THE SAFE HAVEN || VEGASPETE

Chapter Five - Inconsciente [+18]

— Aquele homem, ele, ele é... Meu pai. — Pete respirou fundo, era sempre difícil tocar em assuntos familiares. — Lembra que eu falei que morava em Chiang Mai? — O loiro observou Vegas acenar com a cabeça em sinal para ele continuar, eles ainda estavam de mãos dadas e Pete agradecia por isso, se não ele iria quebrar. — Eu morava com minha mãe, até que ela morreu. Eu tinha 16 anos quando vim morar com meu pai, no começo estava tudo bem, só que por fofocas de vizinhos, ele descobriu minha orientação sexual...

Tentando ser forte e falhando miseravelmente, lembrando de todas as vezes que seu pai o bateu e falou palavras horríveis para si, Pete estava novamente chorando a ponto de soluçar. Ele sentiu o olhar de Vegas queimá-lo com certeza ele estava bravo, o mais baixo sentia que estava bravo com ele. Porém, o maior estava se segurando para não ir na casa de Pete e dar uma surra em seu pai, mas não era direito dele.

— Então... Ele começou a me bater e falar que eu sou uma decepção, que ele preferiria que eu nunca tivesse ido morar com ele, dentre outras coisas. — Pete soluçou, lutando contra suas lágrimas e apertando a mão de Vegas. — Tudo só piorou quando ele viu nós dois naquele dia do jantar no restaurante. E, é isso...

Sem terminar de falar, Vegas o abraçou novamente forte, quase deixando o mais novo sem ar, o maior estava sem palavras e queria passar para Pete que ele realmente o entendia e que estava aqui caso o pai do mais baixo fizesse algo com ele. Vegas não deixaria. O loiro estava em sua casa e sob o seu teto, se Pete quisesse, poderia ficar aqui, ele iria adorar ter o menor morando com ele. Novamente ele estava sendo descontrolado e pensando demais.

— Se você quiser, você não precisa voltar para lá. Você pode ficar aqui. — Vegas finalmente disse, pegando levemente o queixo de Pete e o fazendo olhar para ele, os olhos do mais baixo estavam brilhando em lágrimas, Vegas queria lambê-las.

— Mas, minhas coisas estão todas lá em casa. — Pete disse, quebrando o contato visual, Vegas lhe deixava com uma quentura estranha abaixo do seu estômago.

— Bem, eu tenho umas roupas que podem caber em você, se quiser. Depois veremos como vamos pegar suas coisas em sua casa. Afinal, é fim de semana. — Vegas falou, ele estava sorrindo de orelha a orelha quando viu Pete assentir com a cabeça. O mais baixo só queria descansar, não aguentaria mais uma briga com seu pai, ele estava cansado.

Os dois permaneceram mais alguns segundos calados sentados no sofá, quando Pete olhou para cima e encontrou o olhar de Vegas ainda direcionado a ele. O mais baixo corou e sem perceber, enfiou a cabeça na junção do pescoço e clavícula do maior, inalando seu cheiro natural que estava em sua cabeça por semanas. Percebendo o momento, nenhum dos dois pensou em mais nada, apenas o desejo que os cercavam.

Voltando o contato visual, Pete foi o primeiro a se inclinar, selando pela a segunda vez um beijo sob os lábios macios de Vegas, que retribuiu um pouco surpreso pela ação do mais novo. Sentindo-se um pouco mais ousado, Pete aprofundou o beijo pedindo passagem com a língua, o que Vegas novamente aceitou e abriu mais os lábios, hospedando a língua do mais baixo, o sentindo tatear toda a sua cavidade bucal.

Parando um pouco para respirar, Vegas travou o olhar com o de Pete que estavam escuros e dilatados apenas com o beijo, como um desejo por mais. Se aproximando novamente, se deixou dominar pela situação e beijou Pete com vontade, trazendo o mais novo para o seu colo, que logo descansou nas coxas de Vegas. O beijo demorou mais alguns minutos antes de Pete quebrá-lo.

— Me faça esquecer tudo que aconteceu hoje, por favor... — Pete sussurrou contra os lábios de Vegas, que assentiu. Apertando a bunda do mais baixo, o maior se levantou com o mesmo no colo, com certeza eles teriam outras oportunidades de testar o sofá. Vegas não estava nem mais se lembrando de seus pensamentos semanas atrás sobre não fazer nada que possa arrumar sua amizade com Kinn. — V-vee.