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15.

Bakugou Katsuki - there's no way of winning if you let him go

-Batimentos cardíacos diminuindo. Respiração fraca. O sangramento não foi estancado. Estamos perdendo ele!

Estamos... perdendo ele?
Todoroki Shoto, o meio a meio, estava morrendo?
Os paramédicos gritando se tornaram um som distante... meus ouvidos estavam zunindo.
É isso que significa estar em pânico?

Meu celular tocou no bolso de dentro do uniforme.

-Oi.

-Bakugou, o que aconteceu? Eu vi tudo pela TV. —Era Aizawa.

-Ele vai ficar bem, eu acho. Levaram ele pra cirurgia.

-Vocês estão no hospital, então? —É, já estávamos no hospital. -Ainda bem. É um alívio. Você está machucado?

-Não. —Mentira, meu braço ardia pra caralho.

-Eu vou avisar a todos. Eles estão preocupados. Eu vou pra aí.

Desliguei.

Exceto pelo senhorzinho que dormia no canto da sala, estava completamente sozinho.
A ficha não caiu.
Todoroki estava morrendo... ele poderia não sobreviver. A cirurgia não era milagrosa.

Optei por ligar pra Kirishima, eu precisava de alguém.
Ele atendeu no segundo toque.
Não deixei que ele perguntasse nada, interrompi com um soluço. Não percebi que estava chorando, até então.

-Ele pode morrer.

-O que?! —Ele quase gritou. -Kats, o que aconteceu?

-Foi no estômago. Quinze centímetros de lâmina, cortando o estômago. Ele perdeu muito sangue. Eu não sei o que eu faço.

-Ei, ei, ei... onde ele está agora?

-Na cirurgia. —Ele emitiu um som soprado. Ele também sabia o que isso significava...

-Ele não pode morrer, Eijirou. Não pode!

-E ele não vai. Ele tá na cirurgia, significa que ele tem chance, não é? —Ele tentava acreditar nisso. Eu tentava acreditar nisso.

Fiquei em silêncio. Eu não tinha nenhuma palavra que pudesse dizer...
Eu sabia que poderia perder ele, mas por que que agora parece que eu também vou morrer?

-Eijirou.

-Hm?

-É minha culpa?

-Não, claro que não.

-Garoto? —Olhei na direção da voz. Era o médico.

-Eu preciso ir.

No consultório, ele analisou o ferimento, limpou e passou uma pomada para queimadura.
Recomendou que eu fizesse aquilo a cada... 4 ou 6 horas? Não me lembro.

Quando sai do consultório, percebi Aizawa ali. Ele andava de um lado pro outro.
Kirishima me viu primeiro e correu na minha direção, me abraçando.

-Você também tá machucado. Por que não me disse?

Afastei do abraço, olhando pra ele sem esboçar qualquer reação.

-Bakugou. O que aconteceu? —Aizawa tocou meu ombro.

-Queimadura. Não é nada demais.

-E o Todoroki?

-Tá na cirurgia.

-Sabe quanto tempo mais essa cirurgia vai levar? —O mais velho perguntou. Acenei negativamente.