Maria Vitória é filha de Tite e ex namorada do jogador Richarlison de Andrade. Será que reencontrar o homem que você considerou ser o amor da sua vida é uma boa ideia? Será que Mavi e Richarlison iriam 𝗮𝘁𝗲́ 𝗼 𝗳𝗶𝗺 𝗱𝗼 𝗺𝘂𝗻𝗱𝗼 um pelo outro...
Passo as mãos na calça, limpando o suor enquanto acompanhava os passos do meu pai, que carregava uma das minhas malas de rodinha. Acabei perdendo os primeiros treinos, por conta de alguns trabalhos da faculdade, mas felizmente consegui chegar a tempo para ver a derrota da Sérvia.
— Filha, abra o porta malas para mim, sim? — Ouço a voz do meu pai, me tirando dos meus devaneios. — Fez boa viagem?
Balanço a cabeça positivamente para a sua pergunta, deixando a mala que eu carregava no chão para poder realizar o seu pedido.
— Fiz sim. — Respondo, esboçando um sorriso. — Quem não faz uma boa viagem em um avião que a poltrona vira uma cama? Impossível, pai.
Ouço aquela risada nasal e curta, típica dele. Ajudo-o a colocar todas as bagagens no porta malas, entrando no banco do passageiro em seguida. Passo o cinto pelo corpo, prendendo-o enquanto meu pai dava a partida.
— Maria Vitória? — Endireito a postura assim que ouço o meu nome, sabendo que a conversa era séria. — Sei que não conversamos sobre isso porque você costuma falar com a sua mãe, mas... Sei que sabe que ele está aqui. E sei muito bem que isso te afeta.
Escolho me manter em silêncio, balançando a cabeça enquanto esticava o braço, pegando um chiclete azedo do suporte do carro. Abro a embalagem sentindo o olhar do meu pai em mim, precisando prender a respiração para conseguir fingir normalidade com aquele assunto.
A verdade é que aquilo me partia por dentro, e ele tinha conhecimento disso. Foi ele que aguentou todas as minhas noites acordando em meio a gritos por conta de pesadelos, que no fim haviam se tornado reais.
— Quero que saiba que estou aqui para o que precisar, e... — Ele arranha a garganta, endireitando a postura enquanto arrancava com o carro para fora do estacionamento. — Sei que não sou bom com esses... Assuntos. Mas eu conheço aquele garoto, e conheço você. Conte comigo, filha.
Consigo abrir um sorriso pequeno para a sua última frase, levando uma de minhas mãos para uma das dele. O chiclete fazendo meus olhos arderem um pouco, me pondo para pensar o porquê de meu pai ainda comprá-lo, já que ele nunca o comia.
— Obrigada, papai. — Respondo baixinho. — Eu estou bem. Tudo isso ficou no passado, tenho certeza de que eu e Richarlison conseguimos ficar no mesmo ambiente sem entrar em combustão instantânea.
Aquela risada se faz presente novamente, me fazendo sorrir enquanto balançava a cabeça, afastando a mão e endireitando a postura.
— Ótimo. Sabia que você era a minha garotinha forte. — Ele diz, sorridente. — Sua mãe e seus irmãos estão doidos pra te ver.
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Assim que adentramos a recepção, sinto uma mão tocar o meu ombro, me fazendo virar rapidamente. Abro um sorriso gigantesco quando bato os olhos em Gabriele, puxando-a para um abraço apertado.
— Mavi! Senti tanta saudade. — Ela murmura, abafada por conta do abraço. — Finalmente você chegou.
— Dá licença, dá licença... — Ouço uma voz mais grossa, me puxando e tirando do abraço com Gabriele. — Eu também quero abraçar a minha irmãzinha.
Solto uma risada contra o peito de Matheus, retribuindo o abraço e sentindo um beijo sendo depositado no topo da minha cabeça. Por ser a caçula da família, sempre fui muito mimada por todos. Sair de casa não foi uma tarefa fácil.
— Teo, Gabi! Senti saudades. — Digo com um sorriso, me afastando um pouco para poder encará-los com mais facilidade. — Como vocês estão? Onde está a mamãe?
A mão de Matheus vem até o meu cabelo, bagunçando-o um pouco antes de soltar uma risada curta quando fecho a cara por conta de sua ação.
— A mãe tá dormindo. Aquele cochilinho pós almoço de sempre. — Gabriele responde. — Vamos subir pro seu quarto. Quero saber de todas as novidades.
— Eu vejo vocês depois. — Matheus diz. — Fiquei de encontrar com os meninos no restaurante aqui do hotel.
E sem que eu tivesse muita escolha, Gabriela entrelaça o braço no meu e me puxa em direção aos elevadores, começando a falar sem parar sobre coisas cotidianas que eu tanto sentia falta.
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Termino de guardar as últimas peças de roupa no grande armário presente no quarto do hotel. Sempre tive essa mania de desfazer as malas, não me importando se ficaria apenas três dias, ou três meses.
— Então tá de boa pra você reencontrar ele? — Gabriele pergunta, sentada em minha cama. — Ou tipo... Ainda é complicado?
Fico alguns segundos em silêncio, sabendo que poderia ser sincera com a minha irmã. Sempre fomos melhores amigas, mesmo morando longe a maior parte das nossas vidas.
— Acho que ainda é complicado. — Respondo baixinho. — Sei que ele provavelmente não me perdoou por não ter aparecido no aeroporto.
— Problema dele, uai. — Gabriele diz, me arrancando uma risada. — Ele que fique se mordendo. Você é uma mulher bonita, solteira e está em um lugar onde vai ficar cercada por jogadores lindos e maravilhosos. Ah! E ele não está incluso nisso.
Balanço a cabeça negativamente enquanto fechava o armário, olhando para ela com um sorriso divertido.
— Você não existe. — Murmuro, me aproximando e acertando um tapa em sua perna. — Vamos. Quero descer pra dar uma olhada pelo hotel.
Ouco-a resmungar enquanto se levanta, me acompanhando até a porta. Assim que abro, fico alguns segundos em silêncio, paralizada enquanto observava Richarlison abrindo a porta do quarto da frente, saindo.
— Puta merda. — Ouço a voz de Gabriele, tão surpresa quanto eu.
O murmuro de Gabriele chama atenção não só minha, mas do homem em minha frente também, que rapidamente se vira em nossa direção. Seu rosto toma um semblante de surpreso tão rápido quanto o meu, em seguida trancando a mandíbula, como se não soubesse ao certo o que fazer.
— Oi. — Sou mais rápida, cumprimentando-o baixinho. — Quanto tempo.
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Foi isso amores!! Espero que tenham gostado desse primeiro capítulo 🫶
Avisando que aceito críticas masss não fico calada! beijocas
