Capítulo 30.

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Ele a havia machucado. Marcado ela.

Hermione olhou para o chupão em seu pescoço, sua mão puxando o cabelo para trás.

A reivindicou.

Ela deixou o cabelo cair. Ela considerou não cobri-lo, lembrando que ele não havia coberto as marcas que ela havia deixado nele, mas ainda não fazia sentido para ela por que ele as havia deixado.

Então ela pensou no que as pessoas no escritório pensariam se vissem. O que Blaise pode dizer...

Ela cobriu o chupão com um feitiço e depois ainda mais com maquiagem.

Ela estava no elevador subindo para o MCG na manhã de quarta-feira, repassando em sua cabeça todos os motivos pelos quais tentou parar ontem.

Seus projetos estavam sendo abatidos.

Ela não estava recebendo o apoio de que precisava para perseguir suas ideias.

Ela estava entediada com o projeto atual em que estava trabalhando e era o único projeto em que ela tinha permissão para trabalhar.

Seu chefe a estava ignorando e a tratando como um estorvo.

Seu chefe a estava usando como meio de publicidade.

Ela tinha um relacionamento volátil com seu chefe que tinha uma imprevisibilidade que começou a lhe dar dores de estômago.

Ela decidiu deixar de fora qualquer reclamação de assédio sexual desta lista, em parte devido ao fato de que odiaria parecer uma hipócrita. Ele a beijou primeiro. Então ela o beijou em segundo.

Ela afastou esses pensamentos de sua mente antes que pudesse perguntar Quem beijaria em terceiro lugar?

As portas do elevador se abriram. Ela levantou os olhos do chão, endurecendo sua expressão, e seu olhar pousou em Draco, parado na mesa da recepção.

Seu estômago revirou.

Ela observou os olhos dele levantarem para os dela da papelada que ele estava lendo. Ele acenou com a cabeça em saudação e respirou fundo, acalmando-se. Ela não teria notado isso uma semana atrás, mas ela sentiu como se estivesse sincronizada com a respiração dele agora, o jeito que ele exalava empurrando para dentro de sua boca quando ela inalava...

Ela saiu do elevador, sem saber o que seu rosto estava fazendo, e virou à direita para caminhar até seu escritório. Ele entrou em sintonia com ela.

— Bom dia, — disse ele.

Ela olhou para ele e encontrou uma mão estendendo uma xícara de café para ela. Ela piscou para ele. Era uma xícara para viagem, com o nome de uma cafeteria na esquina.

— Sr. Townsend quer vir para ver a papelada amanhã. Finalize as coisas.

Ela pegou a xícara de café dele, esquecendo completamente as boas maneiras e não agradecendo. — Tudo bem.

— Um pouco antes do almoço está bom?

— Sim. — Ela olhou para o copo em suas mãos. Ele poderia ter checado a agenda dela com Walter.

Eles chegaram à porta dela.

— Tenho algumas ideias para o restante da arrecadação de fundos que podemos analisar quando for conveniente para você.

Ela olhou para ele. Seu rosto estava imóvel, olhos cinza e neutros, mas ele não estava frio como antes.

— Excelente, — disse ela.

Eles ficaram parados por um momento, em frente à porta do escritório dela, olhando um para o outro, antes que ele assentisse e se virasse para voltar ao escritório. Ela pode ter se enganado, mas quase podia ver os olhos dele deslizarem sobre seu pescoço antes de se virar. Ela levou a mão livre ao hematoma e o café aos lábios enquanto o observava se afastar. Proporção perfeita de adoçante para creme.

The Right Thing To Do | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora