Casamento

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Estou na frente do espelho parado, esperando a minha mãe conferir se está tudo no lugar pela milésima vez, ela na está pronta, a Ink está aqui também para ajudar ela.
Estou com um terno branco que escolhemos para o casamento.

Ouço baterem na porta e o Júnior entra.
- Phi!
Ele corre e me abraça.
- E aí garoto, você cresceu hein, onde a sua mãe está?
- Ela está ajudando o tio com o microfone. Ele falou que você queria falar comigo.
- Queria sim, vem comigo.
Eu vou até o canto da sala onde está a minha bolsa, pego a caixinha das alianças e entrego para ele.
- Posso confiar em você?
- E sério Phi?
- É sim.
Ele volta a me abraçar. Eu aponto para a Ink.
- Tá vendo aquela garota bonita ali? Fica de olho nela que ela vai te dar um sinal quando for a hora de entrar.
- Acho que até eu sei quando é a hora de colocar as alianças, Phi.
Nós todos rimos, eu falo para ele cuidar bem das alianças e ele sai. A minha mãe olha para mim e pergunta.
- Mais um da família?
- É sim, ele é como um irmão mais novo para nós.
- Acho que vai demorar para eu me acostumar com tudo isso, eu percebi que na verdade eu não conheço o meu próprio filho.
- Eu ainda sou eu mãe, só que agora sou eu com uma parte que você não queria conhecer.
Ela se aproxima e me abraça.
- Me desculpa, por tudo. Se vale de alguma coisa eu gosto muito do seu noivo. A devoção dele por você é algo que só observando para acreditar. Eu realmente amo ele, por te amar.
- Obrigado mãe.

O Wai chega na porta e fala.
- Tá na hora cara. Wow!!! Olha só quem está bonitão hoje?!
- Cala a boca!
- Ok ok, vamos lá antes que o seu noivo resolva vir atrás de você.
A minha mãe a a Ink dão mais uma conferida e saimos. Na ordem que foi ensaiado primeiro a Ink e a Pá vão entrar, depois o Wai e o Korn, então os meus pais, o país do Phat, eu e por último ele. Não o vejo em lugar nenhum. Quando a música começa todos começam a andar. Ainda estou com aquela sensação estranha, como se não fosse o meu casamento, acho que a ficha ainda não caiu.

Chega a minha vez, eu me preparo, respiro fundo e entro. Vou vendo vários rostos conhecidos acenando e tirando fotos. Olho para o altar a minha mãe está chorando, a mãe do Phat também. O meu pai está sorrindo, o pai dele está com aquela mesma cara de indiferente que ele tem feito. Pelo menos indiferente é melhor que contrário.

Quando chego no altar e me viro e olho para onde o Phat deveria estar, mas ele não aparece. Então eu ouço um violão tocando no meu lado esquerdo, quando olho ele está sentado olhando para mim.
- Estão vendo esse cara de covinhas? Desde que eu nasci eu fui proibido de ser amigo dele e foi assim por um tempo, até que um dia quando éramos crianças, a minha irmã caiu no rio e estava se afogando e ele salvou ela. - Vejo os olhares de surpresa dos nossos pais. - Depois disso, nos viramos alguma coisa, não exatamente amigos, mas nós éramos alguma coisa. Eu sempre entrava no seu quarto a noite, ele sempre se irritava e me expulsava. Quando éramos adolescentes, nós éramos muito próximos, ainda não éramos amigos, mas éramos algo... Um dia afastaram ele de mim, eu não entendia porque, mas isso me deixou muito triste. - ele começa a chorar e eu começo a chorar com ele - Eu sentia muita falta dele, eu sempre tive que competir com ele sobre tudo, então eu cresci aprendendo a sempre olhar para ele, perguntar por ele, saber dele... foi difícil não fazer mais isso, todos os dias eu acordava e dormia pensando nele: como ele está? Será que ele agora é o melhor da turma? As notas deles caíram como as minhas? Será que ele também sente a minha falta? - Alguém alcança um lenço de papel para ele- Anos depois, no meio de uma briga eu encontrei ele novamente, ele me bateu, é claro, eu fiquei tão aliviado quando eu vi ele ali na minha frente, que eu não soube como reagir. Eu tentei ser amigo desse cara, mas ele continuava me afastando, mas quanto mais ele me afastava, mais eu percebia que queria ficar perto dele. Aos poucos eu me apaixonei pelo seu cheiro, o seu sorriso, o seu olhar, aquele olhar que durante toda minha vida me disse que me amava, mesmo quando a sua boca dizia que me odiava. Pran, me desculpe por ser um idiota e demorar tanto para perceber que eu sempre te amei.
Ele respira fundo e volta a tocar, então começa a cantar a nossa música, Our Song.

Eu não consigo parar de chorar, acho que a ficha finalmente caiu, ele é meu, o meu primeiro amor, o meu único amor, aquele que eu sempre amei e tenho certeza que sempre vou amar, ele é meu.
Ele para de tocar, vem até mim e me abraça e diz.
- Eu te amo.
- Eu também te amo seu idiota, está ouvindo? Eu te amo!

Aí gente, eu vou encerrar aqui que já virou uma mistura de PatPran e OhmNanon, o que me deixa muito sensível. Espero que tenham gostado e espero que P'Aof também nos de um casamento em Our Sky.
Obrigada por me acompanhar até aqui 🧡💙

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