Alivio

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- Phat? Quer casar comigo?
Vejo várias expressões passar pelo seu rosto rapidamente, do choque à alegria.
- Sim!
Eu seguro o seu rosto com as duas mãos e o beijo.

Escuto alguém pigarreando e me assusto, não sabia que tinha alguém no quarto, me viro e vejo todos ali, o pai do Phat me olha sério, enquanto a mãe dele, a Ink e a Pá estão chorando. Perto da porta eu vejo o Korn e o Wai sorrindo. Fico sem saber o que fazer, me viro para o Phat de depois novamente para os pais dele e cumprimento. O pai dele acena rapidamente e sai. Olho para o Phat, que apenas da um sorriso sem graça.
A mãe dele se aproxima de mim e me abraça ainda chorando.
- Ah meu querido, muito obrigada.
Fico apenas parado enquanto ela me abraça, ela se afasta e me olha, não entendo pelo que ela está agradecendo.
- Obrigada por amar tanto o meu filho.
Ela olha para o Phat e diz.
- Ele está aqui há dois dias, desde que chegou não comeu nada, não falou com ninguém, ficou acordado o tempo todo, só foi dormir há umas três horas atrás. Ele só olhava para você o tempo todo. Filho, o desejo de toda mãe é que os filhos encontrem alguém que os amem, eu fico feliz que você tenha esse alguém.
Ela me abraça de novo, se aproxima da cama e da um beijo na testa dele.
- Eu vou atrás do teimoso do seu pai, eu volto mais tarde.

Quando ela sai o Korn e o Wai começam a cantar uma marcha nupcial, então eu me lembro que todos estavam escutando o que eu disse pra ele, sinto o meu rosto esquentando e não sei o que fazer.
- Vão se ferrar.
- Ok ok, pessoal parem com isso.
- Ohhh.... O maridinho já está defendendo ele.
O Wai se aproxima e me abraça.
- Parabéns cara, eu quero ser o seu padrinho.
- Ei, eu que vou ser o padrinho aqui.
Eles começam a brigar e eu fico olhando sem acreditar. Sinto a mão dele apertando a minha e viro para ele.
- Você está bem?
- Você que está deitado em uma cama de hospital todo arrebentado, eu que deveria perguntar se você está bem.
- A minha mãe falou que você não comeu, nem dormiu.
- Eu estou bem.
- Pá, você pode buscar alguma coisa pra ele comer por favor, ele está muito pálido.
- Vou sim.
Ela corre até a cama e abraça ele.
- Você nos deu um susto enorme, não faz mais isso.
Ela vira pra mim e sorri, a Ink aperta o meu braço e as duas saem.
- Ei vocês, parem de brincar, vocês não tem nada para fazer não? Eu quero ficar sozinho com o meu noivo.
Eu olho para ele assustado. Eu sei o que acabei de fazer, mas ouvir ele me chamar de noivo realmente me assustou.
- Não me olha com essa cara, você não vai bancar o covarde e voltar atrás, não e?!
- Não tem ninguém voltando atrás em nada aqui.
O Korn se aproxima da cama e bate na perna dele.
- Fico feliz que você esteja bem cara, se cuida. Nós voltamos outra hora. E parabéns, já era hora.
Ele da um soco no meu braço e sai. O Wai me abraça e aponta pra ele.
- É bom você se cuidar melhor, agora que o meu amigo está de volta, se ele começar a sofrer eu arrumo outro namorado pra ele.
- Vai se ferrar, Wai!
Ele da risada e sai do quarto.
- Vem aqui comigo.
Eu olho para ele e me aproximo. Ele ainda não está nada bem, mas estou feliz. Só em pensar na tortura que foi ver ele imóvel naquela cama nos últimos dias, me dá vontade de chorar, nunca mais quero passar por isso.
Ele puxa o meu braço e me faz deitar ao lado dele, eu o abraço, fico sentindo o seu cheiro e durmo.

