02 • tensão.

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RICHARD RÍOSmar, 22

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RICHARD RÍOS
mar, 22.

Fui oficialmente anunciado como o novo reforço do Palmeiras.

As mensagens não param de chegar por um minuto sequer no meu telefone. O deixei no silencioso justamente por isso e o guardei em meu armário. Agora, estou me arrumando para realizar o meu primeiro treino como atleta da Sociedade Esportiva Palmeiras.

Ganhei uniforme para treinar, para viajar, para aquecer antes dos jogos, para jogar, para o frio... tenho uniformes do Palmeiras para todas as ocasiões possíveis.

Estava sentado no chão, encostado na parede do corredor das salas amarrando o cadarço das minhas chuteiras, quando alguém cantarolando baixinho invadiu os meus tímpanos. Esse som vinha de alguma sala, e tive a certeza de que era a Grazy cantando, porque a voz é a mesma.

Meu segundo dia no CT e já sei identificar as vozes das pessoas.

Me levantei do chão e fui até a porta de sua sala, batendo duas vezes no objeto de madeira para saber se poderia entrar ou não.

— ENTRA!

Girei a maçaneta e empurrei a porta, me deparando com Grazy em cima de uma cadeira, tentando alcançar o armário mais alto da sala. Ao passar pela porta, ela virou-se para trás e sorriu graciosamente ao me ver.

— oi, Richard! Chegou cedo.

A mais baixa pulou da cadeira e veio até mim, me cumprimentando com um abraço. Não foi nada demais, tanto que ela se afastou em segundos, mas durou tempo suficiente para me fazer sentir o cheirinho doce do perfume impregnado em seu pescoço.

— cheguei antes de todo mundo, até estranhei não te ver na porta. — falei, me sentando numa cadeira. — fez o que pra hoje?

— panquecas fit. — respondeu, voltando a subir na cadeira.

Hoje ela vestia outra calça de shopping, outro cropped e os mesmos chinelos rosas. Até o momento não a vi de jaleco.

Eu assistia a ruiva tentar pegar uma bandeja, mas não conseguia de forma alguma, a sua mão não alcançava. Me levantei da cadeira e cruzei os meus braços atrás dela, esperando por um pedido de ajuda seu.

Um pedido que não veio.

— quer ajuda? — eu mesmo tive que oferecer.

— ai, quero!

Estendi a mão, ela ao entender, segurou a minha mão e desceu da cadeira num pulinho. Por minha vez, afastei o assento para o lado e alcancei a bandeja sem esforço algum.

nutricionista - richard ríosOnde histórias criam vida. Descubra agora