo tanto esperando por elas, ansiando por seu retorno, que esqueço ironicamente de viver.
Esqueço, também, que o tempo não espera e apenas segue.
Segue passando os dias, os meses e os anos, e eu continuo nesse ciclo de espera, apenas acrescentando uma nova versão saudosa ao meu acervo de “Meu Eu Passado”.
Até o instante que, esperançosamente, não esperarei mais, apenas viverei sem me importar com o retorno das minhas versões.
Enquanto isso, eu espero.
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A LUA DÁ POESIAS: POESIAS DE UMA ALUADA
PuisiAluada é uma pessoa no mundo da lua, lunática ou distraída. Essa autora tomou pra si o adjetivo após perceber que levou anos no mundo da lua de tal forma que se perdeu ao retornar ao Planeta Terra. Esse livro, reunirá alguns pensamentos e poesias de...