Capítulo 1

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Sou um Enigma, o qual nem mesmo eu consigo resolver

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Sou um Enigma, o qual nem mesmo eu consigo resolver.

O tempo está acabando, o ponteiro pequeno do relógio bate em minha mente às três, e às seis, às nove... ele ecoa de maneira estridente dizendo para me levantar, dizendo para fugir. 

- Corra. - Diz a voz, mas não consigo reconhecer de onde vem.

Olho para os lados mas não vejo nada. É como se eu estivesse dentro do vácuo. Estou perdida. O som está ficando contínuo, o ponteiro está acelerando e sinto minha mente transbordar em pânico.

- Acorde. - Ela sussura.

- Não consigo. - Respondo para o nada.

- Depressa, não temos tempo. - Ela sussura novamente.

- Não consigo me mover. - Minhas pernas estão presas em correntes, tento puxar mas cada movimento dói.

A dor se espelha pelo corpo, e sinto uma enorme pressão. Acho que estou sendo esmagada.

- Liberte-se. - Desta vez a voz está mais perto, porém ainda assim não a localizo.

- Não consigo, por favor me ajude. - Suplico, para quem quer que esteja falando comigo.

Ninguém responde.

Não há mais relógio, nem o som estridente do ponteiro.

O tempo acabou.

Sinto cheiro de chuva pela manhã

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Sinto cheiro de chuva pela manhã.

Apesar de tudo estava quente, a sensação das veias queimando não podia ser ignorada, o corpo rígido, quase convulsionando em uma dor absurda. Ia evoluir, eu sabia, esses medicamentos são muito fortes. De hora em hora chego a perder a consciência.

Nos primeiros dias, sua mente já começa a entrar em colapso, as memórias já começam a ser alteradas, tudo fica confuso, se torna uma mistura de cenários sanguinários, monstruosos, juntamente de lembranças humanas e inocentes. Elas estavam atreladas à dor que sentia, assim perdendo sua essência e espírito pouco a pouco.

Nunca quis deixar de ser quem eu era, mas o processo levou a isso. No fim talvez meu destino sempre tenha sido esse.

Nos primeiros meses, as dores diárias já se tornam suportáveis, mas as dores experimentais nunca deixaram de existir. Acredito que esta seja uma lembrança de que ainda resta uma parte humana em mim.

The Princess of ExilesOnde histórias criam vida. Descubra agora