Quando acordo novamente está tudo escuro, ainda estou deitado na cama do hospital nos braços do Phat. Olho para cima e ele está me olhando sorrindo.
- Finalmente você acordou, dormiu o dia inteiro.
- Que horas são?
- Umas 18h, mais ou menos. A Pá e a Ink acabaram de ir embora.
- Você está bem?
- Estou. Está tudo perfeito com você aqui. Se eu soubesse que um acidente ia te trazer pra mim e fazer você querer se casar comigo eu tinha derrubado uma pilha de tábuas na minha cabeça antes.
- Seu idiota, não fala isso nem brincando.
Ele me beija de leve e se afasta, mas eu quero mais que isso, depois de quase perder ele, eu quero tudo. Me aproximo e beijo ele, coloco a mão pra baixo da roupa de hospital que ele está vestindo e vou subindo pelo peito dele, vou beijando o maxilar, indo em direção do seu pescoço e começo a descer a mão novamente. Quando chego no seu pescoço e o beijo ele geme e alguém abre a porta.
Levo um susto, me afasto dele e saio da cama.
Na porta estão parados um médico e duas enfermeiras, não dá para saber quem está mais constrangido, com a situação. Ele olha para as enfermeiras que estão dando risadinhas, tosse algumas vezes e se aproxima da cama. Se apresenta e fala que vai fazer outra avaliação para ver como está a recuperação do Phat.
Eu me afasto e sento no sofá.
Depois que termina a avaliação ele fala.
- Você está se recuperando muito bem, não existe nenhum risco de sequelas pelo acidente ou da cirurgia. Vamos manter você em observação por mais um ou dois dias, depois acredito que já poderemos mandar você para casa. - ele me olha e olha para o Phat novamente - Enquanto isso você tem que fazer repouso absoluto, então sem nenhum tipo atividade física por hora.
Sinto meu rosto esquentando novamente, sei bem a que tipo de atividade ele está se referindo. O médico se vira para mim e diz.
- Você não parece nada bem, se não se alimentar logo teremos que te colocar em um soro.
- Eu vou fazer ele comer doutor, muito obrigado.
Ele sai, as enfermeiras mais uma vez olham para nós e começam com as risadinhas, enquanto saem atrás dele. O Phat me olha e diz:
- Vem aqui terminar o que você começou.
- Nem pensar, você ouviu o que o médico disse, repouso.
A porta se abre de novo e os pais dele entram, graças a Deus o médico passou aqui antes, nem quero imaginar onde estaríamos sem a interrupção. A mãe dele sorri para mim, eu cumprimento eles e peço licença, pego a minha bolsa e ele me olha nervoso.
- Você não vai embora, certo?
- Não, vou aproveitar que seus pais estão aqui e vou tomar um banho e trocar de roupa, estou essa roupa desde que cheguei.
Ele sorri e eu vou para o banheiro. Fico no banho o máximo de tempo possível e aceitável, me seco e me troco, então crio coragem e saio. A mãe dele me olha sorrindo, aponta para a mesa do lado da cama.
- Eu trouxe jantar para você, o Phat me disse que você ainda não comeu nada.
Eu agradeço, me sento ao lado da cama e começo a comer. Tento me concentrar na comida, enquanto eles conversam. Quando termino eu guardo tudo e agradeço.
- Posso trazer mais para você amanhã?
Eu olho para o Phat que acena feliz.
- Pode sim, por favor.
Ela me abraça e o pai dele suspira. Então eles se despedem e vão embora.

Me sento ao lado da cama, mas ele puxa o meu braço de novo e me faz deitar com ele.
- Me conta como ficaram as coisas lá em Singapura.
- Eu realmente não sei, não falei com ninguém ainda. Quando soube o que aconteceu eu larguei tudo e vim para cá. Eu vou ligar para eles amanhã, contar que não vou mais voltar.
- Mas e as suas coisas?
- Eu embalei tudo, deixei pronto, vou pagar para alguma empresa de mudanças despachar.
- Você tem certeza?
- Se tem uma coisa que eu percebi nesses últimos dias é que eu não quero ficar mais nem um dia longe de você, se eu tiver que brigar com o mundo por você, que seja.
Ele sorri e me beija novamente. Eu em afasto, ele suspira e fala
- Ok, entendi, se não vamos fazer isso vamos dormir mais um pouco, você realmente parece que esta precisando.
Eu abraço ele e logo estou dormindo.

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