15 • primeiro gol no Palmeiras.

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RICHARD RÍOS

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RICHARD RÍOS.
mai, 23.

Palmeiras x Fortaleza. Copa do Brasil. Allianz Parque. 2x0 para o Palmeiras. 82 minutos de jogo, e eu acabo de entrar no lugar de Dudu.

Os dois gols da partida foram marcados por Veiga de pênalti e Tabata. O professor me colocou no jogo para eu mexer um pouco no jogo fazendo a saída de bola da defesa para o ataque... ou seja: tentarei entregar a bola lá pro ataque.

No momento que entrei no jogo tentei espairecer um pouco, precisava muito esquecer da existência desses últimos três dias, mas de repente a lembrança de Grazy me desejando boa sorte à beira do campo toda vez que está ali e vou entrar no jogo e dessa vez não ouvindo isso dela, me fez entrar em pânico internamente. Há três dias a nossa amizade não é a mesma. Brigamos no CT na frente dos nossos amigos. Ela me xingou de fubango do caralho e xingou todo mundo de bando de urubu. A discussão foi pesada.

O motivo? A sua viagem para o Rio de Janeiro.

Achei ruim ela ter ido para o jogo do Vasco e ainda por cima estar acompanhada. Tirei uma satisfação que ela nem me devia, e na hora da raiva lhe contei que recebi uma massagem extremamente relaxante da Camille em busca da minha recuperação do jogo anterior entre Palmeiras x Bragantino. Isso foi o seu incentivo para xingar até quem não tinha nada a ver com a briga, como os meninos.

Mas aquele momento não era o mais ideal para encher a minha cabeça com problemas pessoais.

Respirei fundo, afastando qualquer pensamento que me viesse, e a partir dali comecei a ajudar a minha equipe. Protegi a defesa, marquei os armadores do time adversário, cobri os avanços dos laterais e iniciei as jogadas de ataque. Me encontrei no ataque numa transição rápida. A bola estava nos pés de Luís Guilherme, aproveitei a minha boa e regular posição e pedi a bola:

- LUIS! TOCA!

O moleque tocou a bola para mim, que driblei o zagueiro do Tricolor de Aço e chutei em direção ao gol. Esperava de tudo daquele chute, menos que ele iria direto pra dentro do gol.

O meu primeiro gol com a camisa do Palmeiras.

Explodi num grito, estou morrendo de felicidade, mas em vez de aceitar todos aqueles abraços dos meus companheiros, saí correndo em direção ao banco de reservas à procura de uma pessoa específica, a encontrando de pé ao lado de Abel batendo palmas com um sorriso lindo no rosto. Me esqueci da briga de 3 dias atrás, naquele instante existia apenas eu, Grazy, a saudades sentida, o carinho e a vontade insaciável de me sentir em casa novamente com um "simples" abraço seu.

Eu a avistei abrir os braços, me convidando para abraçá-la. O sorriso em meu rosto se tornou ainda maior. Me atirei contra a menor e abracei a sua cintura, percebendo o meu coração pulsar mais rápido e a minha respiração, anteriormente ofegante, se acalmar pelo menos um pouco.

nutricionista - richard ríosOnde histórias criam vida. Descubra agora