Isso é uma ordem!

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◇Isso é uma ordem!◇

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◇Isso é uma ordem!◇

Anos haviam se passado. Nahida, agora com seus 31 anos, havia se tornado uma grande sacerdotisa de Amon, deixando todos aos seus pés com sua graça e beleza nas danças para o Deus. O que agradou seu pai de uma forma surpreendente, mostrando que o equilíbrio cósmico permitiria bons frutos e harmonia futura. Já o príncipe, este havia mudado da água para o vinho! Todas as brincadeiras bobas, faltas nos treinos e aprendizados sumiram. Ele era alguém muito centrado, contudo, toda aquela concentração súbita que se instalou foi para esquecer a falta que seu servo fazia.

Anos se passaram e nenhuma notícia de Alhaitham. Kaveh havia se afundado nos papiros e nos cálculos. Até passará bastante tempo com um novo colega, Tighinari, na sala dos sacerdotes aprendendo poções e química.
Para suprir o tédio que o corria diariamente, ele passou a fazer diversas atividades, se dedicando 100% em todas, causando espanto aos soberanos.

O príncipe era mestre na arte, pintava e desenhava como ninguém! Também dominava perfeitamente a escrita e os cálculos, ajudando seu pai a planejar diversas pirâmides para a família real. Além de tudo isso, era ótimo com a espada. Por mais que não fosse o fã número 1 das batalhas, e não fosse o melhor da turma, sabia se virar bem.
Seu amigo, Cyno Mahamatra, havia sido colocado em uma alta posição pelo soberano, o tornando comandante-chefe de todos os guardas do reino. A única coisa que passou pela cabeça do príncipe foi: Alhaitham odiaria estar aqui agora.

O fato de suas diversas especialidades surgirem ainda jovem surpreendeu a todos. Nahida foi a primeira a notar uma calmaria no palácio, questionou seu irmão e notou a enorme lista de afazeres que havia feito no dia seguinte da partida de alhaitham. O príncipe havia se colocado em diversas aulas que ocupavam seu dia de 6:00 da amanhã até às 22:40 da noite. Seu cronograma novo repentino assustou todos do palácio. O faraó o questionou o que todos aqueles afazeres significavam. Nahida nunca se esquecerá da expressão triste no rosto do seu irmão dizendo que "precisava se distrair".

Desde então, Kaveh havia se especializado em quase todas as áreas existentes naquele Egito. Seu quarto vivia bagunçado com diversos papiros e tintas para todos os lados, diversas joias em construção. Sempre acabava pisando em alguma pedra preciosa em que usaria para construir algum colar. Era uma tremenda bagunça e Ai de quem entrasse lá para arrumar.
Em uma noite, um servo foi mandado para os aposentos do príncipe com a ordem de organizar tudo, chegando lá quase foi decapitado pela espada do jovem, que o ameaçou com a ponta da lâmina no pescoço caso mudasse alguma mínima coisa de lugar.

Nahida sentia falta de seu irmão agitado por aí, sabia que o jovem precisava se distrair. Passava 24 horas de seu dia com a cabeça focada nos trabalhos e isso às vezes o deixava louco. Surtava com mínima coisa e acabava descontando nos servos. Lembrava de um ocorrido que de fato a assustou. Aos 18 anos do jovem, Kaveh teve um surto por não conseguir pensar em nada para escrever ou pintar, e com esse simples bloqueio criativo ele teve um ataque de pânico. Nahida o abraçou o imobilizado de se machucar, mas o episódio foi algo traumático para qualquer um ali presente. Sacerdotes faziam diversos tipos de chás ou poções para acalmar o príncipe diariamente com medo de algum episódio semelhante. O que passou de fato a acontecer quando Kaveh ficava sem nada para fazer. Isso desencadeou ócio fobia no príncipe, um medo excessivo de não ter o que fazer.

Nights in Egypt (Kavetham)Onde histórias criam vida. Descubra agora