Capítulo 28.

1.2K 97 200
                                    

Hermione desejou ter deixado a Muralha de pé.

Ela finalmente conseguiu apagar todas as palavras rabiscadas pouco antes do Natal, então seu quarto era uma lousa em branco novamente.

Mas ela realmente teria apreciado uma linha do tempo agora.

Draco tinha entrado em Cornerstone com a pasta de lobisomens no primeiro fim de semana de dezembro, mas antes disso, eles não se falavam há quase duas semanas – desde o incidente de Marcus Flint.

Hermione franziu a testa para sua parede em branco. Algo deve ter mudado então. Algo deve ter dado errado se ele sacrificou seu orgulho para vir até ela. Ele havia admitido abertamente que tinha ido a Cornerstone para lhe pedir um favor.

Favores, ela não se importava em dar. Publicidade manipuladora, ela tinha problemas.

Algo puxou sua mente... Algo aconteceu com Noelle e seu pai. E o que quer que fosse, aconteceu antes de Draco pedir a Hermione para escrever para Quentin Margolis e antes de começar a usar o nome dela para reunir funcionários e clientes.

Hermione mordeu o interior de sua bochecha. Draco tinha deixado bem claro que ela não deveria escrever para Noelle....

Então, trinta minutos depois, com uma carta para Noelle enviada com uma coruja, ela se sentou na beirada da cama, tirou os saltos altos e tirou a jaqueta. Hermione enfiou a mão na bolsa para olhar o portfólio que Walter havia preparado para ela naquele dia.

Walter era deliciosamente intuitivo, descobriu Hermione. Ele bateu em sua porta fechada naquela tarde, encontrando-a com a cabeça entre as mãos, e trouxe todas as cartas de fãs e cartas de amor que ela recebeu até agora esta semana.

— Sempre que minha esposa está tendo uma semana ruim, eu misturo toda a poesia embaraçosa que escrevi para ela em Hogwarts e todas as notas do NEWT dela, — disse ele, dando de ombros.

Hermione riu. — Poesia?

— Sim, durante a aula do professor Bins.

— Claro.

Ele também trouxe o portfólio do pomo Dourado no qual estava trabalhando e pediu licença para deixá-la ler sua pilha.

Ela tinha jovens empresárias escrevendo para ela pedindo conselhos e agradecendo por abrir o caminho. Ela tinha veteranos de guerra escrevendo cartas de encorajamento e elogios. E uma carta de uma garota de treze anos de Ilvermorny. Ela queria o conselho de Hermione sobre um pelúcio que ela encontrou na sala de troféus que ela queria manter como animal de estimação. Ela também terminou a carta com um pedido de conselhos de Hermione sobre como responder às provocações de seus colegas.

No momento em que ela voltou para casa para passar o dia, Hermione havia entendido seus sentimentos sobre a situação.

Ela não ia desistir. A essa altura, isso seria um suicídio profissional, e ela gostava bastante do que estava fazendo no MCG. Ela gostava das possibilidades. Mas ela ia deixar Draco saber que ela sabia o que estava acontecendo, e ela não gostava disso.

E ela faria isso com calma.

Ela esperaria.

~*~

Às dez horas da manhã de quinta-feira, ela se preparou para falar com Draco. Ela seria direta, concisa e honesta.

Ela caminhou até o escritório dele e encontrou a porta fechada. Raramente fechava, então ele devia estar em uma reunião. Quando ela se aproximou para perguntar ao assistente dele quando achava que ele estaria livre, a porta se abriu.

Pansy saiu. Hermione piscou para ela, confusa. Pansy sorriu.

— Hermione, querida! — Ela a olhou de cima a baixo, avaliando a roupa para hoje. — Maravilhoso, eu estava indo para ver você.

The Right Thing To Do | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora