Capítulo 04

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Boa noite amores!

Desculpe a demora para postar.

Espero que gostem.

Bjinhusss




Marcelo



Já fazia alguns dias que dona Inês não dava noticias sobre a Aline,  e a preocupação em saber como ela estava fez que eu pegasse o carro e fosse atrás de noticias.

Por mais que eu tente ficar distante não consigo, meu pensamento sempre volta para aquela menina deitada sobre a cama, enrolada em uma manta como se aquilo fosse um escudo. E os olhos, aqueles olhos tristes, que fizeram meu coração gelar.

Não consigo ficar indiferente a preocupação que se instala em mim. Tenho medo que algo aconteça a ela ou ao bebê. Ela é tão novinha e está tão quebrada, sozinha e desamparada. Eu não consigo me manter longe, em todo o momento me pego pensando nela, por mais que um lado meu grite para que eu mantenha distancia, outro me puxa como um imã e agora estou aqui parado na frente do apartamento dela, pensando mil vezes se desço do carro ou não.

Não consigo me segurar e quando vejo já estou tocando o interfone e falando com o porteiro. Assim que pergunto por dona Inês fico sabendo que ela não está, e quando pergunto pela Aline, sou informado sobre tudo o que aconteceu.

Chego ao hospital e sinto um aperto no estomago, um nervosismo  e inquietação. Adentro no corredor da emergência e encontro Aline desesperada. Tentei acalma-la prometendo que entraria na sala de atendimento e procuraria saber o que estava acontecendo. Assim que notei que ela se acalmou, fui para a sala onde Luca estava sendo socorrido, me identifiquei como médico e amigo da família e fiquei ao lado da equipe os vendo fazer os procedimentos. Luca precisou ser entubado e depois seria levado para a UTI, os padrões respiratórios dele estavam muito ruins e por esse motivo ele precisava da terapia intensiva. Quando notei que o estado dele era estável e depois de conversar com o pediatra, fiquei mais aliviado. Agora era questão de tempo para que o garotinho se recuperasse.

Volto para a sala onde Aline me aguardava e assim que me vê, ela corre em minha direção, totalmente desesperada, explico tudo o que aconteceu e a tranquilizo, ela a baixa o olhar e fica mirando para as mãos tremulas e começa a falar:

- Meu Deus! Que mãe horrível eu sou, meu filho merecia alguém melhor.

Coloquei minha mão em seu rosto a fazendo olhar para mim.

- Não fale isso. – enxuguei as lagrimas que escorriam.

- Eu fiquei em pânico quando eu o vi todo roxinho, achei que ele estava morto. Eu não conseguiria viver sem ele, não conseguiria... – falava em um choro doloroso.

- Shiii, chega. O importante é que ele foi socorrido e vai melhorar e você vai estar aqui e cuidar dele.

- Eu sou uma fraca! – disse com um fio de voz.

- Não fale assim. Você vai sair dessa. Agora vamos até a lanchonete tomar um café.

Chegamos à lanchonete, pedi um chocolate quente e pão de queijo para nos dois. Observei que ela não se animava em comer.

- Não gostou do chocolate? Ou é o pão de queijo que não te agradou? – perguntei enquanto observava suas mãos paradas segurando a xicara.

- Não tenho fome.

- Desde quando você está sem comer?

- Não sei. Não lembro quando foi a ultima vez que comi. – a melancolia no seu olhar era doloroso de ver.

Ama-meOnde histórias criam vida. Descubra agora