07.

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Bakugou Katsuki — weekend

Duas semanas se passaram... qualquer oportunidade de interação com Todoroki eu ignorava.
É, tem 15 dias que eu não falo com ele por nada nesse mundo. Não que seja difícil ignorar sua existência...
As vezes, fico repassando o que aconteceu naquela noite. Esse é um dos momentos.

Eu esperava que Sero fosse entrar no quarto em silêncio, eu poderia terminar o beijo, olhar feio pra ele e entrar no quarto novamente. Mas não, a fita crepe ambulante tinha que bater a porta. 
Todoroki se sobressaltou com o susto e se separou de mim. Ele começou a limpar a boca, da mesma forma que fez quando eu flagrei ele beijando Sero. Talvez seja mania...
Ele não falou nada e entrou no quarto. Esperei três segundos encarando a parede branca antes de ir pro meu quarto também.

Dia seguinte, na escola, Sero mal me olhava. Eu mal olhava Todoroki.
Sero olhava Todoroki, que olhava pra nada.
Quando eu vi que Sero olhava pro outro lado da sala, encarando Todoroki, percebi que não era só um olhar... ele estava arrependido, parecia sentir pena de si mesmo.
Um tapa não foi suficiente?!

Na sexta feira, saímos ainda mais tarde da escola por causa de um treinamento de emergência.
Não tinha um que não estivesse machucado.

Tomei um banho e ouvi a discussão entre pedir pizza ou lanche... pizza venceu. O quatro olhos anotou todos os sabores que todos queriam. Nesse tempo, fui em direção ao elevador.
Só queria ir pro quarto descansar um pouco.

-Bakugou! —Alguém se aproximava rápido.

O elevador estava no último andar... que inferno. Vou de escada, dane-se.
Me virei e vi Sero. Ele já estava de pijama e usava uma pantufa cinza.

-O que foi? —Abri a porta da escada de emergência que todo mundo usava sem uma emergência, e fui subindo. Ele vinha atrás, em silêncio.

-Eu queria... falar com você.

Cheguei ao quarto andar;

-Não.

Caminhei até parar no meu quarto.

-É sobre o Todoroki.

-Pior ainda. —Fechei a porta na cara dele.

-Bakugou! —Depois de um suspiro, ouvi um soco leve na porta. Isso seria motivo suficiente pra quebrar a cara dele, mas a próxima frase me parou. -Eu to arrependido.

Eu travei, e não foi de um jeito muito bom.
Abri a porta com força, assustando Sero.

-Arrependido?!

-É, não sei... acho que eu queria falar com ele. Resolver tudo isso de uma vez.

-Você não tem porra nenhuma pra resolver com ele. —Gritei, apontando o dedo em sua cara. Com a outra mão, apertava a madeira da porta.

-Sim, eu tenho. Eu só me afastei, não pensei em como ele ficaria...

-Porque você só usou ele.

-Não era o que eu queria!

-Eu precisei te bater pra você perceber!

Ele interrompeu a sequência de gritos, suspirando.

-Eu estou arrependido, tá legal? Isso é verdade.

-Porque viu ele beijando alguém? Alguém que não fosse você? —Cruzei os braços, mantendo a pose de superioridade.

-Não, mas aquilo me magoou... por isso me arrependi. Acho que devo alguma satisfação pra ele. Não deveria ter ignorado os sentimentos dele daquele jeito e- —Interrompi ele ali mesmo.

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