Dois dias depois o Phat foi liberado do hospital, seus pais queriam que ele fosse para a casa deles, mas ele não aceitou.
Fomos para o nossa casa. Quando chegamos eu ajudei ele a se deitar e ficar o mais confortável possível e fui guardar as minhas coisas que chegaram de Singapura, ele ficou no telefone resolvendo alguns problemas que se acumularam enquanto estava internado.Enquanto estou fazendo o almoço eu entro no quarto e vejo que ele acabou dormindo, cubro ele e fecho as cortinas, então aproveito e faço algo que estava postergando, ligo para a minha mãe.
- Oi filho, está tudo bem? Você não está no trabalho?
- Na verdade não, mãe. Eu voltei para a Tailândia há alguns dias. Será que você pode me encontrar aqui onde eu estou?
- Aconteceu alguma coisa?
- Eu prefiro conversar pessoalmente mãe.
- Tudo bem. Posso ir agora?
- Pode sim, eu te espero. Eu estou fazendo o almoço, se quiser almoçar comigo.
- Tudo bem filho.Dez minutos depois ela chega, quando alugamos a casa decidimos por um local perto das casas dos nossos pais, porque o Phat não queria ficar longe quando eu fosse dormir na casa dos meus pais e ele não estava dormindo mais na casa dos pais dele.
Ela toca a campainha, eu abro a porta e ela entra. A primeira coisa que ela vê na frente dela é um quadro grande com uma engrenagem em relevo, na frente dela tem uma mesa de centro e o sofá, eu vejo ela olhando cada parte do pequeno espaço que é a nossa sala e cozinha juntas. Ela olha para a parede do lado esquerdo e vê escrivaninha e em cima dela o nosso quadro de recordações. Ela se aproxima lentamente e começa a olhar as nossas fotos e lembranças, ela passa a mão em uma foto de quando eu era criança e continua olhando, vejo que ela lê alguns bilhetes, mas fica vermelha e para de ler, alguns deles são realmente muito íntimos. Ela estende a mão novamente e toca em uma sequência de fotos que nos tiramos em uma cabine de fotos em um parque, quando eu vim para o encontro da turma do ensino médio.
- Faz tanto tempo que eu não te vejo sorrindo assim, acho que desde que te transferimos...
Ela se vira para mim e pergunta.
- Há quanto tempo?
- Que nós moramos juntos? Há alguns anos, antes da formatura.
- Quando você voltou?
- Hoje é o quinto dia, não sei a senhora soube, mas o Phat sofreu um acidente grave, ele passou por uma cirurgia e ficou em coma por dois dias. Me desculpe não ter avisado, mas eu não queria me afastar dele e realmente eu não estava com cabeça para nada.
- Ele está aqui?
- Está dormindo no quarto, ele recebeu alta hoje.
- Ele está bem?
- Não completamente, ele precisa de repouso para se recuperar, mas o pior passou.
- E o que tudo isso significa?
Eu respiro fundo e digo.
- Significa que eu não vou voltar mais, nem para Singapura, nem para casa. Eu cansei de mentir. Eu amo ele, sempre amei. Não pense que não tentei não amar, porque acredite, eu tentei, mas não é algo que eu possa controlar.
- Mas a família dele...
- Eu não me importo, cansei dessas brigas, um dos motivos para eu ter ido embora foi esse. Eles sabem que estamos juntos, eu fiquei ao lado dele todos esses dias.
Ela me olha sem falar nada, olha em volta novamente, está tudo ali na frente dela, ela não pode mais fingir que não sabe, nós temos uma vida juntos.
- Tem mais uma coisa mãe... Eu pedi para ele se casar comigo.
Ela me olha assustada, sei que é muita informação para ela processar, mas eu realmente não aguento mais isso, está na hora dela entender que eu não sou mais criança e que ela não pode mais controlar a minha vida.
- Eu não sei o que dizer, Pran... O que você quer que eu diga? Eu nunca vou perdoar o pai dele e eu não sei ver o filho dele de outra forma...
- Você não pode me ver como alguém que ama o seu filho mais do que qualquer coisa nesse mundo?
Não vimos quando ele chegou, mas ele estava em pé na porta do quarto. Eu vou até ele e o seguro.
- Você não devia se levantar.
- Está tudo bem, me ajuda a me sentar?
Eu ajudo ele a ir até o sofá e ele se senta, então ele olha para ela e diz.
- Eu sinto muito pelo que meu pai fez, eu não tenho nem como começar a me desculpar, mas eu acho que vocês já nos fizeram sofrer demais com essa história. Eu acabei me afastando do meu pai depois de tudo isso, porque se for para escolher entre o Pran e a minha família, eu vou escolher o Pran, eu sempre vou escolher o Pran, mas eu não vou fazer isso com ele, não vou fazer ele escolher, porque eu sei o quanto você é importante para ele e eu nunca faria ele sofrer dessa forma. Então é isso que eu quero pedir, você não pode simplesmente me ver como alguém que ama o seu filho?
Ela olha para ele e da para ver o conflito no seu olhar.
- Me desculpe, mas eu não sei como.
- Que tal começar me conhecendo? Eu sei que eu adoraria conhecer aquela que criou a pessoa mais incrível desse mundo.
Ele olha para mim e sorri. Eu olho para ele e para ela várias vezes e não sei o que dizer. Ela olha para mim, ainda em conflito e diz:
- Bom, que tal começar com aquele almoço?
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Our Skyy Bad Buddy
FanfictionFanfic. Um breve conto sobre Our Skyy. Durante uma reunião no seu trabalho em Singapura, Pran recebe uma notícia que vai mudar a sua vida. Espero que gostem