Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
RICHARD RÍOS abr, 22.
Acabei de enviar um áudio para Grazy fazendo um desabafo. Lhe disse que não estou bem, que sinto falta da minha família, e que estou feliz no Palmeiras, mas a distância as vezes me maltrata, porque vejo o tanto de coisas que ando perdendo.
Ela não soube o que dizer exatamente, porém me confortou mais do que nunca ao falar que posso contar com ela sempre, e que a partir de agora ela é a minha família.
Chovia lá fora, o clima não estava dos melhores, mas mesmo assim a minha única peça de roupa era uma bermuda tactel preta... bom, pelo menos estava na cama debaixo das cobertas.
O treino de hoje foi um pouco intenso, ontem vencemos a Tombense na Copa do Brasil por 4x2 e domingo faremos a nossa estreia no Brasileirão... é, a temporada começou com tudo, e só de pensar na maratona de jogos que teremos...
Puta que pariu nessa porra.
— OH RICHARD! — um berro estridente chamando por mim do lado de fora ecoou.
Aquele berro me lembrou a voz de uma pernambucana específica, mas não era ela, a conheço ao ponto de saber que ela não sairia de casa numa chuva dessas. Bom, era isso o que eu pensava até receber uma mensagem da mesma:
rato ruivo 💓
rato ruivo 💓: o fldpt aonde vc tá?
eu: oi grazy, boa tarde
eu: tô em casa
eu: tem uma doida me berrando no portão, tô fingindo q não tem ninguém
eu: pq?
rato ruivo 💓: ESSA DOIDA TE BERRANDO SOU EU IDIOTA
eu: QUE
•••
Literalmente pulei da cama e fui correndo atender a porta. Ao abrir o objeto de madeira, encontrei Grazy toda molhada vestida no corta-vento do neguin, mas ela não estava sozinha; havia um cachorro "dentro" do corta-vento com a cabeça pro lado de fora.
Não me importei com a chuva e nem com o quão encharcada a menor estava quando a abracei do lado de fora de casa. Um de seus braços, onde tinha uma sacola branca pendurada, enlaçou o meu pescoço, enquanto a outra mão segurava o cachorro dentro da blusa.
— vim dizer que você não tá sozinho, eu tô contigo e a partir de agora o Chulepo também.
— Chu quem? — questionei confuso, me afastando dela em busca de esclarecimentos.
