Preparativos

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Ficar com o Phat em casa está me enlouquecendo, quem disse que casamento era uma boa ideia?

Fazem duas semanas que ele está em repouso. O médico liberou para atividades leves, lembrando que ele não deveria se esforçar demais. Não sei quanto tempo mais aguentamos essa restrição, mas por enquanto estamos levando.
Depois de três dias sem ter o que fazer em casa ele resolveu planejar o nosso casamento. Um dia eu acordei cedo escutando risadas, levantei e fui até a sala e me deparei com a mãe dele, a Ink, a Pá e quase não acreditei, mas a minha mãe também. Na mesa de centro tinham várias revistas de casamento, eu olhei para eles e para as revistas, voltei para o quarto e não sai mais de lá, era uma tortura ficar ouvindo eles falando sobre bolos, igrejas, ternos. Eu queria fugir dali.

Depois desse dia eles sempre faziam isso, se reuniam com revistas, pedaços de bolos e doces, paletas cores e muito mais. As vezes eu ficava assistindo, mas me recusava a participar daquilo e reclamava bastante. Um dia eu perguntei porque ele estava fazendo aquilo e ele disse que estava fazendo pela minha mãe, para se aproximar dela, depois disso eu nunca mais reclamei, porque realmente ela estava muito a vontade no meio de tudo isso, estava mais próxima dele e da sua família, ele realmente sabia o que estava fazendo.

- Amor, o que você acha do dia 24?
Eu não estava prestando a atenção.
- O que?
- O nosso casamento, o que você acha do dia 24?
- De que mês?
- Desse mês. É uma data especial.
É realmente uma data especial, foi quando ele dormiu no meu quarto pela primeira vez, um dia depois do seu aniversário, só por isso ele se lembra. Eu dou risada, então percebo.
- Mas isso será em alguns dias.
- Não se preocupe filho, nós vamos conseguir preparar tudo.
Eu olho ele com aquela cara empolgada e não consigo dizer não, eu nunca consigo dizer não.

Eles passam mais um dia inteiro conversando, ele estava falando com a minha mãe sobre as flores e então eu escutei ele chamar ela de mãe, percebi que ela ficou rígida por alguns segundos e então continuou conversando normalmente, esse foi um momento realmente importante para mim, foi aí que eu percebi que ela realmente aceitou ele.

Os dias foram passando e começamos a ir a vários lugares, não sei como elas conseguiram programar tudo em tão pouco tempo, mas quando fui perceber estava escolhendo os ternos do casamento, fazendo prova de bolo e comprando alianças. Tudo ainda parecia estranho para mim, acho que por estar acontecendo muito rápido não estava conseguindo assimilar que era o meu casamento.

Sabemos que o casamento não vai sei oficial nem nada, então resolvemos fazer na praia, Ligamos para o Tio Tong e pedimos para ele ser o mestre de cerimônias, ele é uma pessoa muito importante para nós, sempre nos apoiou e nos ajudou. Pedimos também para ele chamar o Júnior e a mãe dele para participar. O Korn e o Wai serão os padrinhos e a Ink e a Pá as madrinhas, elas choraram muito quando as convidamos. A minha mãe passava muito tempo com a mãe do Phat, elas realmente viraram amigas com essa história. Convidamos todos os nossos amigos, pegamos muitos de surpresa, mas alguns disseram que nunca acreditaram na nossa separação.

Como dia 24 cairia em uma segunda e seria difícil de todos irem, decidimos celebrar o casamento no dia 23, dia do aniversário do Phat. Resolvemos ir para a praia uma semana antes para preparar tudo, as nossas mães e as meninas vieram junto.
Elas ficaram em uma pousada, mas nós quisemos ficar na casa do Tio Tong, sempre que visitamos aqui ficamos na casa dele.

No primeiro dia ficamos horas andando pela praia tentando achar o melhor lugar. Eu tento não me meter em nada disso, mas já estava ficando cansado de andar sem ir para lugar nenhum, então sugeri.
- Porque nos simplesmente não fazemos no bar? Tem tudo pronto lá, palco para banda, lugar para as mesas e o próprio bar.
- É isso!
O Phat vem na minha direção e me beija, eu empurro ele, ainda é estranho ver ele fazendo isso na frente das nossas mães.
Vamos até o bar, todos gostam do local, o tio Yod chegou nos abraçando, contamos queríamos alugar o espaço para o casamento e ele recusou, disse que seria o presente dele para nós. Vejo a minha mãe se aproximando.
- Vocês conhecem todo mundo por aqui.
- Sempre que podemos nós visitamos eles, eles são como uma família para nós também.
- Foi para cá que vocês vieram quando fugiram?
- Foi sim, foram eles que nós acolheram e cuidaram de nós.
Ela sorri e volta para onde estão todos reunidos falando sobre uma nave, como eu tenho certeza que não é a nave que eu conheço eu nem quero saber o que é.

Conseguimos acomodações para todos os que precisavam. É raro acontecer algo assim por aqui, então quando fomos nas casas entregando os convites dos moradores, eles ficaram muito felizes.
Estava quase tudo pronto. No sábado os nossos amigos chegaram, era estranho ver como eles ainda não se gostavam, mesmo depois de tanto temoo. Foi bom porque eles ajudaram a montar tudo, desde as mesas, ao altar, até a nave, que depois eu descobri que era o trajeto que vamos fazer até o altar.

A noite estávamos no nosso quarto e alguém bateu na porta, quando abrimos todos os nossos amigos estavam ali, engenharia e arquitetura, para a nossa despedida de solteiro surpresa.
Nós fomos para a praia, eles trouxeram cerveja e uma churrasqueira.
Passamos a noite brincando, conversando e bebendo, acho que finalmente a rixa entre os nossos amigos acabou.

No domingo eu acordei com a maior ressaca. Quando levantei percebi o que me acordou, alguém estava batendo na porta. As nossas mães estavam ali para nos levar para trocar de roupa, porque não podemos ver um ao outro vestidos antes do do casamento.
Olho para a cama , onde o Phat ainda olha para nós confuso e deixo a minha mãe me arrastar dali.

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